ARLA/CLUSTER: O Pão e aPromoção...

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Segunda-Feira, 23 de Junho de 2008 - 19:43:22 WEST


Boa Tarde Paulo,

Foi talvez das melhores definições que li sobre associações. Concordo 
consigo sobre o aspecto da sobrevivência das Associações

Discordo quando considera que a REP - porque não disse o nome?É tabu? -  
está em decadência. Porquê? Porque desde há uma decada que as 
Associações consideraram um alvo a abater? Porque representa a IARU? Que 
opções temos num País ridiculamente pequeno? Ser for a  ARLA, a RCL ou 
outra qualquer associação a  representar o País junto da IARU a guerra 
acaba? Dividir a representação?Dividir para poder reinar? Onde é que eu 
já ouvi isso?  Sabe que custos isso traria para o País e para os 
radioamadores?
Sabe Paulo, isso apenas seria mudar a direcção do alvo, pois a guerra 
continuaria...somos mesquinhos e maus...

Sabe o que me faz mais  confusão? Quando eu disse aqui nesta lista, há 
dois anos atrás, que ia me fazer sócio da REP apareceram logo quatro 
(sim quatro!) Associações que me enviarem propostas de sócio e algumas 
até  me aconselharam a não me fazer sócio da REP (até recebi e-mail 
directos!). Será que tudo isto é  apenas pelos   15euros/ano?

Não! O que está aqui em causa é algo mais grave que tem a ver com a 
pequenez de ser português. Ficavam todos contentes se eu fosse sócio de 
qualquer uma delas, mas da REP?Nem pensar!  Será que fui idiota?
Olhe, tenho os QSLs em dia, um seguro de antenas, um site espectacular e 
informativo, uma revista trimestral com muita qualidade, e nem conheço 
os Dirigentes da REP. É pouco? Que mais posso pedir? Sardinhas?

Sejamos claros! O que é a que as outras Associações têm para oferecer 
aos radioamadores  que a REP não tem? O que está aqui em causa é a 
concorrência doentia , somos tão poucos, que andam todas à turras para 
ter  mais um sócio. Para quê? Prestigio? Representatividade?

Sejamos ainda mais claros, todos nós sabemos que foi criado ao longos de 
muitos anos uma resistência ao centralismo da REP -  e olhe que está a 
falar com quem já defendeu políticamente a independência da Madeira - e 
todos sabemos que essa resistência deixou marcas indeleveis nas pessoas 
até aos dias de hoje.  Será que ainda ninguém abriu os olhos?

Imagine que a REP se chamasse ARRL e vivessemos num País desenvolvido. 
Como seria?


Paulo Calvo wrote:

> Boa tarde,
>
> Agora que a discussão se tornou séria vou acrescentar mais algumas 
> ideias:
>
> - As  Associações que funcionam geralmente:
>       estão próximas dos sócios, tanto geográfica como socialmente.
>       as decisões são tomadas por consenso alargado.
>       a transparência é lei.
>       têm objectivos definidos.
>       existem porque têm razões para existir.
>       o número de sócios cresce ou mantém-se estavel.
>
> - As associações que vegetam:
>       não envolvem os sócios nas decisões.
>       não têm objectivos definidos.
>       são geridas por poucos nas costas de muitos.
>       o número de sócios decresce regularmente.
>       estão longe dos sócios.
>
> Claro que me preocupa a situação actual especialmente a representação 
> da classe junto das organizações nacionais e estrangeiras.
> Não podemos ignorar a decadência da Associação que pretensamente nos 
> representa a nível internacional e não podemos também ignorar a 
> pulverização de associações a nível nacional.
> Se as associações locais existem é porque funcionam, caso contrário 
> desapareceriam.
> Não acredito numa mega-associação que absorva as associações locais já 
> que os centros de decisão seriam deslocados.
> O modelo espanhol poderia ser interessante, mas acho que já é tarde 
> para isso.
> Resta o modelo federativo. Desta forma as associações manteriam os 
> seus objectivos, autonomia e vantagens. Todos ganharíamos com isso.
>
> A análise feita no Congresso de Almeirim é válida e é cada vez mais 
> urgente agir.
>
> Agora crucifiquem-me,
>
> 73
>
> Paulo Calvo, CT1IDW
>
>
> Mariano Gonçalves escreveu:
>
>> Caro Vítor Gomes, CT1BYK,
>>
>>
>>
>> Primeiro que tudo, gostei de o conhecer pessoalmente.
>>
>> Em seguida, gostei da sua sátira, aflora questões estruturantes e de 
>> princípio, brincando com tristes realidades, sem maldade. Uma censura 
>> jocosa que brincou com assuntos preocupantes, e que nos deveriam 
>> remeter a uma profunda reflexão colectiva, social e cívica também, 
>> caso não existissem por detrás dessas outras realidades, outros 
>> interesses e motivos obscuros que ao longo destes últimos 35 anos, 
>> nos jogaram para as raias da indiferença e da mediocridade crescente, 
>> desacreditando o próprio Radioamadorismo e o seu movimento associativo.
>>
>>
>>
>> Como sabe daquilo que tivemos ocasião de conversar, defendo o 
>> pluralismo associativo, como fonte de diversidade cívica e cultural. 
>> Isso é a base de qualquer Estado de Direito e de uma Nação 
>> estruturada. Só nas repúblicas de bananas existem a coisa do partido 
>> e governo único. A nossa própria Constituição prova o contrário, nós 
>> é que não a sabemos observar e fazer cumprir.
>>
>>
>>
>> Uma associação, tal como a generalidade das empresas, podem ter 
>> início em «vão de escada» tudo tem um começo, um meio e um fim, e 
>> nesse trajecto, com trabalho e competência, muitas coisas boas podem 
>> crescer e evoluir. Infelizmente, muitos organismos e projectos 
>> associativos ligados ao radioamadorismo, não se souberam actualizar 
>> nos últimos 85 anos (em Portugal, na Europa e resto do mundo), alguns 
>> estão colocados no topo de uma escadaria, ali encalharam, e dali não 
>> conseguem progredir, perdendo ano após ano, participação associativa 
>> e representatividade, por mera incapacidade de adaptação e progresso.
>>
>>
>>
>> Portugal, quer no continente quer nas regiões autónomas, necessita 
>> imenso desse movimento cívico, da cidadania que só o movimento 
>> associativo pode conferir, dos cidadãos para os cidadãos.
>>
>> É tempo das comunidades manifestarem da sua capacidade criativa, 
>> tornando-se mais activas e interventoras, orientadoras dos seus 
>> próprios destinos comuns.
>>
>>
>>
>> Fazia mais de 33 anos, que eu não me reunia com colegas amadores da 
>> Rádio, revivi velhas amizades de mais de 40 anos, ali conheci novos 
>> colegas, que me suscitaram interesse, talvez tenha feito novos amigos.
>>
>>
>>
>> Se não fossem essas iniciativas de socialização e difusão cultural, 
>> que nos comprovam da disciplinaridade e das competências do amador da 
>> rádio, nada mais aconteceria para além do autismo daqueles que apenas 
>> se motivam e fazem CQDX (a maioria dos quais, não está por direito 
>> próprio e constitucional, sequer filiado em nenhum organismo), sendo 
>> o radioamadorismo como ali se viu, bem mais plural e multidisciplinar 
>> do que apenas isso, daquilo quem tem por fim (legítimo) uma 
>> actividade que apenas resulta no acto individual da colecção de um 
>> troféu, da compra de um diploma ou troca de um QSL.
>>
>>
>>
>> Mas a Rádio e as Radiocomunicações comportam em si mesmas essa eterna 
>> dicotomia, os que apenas falam, e dos outros, que fazem e reparam 
>> esses meios radioeléctricos.
>>
>> Na radiodifusão existem os locutores e os técnicos, no serviço 
>> militar (para quem foi das transmissões) existem dois ramos, os 
>> rádio-operadores e os rádio-montadores, aqui é o mesmo, isso é 
>> salutar e prova cada vez mais do imensa diversidade com que se 
>> reveste o próprio Radioamadorismo, onde há lugar para todos.
>>
>>
>>
>> Tudo isso, encontro de gerações, de culturas, temáticas e disciplinas 
>> do Radioamadorismo, resultaram neste dia, graças ao esforço e empenho 
>> dos directores da ARLA, que por acaso, virtude do trabalho 
>> desenvolvido e sustentado, até detém uma imensa sede social.
>>
>>
>>
>> Um abraço,
>>
>>
>>
>> Mariano, CT1XI
>>
>>
>>
>>
>> ----- Original Message ----- From: <ct1byk  sapo.pt>
>> To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <cluster  radio-amador.net>
>> Sent: Monday, June 23, 2008 2:45 PM
>> Subject: Re: ARLA/CLUSTER: O Pão e aPromoção...
>>
>>
>> Cheguei a estar preocupado.......
>> Quando enviei o texto anterior ainda tive duvidas se ele seria bem
>> interpretado pelos "clientes" do cluster.
>> Agora não tenho duvidas que antingi o objectivo queria... Brincando
>> com coisas serias podemos sempre indignar-nos com criticas infundadas
>> e fundamentalistas...
>> Parabens ao CT1IDW que acrescentou mais uma serie de criticas a essas
>> desestabilizadoras da paz Radioamadoristica...
>>
>> 73,
>> CT1BYK, Victor Gomes - Secretario da ARR e quem sabe se candidatoa 
>> Presidente
>>
>>
>>
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>> CLUSTER  radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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