ARLA/CLUSTER: PoSat-1 sai da lista de keplerianos da AMSAT

Victor Gomes ct1byk sapo.pt
Domingo, 14 de Setembro de 2008 - 13:01:48 WEST


Finalmente um comentário de quem sabe do que está a falar.....

Fui dos poucos Radioamadores Portugueses que tiveram o "privilegio" de 
operar o POSAT-1 em bandas de amador.

A pena que me deixou foi que, apesar do protocolo assinado entre o 
consorcio e a AMSAT-PO, homologado pelo Ministro da tutela numa celebre 
manha de chuva em Santarém, este "passaro" nunca tivesse sido posto ao 
serviço daqueles que realmente lhe dariam utilização.

Quanto ao resto está tudo dito.!!

Cumprimentos,

Victor Gomes, CT1BYK


Radiophilo escreveu:
> Sr. Dr.,
>
> Perguntar, é sem dúvida a mais nobre atitude do ignorante.
>
> Eu não estou nem nunca estive ligado ao PoSAT, mas tendo já 
> entrevistado quem esteja, penso que posso aqui deixar algumas 
> informações em 2ª mão, de resto públicas para quem as queira procurar.
>
> O PoSAT-1 foi o fruto de um esforço de investimento de um consórcio 
> industrial e académico português.
> O objectivo deste programa, para além das missões concretas a 
> desempenhar pelo satélite, era adquirir competências científicas, 
> tecnológicas e industriais neste domínio. Estas seriam materializadas 
> na construção do PoSAT-2, que não se veio a verificar por diversos 
> motivos, e em mais algumas outras oportunidades, entretanto perdidas.
>
> O custo do satélite foi de 1 milhão de contos, pagos pela indústria 
> portuguesa e parcialmente financiados pelo PEDIP. Foi estabelecido um 
> contrato de transferência de tecnologia com a SST (Surrey Satellite 
> Technology) que foi encarregada de projectar, fabricar e montar o 
> satélite. O consórcio ficou detentor de direitos de reutilização e 
> industrialização do projecto.
>
> O satélite adquirido é uma plataforma modular, anteriormente 
> desenvolvida e testada pela SST à qual o consórcio português decidiu 
> acrescentar alguns módulos experimentais opcionais.
>
> Durante este processo, vários engenheiros portugueses participaram nas 
> diversas fases do projecto e industrialização do satélite, em 
> particular no desenvolvimento em conjunto com a SST dos módulos 
> opcionais e das interfaces com a plataforma, na montagem da 
> electrónica do satélite e nos ensaios do mesmo.
>
> A atribuição de responsabilidades operacionais à equipa portuguesa foi 
> crescendo ao longo do programa, e a sua colaboração foi muito bem 
> apreciada pela SST. No desenvolvimento do software do satélite, várias 
> soluções foram criadas pela engenharia portuguesa e inclusivé várias 
> melhorias ao projecto já existente foram apresentadas à SST, e 
> incorporadas no satélite. Também ao nível da industrialização, a 
> participação portuguesa foi notada.
>
> Alguns dos módulos experimentais, como a câmara fotográfica CCD, o 
> sensor de estrelas, o sensor de raios cósmicos ou a experiência de 
> processamento digital de sinais, envolveram vários engenheiros 
> portugueses provenientes dos vários parceiros do consórcio (INETI, 
> OGMA, ou IST), tendo gerado algum impacto na produção de trabalhos 
> académicos. Alguns dos investigadores que colaboraram no programa do 
> PoSAT encontraram depois o seu lugar na indústria aeroespacial. Creio 
> que a experiência de estabilização do satélite através do sensor de 
> estrelas, da responsabilidade do INETI, não será vergonha nenhuma para 
> a nossa academia.
>
> O programa incluia também a construção de plataformas terrestres de 
> suporte, como estações de rastreio, estações de comunicação (fixas e 
> móveis) algumas delas desenvolvidas pela indústria nacional.
>
> O PoSAT também utiliza frequências de amador, tendo aliás chegado a 
> realizar este serviço durante algum tempo. Desde 2005 que o consórcio 
> tem dado passos para activar novamente as comunicações do serviço de 
> amador, mas ao que parece desde 2007 que o satélite está inoperativo.
>
> Sabe-se que para além das utilizações civis, o satélite realizou 
> também missões militares.
>
> E agora, não querendo ser nem menos nobre nem mais ignorante que o Sr. 
> Dr., pergunto-lhe eu:
> Da sua estação de amador, qual a percentagem de equipamentos 
> projectados, construídos ou programados por si?
>
> Passar bem.
> António Vilela
> CT1JHQ
>
>
> 2008/9/11 Rui Penaguião <rui.penaguiao  gmail.com 
> <mailto:rui.penaguiao  gmail.com>>
>
>     *Boa tarde amigos e Prezados Om,s*
>      
>     *Fico pasmado em saber que o dito satélite é considerado por
>     muitos com sendo o primeiro satélite Português.*
>      
>     *Derá mesmo????*
>      
>     *Pergunto?*
>      
>     *1-Quem o projectou*
>     *2-Onde foi fabricado ou montado*
>     *3-Que banda de frequências usa; as de Ham ou outras?*
>     *4-Com que orçamento foi mandado fabricar?*
>     *5- Será que algum componete do dito cujo foi feito, fabricado;
>     projectado ou montado em Território Nacional (PORTUGAL) ?*
>      
>     *Haverá algum Prezado e Distinto Om que me possa ilucidar?*
>      
>     *Obrigado e 73's*
>      
>     *Rui Penaguião*
>      
>     */CT0298 / CT1ZX
>     /*
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