ARLA/CLUSTER: Echolink para Amadores de
Radiocomdeficienciasvisuais. Programa ElseeMore de Tony
Wakefield-VK3ZTR.
Fabiano Moser - PY5RX
fabianomoser gmail.com
Terça-Feira, 15 de Maio de 2007 - 10:53:10 WEST
Bom dia,
Venho aqui nesta lista democrática e livre, manifestar minha experiência e
opinião a respeito desta modalidade chamada ECHOLINK. desculpem o email
extenso.
Alguns pontos do email do Francisco me chamaram a atenção, e concordo em
pleno no que diz respeito as 3 situações, podendo ainda acrescentar mais
algumas.
4) Tive um grande e querido amigo chamado Thiers Marcondes de França PY5ZQ
(QRT), militar reformado, amante do Radioamadorismo, de idade avançada e
visão debilitada que lhe trazia dificuldades em operar seus rádios. O
computador lhe ajudava a "manter contato" com seus velhos amigos
radioamadores, pois utilizava fontes grandes no Windows facilitando assim a
operação com o programa Echolink. E como ele haviam outros mais, alguns que
já quase nem conseguiam falar, com 90 e tal anos, tenham certeza, jamais vou
esquecer isto, que vontade! amigos que da cama do hospital com um HT
conversavam com os amigos. Cada história....
Não me atrevo sequer a dirigir uma só palavra contra a atitude e o uso do
Echolink deste nobre amigo radioamador, que muitos QSO's fez nas bandas de
rádio, e via no Echolink um amigo, parceiro solitário que estava sempre
presente no seu shack e que lhe ajuda a manter-se ativo em seus QSO's.
5) Tornei-me radioamador numa cidade do interior do estado de Santa Catarina
no sul do Brasil, aonde fiz vários amigos, aonde aprendi a dar os primeiros
passos neste hobby, mas logo fui morar noutra cidade (Curitiba) 260Km a
Norte. Ficaram se os amigos, vieram outros novos, mas o contacto permaneceu
graças a esta modalidade Echolink. Não tinha a mesma essência é claro, mas
devido as circustâncias era a única maneira. E meu destino me leva cada dia
mais longe destes amigos, mas o contato ainda permanece, alguns ainda não
possuem acesso a rede de internet, pois vivem em cidades pequenas do
interior aonde poucos a têm.
Nem todas as pessoas têm acesso a equipamentos e antenas de HF, nem sempre a
propagação permite estes contatos, e nem sempre os custos da tecnologia de
internet banda larga está acessível a todos.
A soliedariedade de um só operador, beneficia muitos outros !
Cada radioamador identifica-se com uma modalidade;
Cada radioamador possui uma necessidade;
Algumas vezes não nos resta outra possibilidade, podendo ser útil numa
situação de emergência; (Conheço casos reais)
Para mim é necessário regulamentar e organizar. Faz uso quem se identificar.
Tenho plena certeza que esta modalidade vêm a beneficiar muito mais pessoas
no mundo todo, do que gerar incômodo ou mal estar as pessoas.
Para mim o Echolink é um avanço do radioamadorismo, assim como o DSP e os
modos digitais, EME, RTTY, PSK, SSTV etc, mostrando que nossos rádios estão
cada dia mais digitais, e a união "Rádio-Internet" era e é cada vez mais
inevitável.
Cada QSL têm um valor particular a cada operador, seja em CW, SSTV, SSB, ou
se preferir via Echolink, assim como cada QSO também é. Coisas iguais
possuem valores diferentes para cada pessoa.
Não vejo razões para proibir, ou condenar, pelo contrário, precisamos
evoluir e aprimorar, pois acredito que a essência de um radioamador nunca se
perde. O radioamador é um cientista e curioso por natureza, inventor, amigo
e também "um grande malucooo!"
É assim que evoluímos, discutindo nossas idéias e opiniões.
73 a todos.
Fabiano PY5RX
----- Original Message -----
From: "Francisco Costa, CT1EAT" <listas_ct1eat sapo.pt>
To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <cluster radio-amador.net>
Sent: Monday, May 14, 2007 11:37 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Echolink para Amadores de
Radiocomdeficienciasvisuais. Programa ElseeMore de Tony Wakefield-VK3ZTR.
> Caros colegas
>
> O assunto dos "echolinks" começa a parecer o dos "exames de morse".
> O primeiro sofre de "dores de crescimento" e tem problemas de afirmação.
> O segundo não quer morrer, e todos os argumentos são bons para o defender.
> Certamente que, em ambos os casos, há prós e contras. A possível solução
> para o problema está em ponderar os factores, e saber qual é a tendência.
>
> Quanto à banda que deve ser usada, parece haver um amplo consenso: UHF.
> Eu, naturalmente, também estou de acordo.
>
> Quanto ao interesse/utilidade da "modalidade", parece haver muitas
> reservas.
> Eu também as tenho, e por isso mesmo não me manifestei antes sobre o
> assunto.
> No entanto, após ler os "n" emails sobre este assunto, e alguns artigos
> sobre o
> tema, identifiquei 3 situações (não necessariamente em Portugal) em que se
> justifica o uso do "echolink".
> 1. Um OM muda de QTH, e a nova casa está numa zona em que é proibido
> montar antenas exteriores, ou o seu uso é fortemente limitado.
> 2. Um OM, em razão da idade, passa a residir num lar de idosos (ou na casa
> dos filhos, etc.) e apesar de não poder instalar uma estação de amador,
> gostaria de continuar a ter contacto com "os rapazes do seu tempo".
> 3. Uma associação quer fazer um QSO com a ARISS, mas por motivos vários,
> não o pode fazer via rádio.
>
> Talvez existam mais casos, mas eu apenas consegui identificar estes.
> Para todos eles o "echolink" é a única solução, a daí eu os aceitar.
> No entanto, no mais puro sentido da palavra, não se trata de
> radioamadorismo.
> É antes um sucedâneo, que a meu ver deve ser tolerado, mas não estimulado.
> Por esse motivo, as frequências deveriam ser fora do alcance dos CT5.
> De contrário nunca irão sentir necessidade de mudar de categoria e
> operar em HF pois, como já ouvi dizer, podem falar para a Austrália
> com um "walkie-talkie"...
> Quanto aos demais, fica ao juizo de cada um usar ou não usar.
> Eu não uso. Parafraseando um slogan dos anos oitenta,
> "Echolinks? Não, obrigado."
>
> 73 F.Costa, CT1EAT
> www.qsl.net/ct1eat
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
Mais informações acerca da lista CLUSTER