ARLA/CLUSTER: Onda Média volta a conquistar ouvintes...

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Segunda-Feira, 19 de Janeiro de 2009 - 22:00:14 WET


Onda Média volta a conquistar ouvintes
Desde que se generalizaram as emissões em Frequência Modelada (FM), que a Onda Média começou a perder ouvintes. Mas a saturação do espectro em FM pode devolver-lhe a importância de outros tempos.

Nas zonas mais remotas do país ainda é a "velhinha" onda média que permite às populações ouvir rádio. Nos grandes centros urbanos não é difícil aceder às emissões, seja em FM ou em AM (a Amplitude Modelada engloba as transmissões em onda curta, longa e média). O complicado é, por vezes, conseguir sintonizar de forma precisa a estação que se pretende em FM porque o espaço electromagnético está saturado. E é aqui que pode estar o segredo do rejuvenescimento deste tipo de transmissão.

Das licenças atribuídas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), para Portugal Continental, apenas a RDP e a Renascença continuam a apostar nestas emissões. É caro manter os retransmissores, consomem muita energia, e a qualidade do som para emissão de música não torna o meio atractivo para os ouvintes; apesar da mais-valia de chegar a todo o território.

A estação pública (RDP) está a transmitir a emissão da Antena1, apenas interrompida pelos blocos de áudio-descrição que permite a cegos e amblíopes acompanhar as transmissões televisivas.

No entanto, a Renascença reformulou a sua emissão em Agosto, criando a Rádio Sim. Até essa altura, o grosso da emissão era comum ao canal em FM, com blocos regionais (Renascença Regiões) a serem emitidos em algumas zonas.

"Há muita gente que voltou à rádio e ficou em onda média", disse a directora de programas Dina Isabel, acrescentando que tem tido algumas surpresas vindas de público mais jovem do que aquele a quem a emissão se destina, graças aos rádio-despertadores mais antigos que só recebem este tipo de ondas. Há também, prossegue, um "revivalismo interessante. As pessoas dizem ser mais confortável ouvir em OM".

O bom desempenho deste investimento da Renascença pode levar a que outros operadores sigam o exemplo. "Há países onde é uma realidade. Este projecto abre-nos os olhos para isso. A onda média não merece esse abandono", frisou Dina Isabel.

A digitalização da emissão também pode vir a revolucionar o meio. É que tal como a Televisão Digital Terrestre (TDT), as emissões de rádio aos serem digitalizadas ganham qualidade e a onda média terá uma transmissão semelhante à emissão em FM. Mas a tecnologia ainda é cara.

Fonte: JN






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