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<H1 id=NewsTitle>Onda Média volta a conquistar ouvintes</H1>
<P id=NewsSummary>Desde que se generalizaram as emissões em Frequência Modelada 
(FM), que a Onda Média começou a perder ouvintes. Mas a saturação do espectro em 
FM pode devolver-lhe a importância de outros tempos.</P>
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<P>Nas zonas mais remotas do país ainda é a "velhinha" onda média que permite às 
populações ouvir rádio. Nos grandes centros urbanos não é difícil aceder às 
emissões, seja em FM ou em AM (a Amplitude Modelada engloba as transmissões em 
onda curta, longa e média). O complicado é, por vezes, conseguir sintonizar de 
forma precisa a estação que se pretende em FM porque o espaço electromagnético 
está saturado. E é aqui que pode estar o segredo do rejuvenescimento deste tipo 
de transmissão.</P>
<P>Das licenças atribuídas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), 
para Portugal Continental, apenas a RDP e a Renascença continuam a apostar 
nestas emissões. É caro manter os retransmissores, consomem muita energia, e a 
qualidade do som para emissão de música não torna o meio atractivo para os 
ouvintes; apesar da mais-valia de chegar a todo o território.</P>
<P>A estação pública (RDP) está a transmitir a emissão da Antena1, apenas 
interrompida pelos blocos de áudio-descrição que permite a cegos e amblíopes 
acompanhar as transmissões televisivas.</P>
<P>No entanto, a Renascença reformulou a sua emissão em Agosto, criando a Rádio 
Sim. Até essa altura, o grosso da emissão era comum ao canal em FM, com blocos 
regionais (Renascença Regiões) a serem emitidos em algumas zonas.</P>
<P>"Há muita gente que voltou à rádio e ficou em onda média", disse a directora 
de programas Dina Isabel, acrescentando que tem tido algumas surpresas vindas de 
público mais jovem do que aquele a quem a emissão se destina, graças aos 
rádio-despertadores mais antigos que só recebem este tipo de ondas. Há também, 
prossegue, um "revivalismo interessante. As pessoas dizem ser mais confortável 
ouvir em OM".</P>
<P>O bom desempenho deste investimento da Renascença pode levar a que outros 
operadores sigam o exemplo. "Há países onde é uma realidade. Este projecto 
abre-nos os olhos para isso. A onda média não merece esse abandono", frisou Dina 
Isabel.</P>
<P><STRONG>A digitalização da emissão também pode vir a revolucionar o meio. É 
que tal como a Televisão Digital Terrestre (TDT), as emissões de rádio aos serem 
digitalizadas ganham qualidade e a onda média terá uma transmissão semelhante à 
emissão em FM. Mas a tecnologia ainda é cara.</STRONG></P>
<P>Fonte: JN</P>
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