RE: ARLA/CLUSTER: Onda Média volta a conquistar ouvintes...

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Terça-Feira, 20 de Janeiro de 2009 - 19:30:25 WET


Somente uma rectificação a esta informação; incorrecta, ou melhor, incompleta:
"Das licenças atribuídas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), para Portugal Continental, apenas a RDP e a Renascença continuam a apostar nestas emissões"

Falta acrescentar que o Grupo Media Capital, também detêm uma licença nacional activa para Portugal Continental, através da Rádio Comercial, S.A.  e continua a apostar nas emissões em Amplitude Modulada na Onda Média, através do Rádio Clube Português nos 1 035 kHz desde o Porto Alto, e esporadicamente também, pelo emissor do Canidelo em Vila Nova de Gaia nos 783 KHz.

Também em Portugal Continental, a mais antiga rádio local do país - Rádio Altitude da Guarda, pode ser escutada, ao que sei também regularmente, nos 1 584 kHz.

Estações locais em território nacional com emissões regulares em Onda Média<http://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=1955>:
Estação

 Emissor

Frequência
(kHz)

Potência
(kW)

Rádio Altitude

Guarda

1 584

1

Posto Emissor do Funchal

Funchal - Madeira

1 530

10

Rádio Lajes - Força Aérea Portuguesa

Lajes - Açores

1 530

1


O Rádio Clube de Angra (Angra do Heroísmo) em 909 kHz e o Clube Asas do Atlântico (Vila do Porto na Ilha de Santa Maria) em 1 566 kHz  viram revogadas as suas licenças pela ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social em Junho de 2007, por ausência de emissões.

Por sua vez, a Força Aérea Portuguesa nas Lajes, alterou a sua anterior frequência de 648 kHz para os 1 530 kHz.

Presumo que a USA Air Force nas Lajes, que transmitia na maior parte do tempo em cadeia com a AFRN - American Forces Radio And Television Network, também já não utiliza os 1 503 kHz.

João Costa, CT1FBF

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From: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] On Behalf Of CT1FZC/CLUSTER
Sent: segunda-feira, 19 de Janeiro de 2009 22:00
To: ARLA CLUSTER
Subject: ARLA/CLUSTER: Onda Média volta a conquistar ouvintes...

Onda Média volta a conquistar ouvintes

Desde que se generalizaram as emissões em Frequência Modelada (FM), que a Onda Média começou a perder ouvintes. Mas a saturação do espectro em FM pode devolver-lhe a importância de outros tempos.

Nas zonas mais remotas do país ainda é a "velhinha" onda média que permite às populações ouvir rádio. Nos grandes centros urbanos não é difícil aceder às emissões, seja em FM ou em AM (a Amplitude Modelada engloba as transmissões em onda curta, longa e média). O complicado é, por vezes, conseguir sintonizar de forma precisa a estação que se pretende em FM porque o espaço electromagnético está saturado. E é aqui que pode estar o segredo do rejuvenescimento deste tipo de transmissão.

Das licenças atribuídas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), para Portugal Continental, apenas a RDP e a Renascença continuam a apostar nestas emissões. É caro manter os retransmissores, consomem muita energia, e a qualidade do som para emissão de música não torna o meio atractivo para os ouvintes; apesar da mais-valia de chegar a todo o território.

A estação pública (RDP) está a transmitir a emissão da Antena1, apenas interrompida pelos blocos de áudio-descrição que permite a cegos e amblíopes acompanhar as transmissões televisivas.

No entanto, a Renascença reformulou a sua emissão em Agosto, criando a Rádio Sim. Até essa altura, o grosso da emissão era comum ao canal em FM, com blocos regionais (Renascença Regiões) a serem emitidos em algumas zonas.

"Há muita gente que voltou à rádio e ficou em onda média", disse a directora de programas Dina Isabel, acrescentando que tem tido algumas surpresas vindas de público mais jovem do que aquele a quem a emissão se destina, graças aos rádio-despertadores mais antigos que só recebem este tipo de ondas. Há também, prossegue, um "revivalismo interessante. As pessoas dizem ser mais confortável ouvir em OM".

O bom desempenho deste investimento da Renascença pode levar a que outros operadores sigam o exemplo. "Há países onde é uma realidade. Este projecto abre-nos os olhos para isso. A onda média não merece esse abandono", frisou Dina Isabel.

A digitalização da emissão também pode vir a revolucionar o meio. É que tal como a Televisão Digital Terrestre (TDT), as emissões de rádio aos serem digitalizadas ganham qualidade e a onda média terá uma transmissão semelhante à emissão em FM. Mas a tecnologia ainda é cara.

Fonte: JN






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