RE: ARLA/CLUSTER: TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras
Carlos Fonseca - Ct1GFQ
ct1gfqgrupos gmail.com
Terça-Feira, 30 de Dezembro de 2008 - 19:44:59 WET
Colega Pinto e os demais usuários deste cluster, os meus cumprimentos.
O Colega tocou num ponto interessante no inicio do seu e-mail: Moderação.
Devo lhe dizer que estou em pleno acordo consigo.
Não vou falar como moderador da lista, que ainda o sou, mas como um user como qualquer outro:
Este cluster, acho que deixou de ser uma lista para se debater assunto de rádio amadorismo, para parecer mais a “ revista Maria “ com as suas crónicas semanais.
Quando o cluster era moderado á força: Era porque só deixava-mos passar o que querÃamos.
Abre-se novamente as portas, e pede-se aos radioamadores para se conterem um pouco no que escrevem, como escrevem e para quem escrevem, e o resultado é o que se vê.
E sempre que se pede ás pessoas em público, porque não há que esconder nada, as respostas são as que podem verificar no histórico do cluster.
Por isso: O resultado do que os rádio amadores lêem aqui, reflecte-se no que todos escrevem.
Quanto ao TDT: mais uma mina para o estado !
Enfim…
Boas entradas em 2009!
Carlos, CT1GFQ
“ Não me mande os meus "e-mails" de volta - eu já os vi! “
_____
De: cluster-bounces radio-amador.net [mailto:cluster-bounces radio-amador.net] Em nome de Pinto
Enviada: terça-feira, 30 de Dezembro de 2008 14:56
Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras
E assim se vê uma vez mais os interesses que o Distinto colega João defende neste foro.
À uns tempos a esta parte tudo o que for relacionado com alguém que tem tomar as decisões sejam elas
quais forem, vão ter sempre uma apreciação negativa e muitas vezes tendenciosa que deveriam ser evitadas por alguém que tem (ou teve) a ver com a moderação deste foro, ou pela posição que ocupa a Direcção da Associação.
Mais uma negociata a juntar a tantas que temos neste rectângulo. Resumira o colega João. "O Pinto está feito com eles?".
Olhe que não João, olhe que não.
A verdade, é que à algum tempo este foro serve sistematicamente para denegrir e insultar as pessoas ou os organismos (ex: ANACOM) que por força das circunstancias tem de decidir nas matérias, agora até aquelas que não dizem respeito ao Radioamadorismo.
É pena, com tantos assuntos sobre Radioamadorismo para tratar, alguns se ocupem só de dizer mal em assuntos que
felizmente não dominam e não têm de decidir nada porque senão já estamos a ver o que seria.
Continuação de Boas festas e Bom Ano Novo.
Pinto
ct1ano tvtel.pt
_____
De: cluster-bounces radio-amador.net [mailto:cluster-bounces radio-amador.net] Em nome de Paulo Mendes
Enviada: terça-feira, 30 de Dezembro de 2008 11:17
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras
Temos de esperar para ver, pode ser que o mercado ofereça receptotes tipo "Dreambox" que conteem sistema operativo integrado e que nos resolva o problema, os canais livres (1,2,3,4,5) não terão encriptação logo conerteza que vai parecer soluções de baixo custo, no entanto no meu ponto de vista entendo que fizeram bem em optar por MPEG-4 porque é um sistema mais recente e não será colocado de parte tão depressa.
O que vai deixar muita gente surpresa é a questão de comprarem agora televisores recentes e eles não serem autómonos sem a descodificação por um equipamento externo. Claro que vão surgir televisores com descodificação MPEG-4 mas concerteza que o preço será bastante mais elevado.
Estou ancioso para que isto arranque aqui na zona de Leiria porque a minha recepção de TV onde moro é muito má porque além do sinal ser fraco tem muitas sombras.
73´s
Paulo Mendes - CT2HQT
2008/12/30 João Gonçalves Costa <joao.a.costa ctt.pt>
E assim se comprova e mais uma vez, que os interesses monopolistas se sobrepõem ao mercado livre de operador.
Quem quiser ver televisão digital terrestre em Portugal vai ter de alugar e pagar à PT a caixinha, tenha neste momentos um CRT, um LCD, ou um plasma.
Ao optar pelo MPEG-4 o Estado está a dar á PT uma posição privilegiada e exclusiva de futuro domÃnio tecnológico e económico. Quantos paÃses do mundo e em especial da Europa, tem o viram a ter o sistema MPEG-4 ...? Como o MPEG-2 já está implementado na maioria e já a um preço baixo à que ir para algo onde a concorrência se faça menos sentir.
Mais uma negociata a juntar a tantas que temos neste rectângulo e muito bem resumida nesta frase " Se fosse permitida a difusão dos canais livres em MPEG-2 (sendo os canais a pagar emitidos em MPEG-4), grande parte do público comprava equipamento apenas compatÃvel com o MPEG-2 (vulgarizado e relativamente barato), o que se tornaria num obstáculo a uma possÃvel futura adesão aos canais a pagar, devido à necessidade de comprar novo equipamento. "
Quanto a mim vamos mas é todos ver televisão pela Internet onde pelo menos os domÃnios económicos são menores e onde ainda existe liberdade de difusão.
João Costa,CT1FBF.
________________________________
From: cluster-bounces radio-amador.net [mailto:cluster-bounces radio-amador.net] On Behalf Of CT1FZC/CLUSTER CLUSTER
Sent: terça-feira, 30 de Dezembro de 2008 0:53
To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Subject: ARLA/CLUSTER: TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras
TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras <http://tdt-portugal.blogspot.com/2008/12/tdt-portuguesa-em-mpeg-4-prs-e-contras.html>
Com o esclarecimento publicado pela Anacom, em 27/11, foi confirmado publicamente o sistema de compressão do sinal a utilizar pela futura TDT portuguesa. Trata-se do MPEG-4/H.264.
Em termos simples, a compressão MPEG-4, sendo mais eficiente (comprime mais o sinal), permite difundir mais canais no mesmo espectro (espaço) radioeléctrico (Mux) em comparação com o MPEG-2. Ou seja, utilizando o MPEG-4 é possÃvel difundir mais programas com a mesma qualidade num Mux comparativamente ao MPEG-2. O espectro radioeléctrico (frequências) é um bem escasso e a sua utilização é paga. Ao utilizar o MPEG-4 o negócio da TDT fica economicamente mais atractivo para o operador da rede (PTelecom), porque pode transmitir mais canais, criando uma oferta comercialmente mais atractiva e porque o custo da emissão dos seus próprios canais (versão do MEO) é mais baixo. O principal interessado na adopção do MPEG-4 é portanto o operador da rede e os operadores de televisão que a vão utilizar.
Se fosse permitida a difusão dos canais livres em MPEG-2 (sendo os canais a pagar emitidos em MPEG-4), grande parte do público comprava equipamento apenas compatÃvel com o MPEG-2 (vulgarizado e relativamente barato), o que se tornaria num obstáculo a uma possÃvel futura adesão aos canais a pagar, devido à necessidade de comprar novo equipamento. Assim para ver a TDT o público é obrigado a comprar um equipamento mais caro, já compatÃvel com os canais a pagar (em MPEG-4). Mais uma vez os interesses do operador são colocados à frente dos interesses dos espectadores.
Porque os equipamentos MPEG-4 ainda são muito caros, os operadores das redes de TDT estão em posição privilegiada de os poderem comprar a preço mais acessÃvel, principalmente porque compram em grandes quantidades. Este facto torna-se num importante incentivo à adesão do público aos canais a pagar, porque se o preço do equipamento é alto, havendo um contrato de fidelização, o operador poderá vender o receptor a um preço mais baixo ou aluga-lo. Isto já sucede com o serviço MEO. O receptor MEO (sem gravador), suporta o MPEG-4/H.264 e custa 79€. Este valor está bem abaixo do preço de mercado (livre de operador). No entanto o preço de 79€ é válido só para quem assina um pacote de canais (fidelização). E é bem provável que com a TDT irá suceder algo de semelhante, o receptor será substancialmente mais barato, mas apenas para quem aderir aos canais a pagar! E o preço do receptor também deverá ser muito próximo do receptor já utilizado pelo serviço MEO satélite, porque o equipamento em termos de caracterÃsticas é muito semelhante, um tem um sintonizador satélite, o da TDT terá um sintonizador terrestre. E também porque não faria muito sentido oferecer dois serviços equivalentes a preços muito dÃspares. Duvido que a PTelecom tenha apresentado valores muito diferentes destes na sua proposta aos concursos da TDT. Aguarda-se com expectativa o comunicado da PTelecom até ao final do ano, onde se espera que esta e outras questões sejam esclarecidas.
Também o uso do MPEG-4 torna muito mais difÃcil, no curto e médio prazo, o uso de equipamentos TDT portáteis "concorrentes" com os actuais e futuros serviços a pagar de televisão móvel (via telemóvel), a disponibilizar após o apagão analógico. Actualmente há grande oferta de televisores TDT MPEG-2 portáteis, mas nenhum MPEG-4. O MPEG-4 necessita de muito maior capacidade de processamento para fazer a descompressão do sinal em relação ao MPEG-2. Já é difÃcil conseguir uma autonomia de bateria de 2,5 horas com o MPEG-2, com o MPEG-4 ainda mais.
É verdade que só a utilização da compressão MPEG-4 permite a difusão dos quatro canais nacionais mais o quinto canal em alta definição num único Mux. Mas, embora a disponibilização de um canal em alta definição na oferta de canais livres (Mux A) seja um incentivo à adesão à TDT, este incentivo acaba por ser neutralizado pelo alto preço associado à tecnologia utilizada (MPEG-4) e que é pago por todos os espectadores. Maior incentivo seria tornar obrigatória a emissão em formato panorâmico (16:9) de pelo menos os canais de acesso livre. Não se compreende que se esteja a adoptar o sistema de compressão mais recente (e caro) e no entanto se esteja a perpetuar o uso do formato 4:3, ultrapassado, numa nova plataforma de distribuição.
Uma melhor opção (para o consumidor) seria a difusão dos cinco canais em resolução standard no Mux A e a difusão do quinto canal em simultâneo, em alta definição, e em modo aberto (porventura temporariamente) num dos outros Mux nacionais. Desta forma só quem estivesse interessado na alta definição teria de adquirir o equipamento adequado e suportaria o respectivo preço. É perfeitamente possÃvel transmitir com muito boa qualidade de imagem em definição standard (720x576) os 5 canais em MPEG-2 num único Mux. Isto pode ser facilmente comprovado através do visionamento de variados canais emitidos por satélite e da análise do respectivo bitrate. A definição standard resulta numa muito boa qualidade de imagem em ecrãs até 32 polegadas (a diagonal de LCD e plasmas mais vendida) desde que a fonte de sinal seja boa. Se a fonte (origem do material) não é de boa qualidade, não há bitrate nem MPEG-4 que salve a situação.
Vantagens do MPEG-4 para o consumidor:
+ Torna possÃvel uma maior oferta de canais.
+ Os programas gravados ocupam menos espaço.
Desvantagens do MPEG-4 para o consumidor:
- Preço elevado do equipamento (principalmente os receptores).
- É incompatÃvel com praticamente todo o equipamento em uso (TDT MPEG-2).
- A oferta de equipamento compatÃvel ainda é muito reduzida (televisores e receptores).
- Ainda não há equipamentos TDT portáteis compatÃveis com MPEG-4.
http://tdt-portugal.blogspot.com/
_______________________________________________
CLUSTER mailing list
CLUSTER radio-amador.net
http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
__________ Information from ESET NOD32 Antivirus, version of virus signature database 3720 (20081229) __________
The message was checked by ESET NOD32 Antivirus.
http://www.eset.com
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: http://radio-amador.net/pipermail/cluster/attachments/20081230/4b6a0f6c/attachment.html
Mais informações acerca da lista CLUSTER