Re: ARLA/CLUSTER: Proposta de regulamentação para os indicativos das estações amadoras em Portugal por António Matias(CT1FFU)
Francisco Costa, CT1EAT
listas_ct1eat sapo.pt
Quarta-Feira, 26 de Setembro de 2007 - 19:39:30 WEST
Caros Colegas
Parece que este, como outros assuntos, nunca se esgota
e está sempre actual. Então, vamos a ele!
Como certamente já sabem, este é um dos meus tópicos
favoritos, pelo que gosto de ter/dar opinião sobre o tema.
Uma vez que a questão foi debatida recentemente,
normalmente não teria nada a acrescentar. Só que no
rescaldo do último "debate", mudei de opinião quanto
a alguns aspectos da minha proposta, que passo a expor
comentando o e-mail do João Costa.
> Alias, acho que o projecto das novas classes já foi
> abandonado pela própria ANACOM pois no actual
> contexto de regulamentos liberais existentes na Europa
> (Espanha,França, Italia,etc) ele não faz qualquer sentido.
Também partilho deste ponto de vista. Ainda assim acho
pedagógico e conveniente haver duas classes. Utilizando
a linguagem económica, "revejo em baixa" a minha proposta,
e passo de três para duas classes apenas.
> Desde que tive conhecimento desta proposta, continuo a
> defender que Portugal não tem dimensão territorial que
> comporte tal projecto.
Esta afirmação (que originalmente consta de um e-mail de
9 de Maio de 2007) fez-me pensar durante meses! A sério.
O argumento é forte, e difícil de contra argumentar!
Como se pode fazer grande uma coisa (neste caso um país),
sabendo antecipadamente que é pequena???
Pensei e pesquisei bastante. E quase por acaso, vi esta página:
http://www.tuvalkin.web.pt/terravista/Guincho/1421/bandeira/pt(otr.htm
Surpreendente, não é? Como um país tão pequeno pode
ser dividido de tantas formas! Vejam especialmente o mapa das
regiões vitivinícolas! Para mim foi o "ovo de Colombo"!
Graças a ele percebi que o mais relevante no assunto que nos ocupa,
não é a dimensão do país, mas a densidade de radioamadores em
cada uma das zonas que se procurava dividir CT.
Mas onde obter essa informação???
Demorei várias semanas para obter o que queria, e não sendo
exactamente uma surpresa, os resultados foram perturbadores!
Existe um total desequilíbrio entre o número de CT's no litoral
e no interior, entre o norte e o sul.
Por outras palavras, as regiões propostas, seguindo uma
metodologia geográfica, não fazem qualquer sentido, pois
dariam origem a grandes diferenças entre o número de
radioamadores de cada uma das zonas propostas.
Tentei elaborar uma alternativa, mas não foi fácil.
Tenho um esboço, mas não me atrevo a divulga-lo, pois além
de frágil, pode ser mais polémico que o anterior...
Por este motivo "meti o assunto na gaveta".
Portanto, embora continue convicto que a divisão por
áreas/indicativos é conveniente a uma melhor organização
dos radioamadores (em qualquer ponto do mundo), tenho
que me render à evidência que actualmente (e seguramente
no futuro próximo), não temos suficiente densidade de amadores
pelas áreas propostas que justifique a sua implementação.
73 F.Costa, CT1EAT
www.qsl.net/ct1eat
P.S. Se houver interesse, poderei buscar nos meus arquivos
os números exactos que suportam as minhas conclusões. De
contrário, nem me dou ao trabalho, hi.
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