ARLA/CLUSTER: Fw: Proposta de regulamentação para indicativos...

Jorge Santos nobre.santos netvisao.pt
Domingo, 30 de Setembro de 2007 - 22:06:01 WEST


Boa noite Carlos.

Como sempre o colega surpreende-me pela positiva, algo deste género "até 
quase que subscrevo" mas com reticências a duas situações já por mim 
colocadas anteriormente: - a razão de ser de 3 classes?? porque não duas.
O outro não é um pedido é uma constatação de facto, a manter-se as três 
classes vamos ficar então com o "abençoado" CQ cá dentro, esta é que 
não!!! faça-se como na informática onde o IPv4 vai dar passagem ao IPv6 
por falta de espaço, CRX por exemplo.
Um pequeno aparte, as divisões administrativas Estremadura versus Lisboa 
e Vale do Tejo e Ribatejo, porquê Morato?? Lisboa, Setúbal, Montijo (que 
já é Ribatejo) não pertencem à Estremadura??!! porque de 1 fazer 2??.

Um abraço a todos

73's de Jorge Santos - CT2JIB

Carlos Mourato escreveu:
> *
>
> *
> Bom!...Já que ressuscitaram o tema, mais uma vez envio a minha (disse 
> minha) opinião sobre o assunto.
> Para mim todas as opiniões são válidas, visto que cada amador tem todo 
> o direito a exprimir aqui a sua maneira de pensar. Comentários são 
> muitos e espero que assim continuem a fluir, para poder-mos ficar a 
> saber o que pensam os colegas. No entanto abstenham-se de comentários 
> destrutivos ou desmotivadores, porque esses não trazem nada de válido 
> à discução.
> A opinião que se segue é a minha, escrita em nome pessoal, e com o 
> máximo de independencia em relação a qualquer interesse. Como tal tem 
> exactamente o mesmo valor que todas as outras apresentadas.
> *
>
> *
> *
>
>
>
> Notas sobre os projectos de alteração da metodologia de atribuição de 
> indicativos de estação de amador em Portugal
>
> *
> *
>
>  
>
> *
>
> Desde à muito tempo que Portugal se encontra afastado da maioria dos 
> países de perfil desenvolvido, no que diz respeito aos métodos 
> utilizados na atribuição de indicativos de estação de amador. Ao longo 
> dos anos, assiste-se a uma inércia, por parte dos serviços 
> responsaveis pelo assunto, enquanto do lado dos amadores se assiste a 
> uma resistencia, só justificada pelo bairrismo tipico do portugues, e 
> consequentemente a sua discordancia em tudo o que é mudança. Isto 
> acontece, porque na realidade todos nós concordamos que se deve mudar, 
> mas apenas para os "outros"...É que se nos tocam à porta, voltem 
> noutra altura que agora não dá! Perante tais factos, é lógico, que ano 
> após ano, vamos ficando cada vez mais enfraquecidos e sem expressão, 
> até chegar o dia em que a ANACOM simplesmente, toma uma atitude 
> drástica, que pode prejudicar a todos, por culpa de alguns, e impõe as 
> suas regras, independentemente da vontade dos amadores.
>
> Nos documentos apresentados, que li com alguma atenção, encontrei 
> vontade de mudança, e acho que uma discussão honesta ponderada, e 
> desintressada, sobre este assunto é de promover. No entanto devo 
> acrescentar e em minha opinião pessoal, que notei algum protecionismo 
> nomeadamente às estações de DX e das regiões autónomas da Madeira e 
> dos Açores. Considerem que Madeira e os Açores são regiões autonomas e 
> não independentes, (vejam o exemplo das Canárias em que os indicativos 
> são iguais aos do continente espanhol, diferindo apenas no numero) e 
> como tal devem reger-se exactamente pelas leis que regem os amadores 
> do continente, e não devem estar abarangidas por quaisquer clausulas 
> especiais. O facto dos CU ou dos CT3 serem muito cobiçados pelas 
> estações de DX não lhes confere de modo algum um estatuto especial, e 
> como tal independentemente de estarem nas regiões autonomas ou no 
> continente só teem que cumprir as regras emanadas superiormente e 
> dicididas pela entidade nacional que superintende as 
> radiocomunicações, de preferencia depois de escutadas as associações 
> representativas dos amadores nacionais. Assim, e porque não considero 
> os DXrs, mais importantes  do que os amadores técnicos, ou até mesmo 
> os apenas conversadores, no panorama do radioamadorismo nacional,  
> entendo que a legislação, se tiver de alterar indicativos, que o faça 
> sem reservas e que não vá preveligiar um punhado de amadores com 
> alguma justificação inaceitável.
> Não é aceitável por exemplo, a justificação de que um indicativo não 
> deve ser alterado, porque é muito conhecido a nivel dos DXrs mundiais, 
> ou que não se deve atribuir um determinado indicativo, porque alguem 
> pode pensar que está na Madeira ou nos Açores. Isso são apenas 
> promenores, e as regras do jogo devem ser generalistas, deixando os 
> promenores pra depois.
>  
> Indo então ao que interessa, concordo plenamente com a divisão 
> administrativa, por números,  como acontece na grande maioria dos 
> países, o que logo à partida facilita a identificação da zona onde o 
> amador está a transmitir. Actualmente os numeros dos indicativos pouco 
> ou nada dizem. Assim e na minha opinião, Portugal deveria ser dividido 
> em 9 regiões, incluindo Madeira e Açores, e a cada região distinta, 
> seria atribuido um numero.
>  
> Quanto às classes de operador,  tambem  aqui concordo na generalidade, 
> e a identificação das classes seria feita pela segunda letra do 
> prefixo. Como tal, e de acordo com as ideias expostas pelos colegas 
> seriam reservadas as letras T, R e Q  para identificar as classes. Não 
> concordo de modo algum, com algumas ideias vindas à discussão, sobre 
> acabar com a diferenciação de classes, porque o radioamadorismo não é 
> a banda do cidadão, e como tal existem amadores de classes distintas, 
> sendo assim em todo o mundo. Quem quiser ter os previlégios de um 
> amador de classe "A", nada o impede de evoluir e se propor a exame 
> para alcançar esses previlégios. Passagens administrativas devem ser 
> pura e simplesmente banidas.
>  
> *Prefixos e classes de operador*
>  
> Seriam os seguintes os prefixos atribuidos por  classes de operador:
>  
> CT  amadores da classe  "A"
> CR amadores da classe  "B"
> CQ amadores da classe  "C"
>  
> Existe um critério para ter escolhido o CQ para amadores da classe 
> "C", que se prende com o facto de só poderem operar em VHF e UHF, onde 
> pouco se usa fazer uma chamada geral (CQ), e desta forma haver poucas 
> possibilidades de uma estação estrangeira poder  confundir o 
> indicativo com uma chamada geral.
> Os prefixos devem ser seguidos de um numero, que seriam atribuido em 
> função da região onde se encontra a morada principal da estação, e 
> começará em "1". e terminará em 9.
>  
> O numero "0" é tribuido em casos expecificos, e nunca a um amador 
> individual.
>  
> As estações repetidoras de fonia, estão operacionais, e devem 
> continuar com o indicativo que lhes foi atribuido neste caso CQ0XXX.
>  
> Estações de associações propunha tambem manter como estão, sendo que 
> seriam CS1...9, tambem aqui, com a numeração de acordo com a região.
>  
> Estações especiais, seriam reconhecidas pelo prefixo CU seguido de um 
> numero a que corresponderia tambem a região,
>  
> Estações de radiobalizas devidiam-se em 2 grupos, sendo umas sob a 
> responsabilidade nacional e objecto de legislação nacional, e as 
> outras, no ambito da IARU, e sob a cordenação desta entidade.
>  As primeiras, seriam da responsabilidade de associações,e seria 
> atribuido o prefixo de CS0, seguido do sufixo da associação e ainda /B 
> no final. Por exemplo CS0RLA/B.
> As outras, seriam da responsabilidade de um grupo de amadores, ou 
> grupo de associações,  (aqui entra uma entidade nova até ao momento, 
> que é um grupo de associações, como por exemplo uma federação)  
> montadas de acordo com as regras sugeridas pela IARU, e sob orientação 
> desta entidade.
> A estações radiobalizas deste segundo grupo, seria  atribuido o 
> indicativo de CT0X, CT0XX, ou ainda CT0XXX.  O sufixo destes BEACONS 
> seria dado de acordo com a região onde estão instalados, e neste caso 
> não seria  o numero mas sim o sufixo que os identificaria. Assim, por 
> exemplo, na Madeira seria CT0M, ou CT0MD, ou ainda CT0MDR. Nos Açores 
> seria, CT0AZ no  Minho CT0MI, etc...
> Indicativos como CT0SIX, ou CT0TWO, seriam exclusivo desta classe de 
> BEACONS.
> Beacons como os da rede mundial da IARU, seriam atenciosamente 
> analizados antes de lhes ser atribuido um indicativo.
>  
> *Regiões Administrativas*
>  
> A divisão administrativa, para efeitos de atribuição de indicativos, 
> deveria ser feita de modo a facilitar a identificação das estações, e 
> deviam ser exactamente 9.
>  
> Assim teriamos a seguinte divisão:
> ** 
>  
> Minho,
> Trás-os-Montes e Alto Douro, incluindo zona do grande Porto
> Beiras
> Extremadura
> Lisboa e Vale do Tejo, incluindo Ribatejo
> Alentejo
> Algarve
> Madeira
> Açores
>  
> A cada uma destas regiões seria atribuido um numero, e seria esse 
> numero que constaria a seguir ao prefixo da estação. Se por exemplo, e 
> isto é apenas um exemplo, seguissemos os critérios dos EAs, teriamos a 
> sguinte divisão:
>  
> *Numeração por Região Administrativa*
>  
> CT/CR/CQ 1 para Minho
> CT/CR/CQ 2 para Trás-os-Montes/Alto Douro/Porto
> CT/CR/CQ 3 para Beiras
> CT/CR/CQ 4 para Extremadura
> CT/CR/CQ 5 para Lisboa e vale do Tejo incluindo Ribatejo
> CT/CR/CQ 6 para Alentejo
> CT/CR/CQ 7 para Algarve
> CT/CR/CQ 8 para Madeira (vejam como ficam iguais aos "Canários" rsrsrs!)
> CT/CR/CQ 9 para os Açores
>  
> Na minha opinião, esta seria a forma mais correcta de organizar os 
> indicativos das estações de amador em Portugal, de uma forma isenta, e 
> sem preveligiar nem prejudicar ninguem, dando ao formato, um aspecto 
> internacional e que permitiria, uma identificação mais pormenorizada 
> da estação correspondente, no que toca ao tipo de estação, à sua 
> localização, e à classe do seu operador.
> Claro que todos sabemos que muita gente oferece forte resistencia à 
> mudança de indicativo , e isso é normal, pois tambem eu gosto muito do 
> "meu" CT4RK que já tenho à 32 anos, mas que abdico dele se for para 
> melhorar o sistema. O critério de atribuição do sufixo seria, e como 
> já foi dito por outro colega, pela antiguidade, começando para cada 
> numero (região) em AA e terminando em ZZZ . Neste caso, os indicativos 
> de 3 letras seriam muito menos, visto que os indicativos com 2 letras, 
>  AA a ZZ, poderiam coexistir mudando apenas o numero regional, como 
> por exemplo CT4RK e CT7RK. Só não poderiam existir era prefixos 
> diferentes, com o mesmo numero e sufixo, isto,  porque por exemplo a 
> atribuição de um indicativo  como CQ3AA, implicaria de imediato a 
> reserva de CR3AA e CT3AA, ao colega, para no caso de subir de 
> categoria , lhe ser automaticamente atribuido o novo prefixo. Assim 
> sendo,  existiriam muitissimos mais indicativos disponiveis para 
> atribuir, e lembrem-se que as 3 letras daqui a uns tempos esgotam-se, 
> já vai no JQ...Outra hipotese seria a de manter o mesmo indicativo e 
> alterar apenas o numero, opção esta que me parece um pouco como 
> "deitar o lixo para trás da porta"
> É lógico, que uma alteração tão profunda a nivel de indicativos vai 
> "agitar as aguas"  a nivel mundial, mas temos mesmo que contar com 
> isso, e quanto mais tarde pior fica, Hoje com a internet é muito mais 
> facil a divulgação mundial de tal mudança, e muito rápidamente por 
> todo o planeta a noticia estaria espalhada.  Está nas nossas mãos a 
> mudança radical, criteriosa, e com sentido de futuro, ou então 
> encostamo-nos à sombra, e esperemos que a vontade de fazer algo 
> inovador passe, e continua tudo no mesmo marasmo de sempre, com tudo 
> "atrabalhacado", sem jeito nenhum, feito à portuguesa em cima do 
> joelho, provisório/definitivo, etc!!!..Está nas nossas mãos escolher!!!!
>  
> Espero ter contribuido para mais umas ideias inovadoras, e mais uns 
> pontos de discução salutar e troca de ideias sobre este dificil 
> problema que nos afecta a todos e que piora com o passar do tempo.
>  
> Quero deixar claro e para terminar, que o que acabei de escrever é a 
> minha opinião individual, de minha autoria, sem qualquer 
> pretensionismos, e em nada se pode identificar o que aqui escrevi, com 
> alguma opinião formada pelos associados da ARLA,
> No entanto, se os associados da ARLA, comungarem das ideias aqui 
> apresentadas, e depois de legalmente aceite pelos sócios, estas ideias 
> podem no futuro fazer parte da opinião da Associação de Radioamadores 
> do Litoral Alentejano.
>  
> com os meus melhores 73
>  
> Carlos Mourato
> CT4RK
>
>
>
> -- 
> Best 73 from:
> regards from:
> CT4RK
> Carlos Mourato
> Sines
>
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