Re: ARLA/CLUSTER: Eu e os condemónios.

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Sábado, 15 de Dezembro de 2007 - 11:52:19 WET


Colega Mesquita CT2IMT
Olhe que não é bem assim!
Tudo o que está pelo lado de fora, inclusive as paredes do seu apartamento,
são partes comuns do edificio, e só se pode montar algo com autorização dos
"condemónios".
Mais informo que mesmo essas parabólocas existentes nas paredes, (isso não é
feio, feio são as antenas de amador)  precisam de consentimento do
condominio. Por isso quando surge este problema como surgiu ao colega David,
temos que pegar em tudo. O AMADOR TEM EXACTAMENTE O MESMO DIREITO E DEVER
PERANTE O CONDOMINIO, QUE QUALQUER OUTRO CONDÓMINO DE MONTAR SEJA O QUE
FOR.  Não existem excepções à regra no que toca a autorizações de montagem
de seja o que for em areas comuns. Por isso se não podemos por antenas de
amador, na proxima reunião, antenas de TV e parabolicas de uso
individual...FORA !!!! ou então vai tudo com o sentar o cú no tribunal!

Outra coisa que me esqueci de dizer, foi a solução eficaz encontrada pelo
colega CT1FFU, que foi dizer na reunião, que infelizmente tinha que
abandonar o apartamento porque não se dava com pessoas com feitios
individualistas e então teria de alugar aquele apartamento a uma familia de
ciganos com 10 filhos, nem que fosse de borla.!!!

73 de CT4RK

Em 15/12/07, Vasco Mesquita <ct2imt  gmail.com> escreveu:
>
> Bom dia
> caro colega posso fazer uma só pergunta ao morar no ultimo andar não
> tem uma varanda ou uma janela com um grade ou mesmo o estendal da roupa,
> pois pode dar uma chapada sem mão a esse parasitas, pois está a utilizar o
> que é seu e não a parte comum do prédio.
>
> boa sorte
> um abraço 73
>
>
>
>
>
>
> Em 15/12/07, David Quental <ct1drb  iol.pt> escreveu:
> >
> > EU E OS CONDEMÓNIOS
> >
> >        Melhores cumprimentos aos colegas.
> >
> > Antes de mais quero dizer que no título a palavra condemónios está
> > precisamente escrita desta maneira, pois é a forma como posso descrever os
> > seres viventes que vivem no mesmo prédio aonde eu vivo.
> >
> >        Tudo começou em Agosto quando eu e a xyl pensámos em mudar de
> > casa pois a anterior já estava a ficar pequena para as nossas
> > necessidades, assim pensado assim foi feito. Fomos ao banco, a seguir a
> > uma agência imobiliária, falámos com eles e ficou acordado que
> > estávamos interessados num T3 nas imediações da nossa casa e como pedido
> > adicional mencionei que pelo facto de ser radioamador, teria que ser
> > um prédio que autorizasse a instalação de antenas e demais sistemas de
> > apoio.
> >
> >        Fomos visitar alguns andares, todos T3, alguns a estrear e outros
> > já com alguns anos e finalmente decidimos por um T3 dum terceiro
> > andar, pois apesar de ser o último andar, também é o que está mais perto
> > do telhado, como tal mais perto das antenas. Feita a escolha fizemos
> > o contrato de compra e reserva com os necessários artigos mas, coisa
> > nova, com a reserva que só iríamos morar para o andar em questão se fosse
> > feita uma reunião de condóminos a autorizar os meus sistemas irradiantes
> > e demais sistemas.
> >
> >        O andar em questão seria o sonho de qualquer radioamador:
> > casa com espaço, um sótão logo abaixo das telhas, telhado plano em lugar
> > duma clarabóia feita de vidro e prédios todos da mesma altura,
> > excepto numa direcção.
> > Enfim, dava tudo a entender que estaríamos em posição de tanto melhorar
> > em questão de espaço da casa como o futuro shack, a ser no sótão,
> > seria o ideal tanto para o sossego da casa como de futuras visitas de
> > colegas ao cujo dito shack.
> >
> >        Durante o processo de aquisição da casa nunca deixei de alertar a
> > imobiliária para a necessidade da tal reunião com os condóminos para
> > acelerar o processo e estar tudo pronto quando fôssemos morar para o
> > andar.
> >
> >        Tal não veio a acontecer porque a 10 de Setembro deste ano (como
> > ainda me lembro bem da data!) recebi uma chamada da minha xyl a dizer
> > que a imobiliária queria comunicar comigo pois a escritura, que não
> > dependia da dita imobiliária mas sim duma entidade bancária, teria que ser
> > feita a 25 desse mesmo mês e no dia a seguir teria que ser feito o
> > descontrato da minha antiga casa. Com estas informações todas fui à
> > imobiliária, falei que as coisas estavam a ser feitas em cima do joelho,
> > eles concordaram, mas como era a entidade bancária que marcava as
> > datas eles não podiam fazer nada, no entanto, a ideia que avançaram, que
> > foi do antigo proprietário da casa, seria visitar os restantes
> > condóminos do prédio, dizer-lhes o que estava a passar-se, pedir-lhes
> > desculpa, perguntar qual a opinião deles, e caso fosse positiva, avançar-
> > se com a compra da casa.
> >
> >        Assim foi feito e na noite desse dia, 10 de Setembro de 2007, lá
> > fomos nós, eu o antigo dono e o administrador do condomínio (para
> > servir de testemunha), perguntar individualmente qual seria a opinião
> > das pessoas sobre este assunto. Curiosamente levei as licenças, uma
> > cópia do seguro e demais documentos que poderiam ser úteis, documentos
> > estes que nem sequer foram pedidos.
> >
> >        Todos os condóminos, excepto um que não estava, disseram que não
> > haveria problemas em instalar as antenas no entanto pediram para não
> > fazer barulho e só um levantou dúvidas quanto às interferências de
> > televisão pois ainda continuava a usar a antena normal. Eu disse-lhe que só
> > com as antenas colocadas é que poderia verificar se haveria
> > interferências ou não, a pessoa em questão ficou mais sossegada.
> >
> >        Com a aprovação de todos os condóminos, exceptuando o que não
> > estava presente e do administrador do condomínio que anteriormente tinha
> > dito que estava sobre reserva mas que no fim disse que não iria ser por
> > ele que eu não colocaria as antenas, fomos embora todos contentes (eu
> > o antigo dono) e no dia seguinte fiquei a manhã em casa e fui ao banco
> > fazer o descontrato.
> >
> >        Tudo correu bem durante essa semana até que na sexta-feira, dia
> > 14 de Setembro, a xyl recebeu uma comunicação da imobiliária a pedir
> > que eu fosse ter com eles, longe estava eu de pensar no pesadelo que
> > estava prestes a começar. Fui á imobiliária e disseram-me o que eu não
> > estava à espera de ouvir:
> > pedimos desculpa mas parece que vai ter problemas em instalar as suas
> > antenas.
> >
> >        É evidente que comecei a enervar-me e saí da imobiliária sem
> > saber bem o que fazer. Fui para casa, entrei em contacto com o antigo
> > dono o qual me disse mais ou menos tudo o que se tinha passado nessa
> > semana, em que não fui informado de nada e sem dar a entender que sabia
> > de algo, entrei em contacto com o administrador do prédio novo. O
> > referido sujeito, para não lhe chamar outro nome, foi muito educado, muito
> > delicado, mas lá acabou por dizer aquilo que eu mais ou menos já sabia:
> > que tinham feito uma reunião na noite do dia 11 dessa semana com 3
> > condóminos, ou seja 1 noite mais tarde, tinham decidido que não concordavam
> > com as minhas antenas. Mais tarde, no dia 14, fizeram outra reunião, com
> > mais condóminos, em que por unanimidade decidiram contra as minhas
> > antenas, é evidente que foram atacados por um ataque de senilidade, ou
> > de amnésia, pois já se tinham esquecido do que me tinham dito na noite
> > do dia 10 de Setembro.
> >
> >        Faço notar aos leitores deste, longo, artigo que segundo o nº 1
> > do artigo 1432 do código civil, que as reuniões de condóminos têm de
> > se fazer anunciar com uma antecedência de 10 dias e não como foi feito
> > no meu novo prédio. Outro pormenor interessante é que a reunião foi
> > precisamente feita numa sexta-feira pois sabia-se que o antigo
> > proprietário do meu futuro andar estava de serviço (é militar como eu) e que
> > a
> > presença dele não seria necessária pois estava de partida. Como estão a
> > ver é um perfeito caso do emprego da democracia. Já dá para ver de que
> > quilate são feitos os meus 'queridos vizinhos'.
> >
> >        Antes de fazer a escritura pedi ao antigo proprietário para fazer
> > uma carta, registada, a impugnar, e bem, a reunião do dia 14 de
> > Setembro, o que foi feito.
> >
> >        Quando fizemos a escritura no dia 25 de Setembro enviei no mesmo
> > dia uma carta registada ao administrador a solicitar uma reunião a
> > pedir autorização para instalar as antenas. Reunião que foi marcada para
> > dia 12 de Outubro. Escusado será dizer que quando há uma escritura é
> > sempre uma data alegre, pois vamos mudar para melhor, posso dizer que
> > foi um dos dias mais tristes da minha vida.
> >
> >        É evidente que eu já sabia qual seria o resultado da reunião de
> > dia 12 de Outubro, mas como a esperança é a última coisa a morrer, lá
> > fiz o trabalho de casa e levei tudo preparado para a dita cuja reunião.
> >
> >        Chegados ao dia 12 lá fomos à reunião, que começou às 22 horas.
> > Para sintetizar só vou dizer as dúvidas dos meus queridos vizinhos:
> > 1)qual era o peso das minhas antenas e torre;
> > 2)qual era a altura da minha antena (fiquei confundido com a pergunta
> > pois tenho antenas direccionais e só uma vertical dualbanda para vhf/
> > uhf);
> > 3)se iria operar com 100 watts ou mais;
> > 4)se as minhas frequências iriam prejudicar as wirelesses ou não;
> > 5)se iriam haver interferências de televisão;
> > 6)se eu iria danificar o telhado;
> > 7)etc, etc, etc, ...
> >
> >        Todas estas perguntas foram só feitas por um condómino, que mais
> > parecia o administrador do condomínio, pois os restantes praticamente
> > só ouviram. O administrador só falou no principio e no fim, de resto
> > nada. Como podem depreender, já estava tudo combinado para ser aquela
> > pessoa a falar pois tinha feito o trabalho de casa e a decisão já estava
> > tomada, ou seja, foi um rotundo não. Posso dizer que o instigador
> > tinha ficada muito chateado por nós o termos incomodado na noite do dia
> > 10 de Setembro pois tinha sofrido uma operação 2 dias antes.
> >
> >        Vários factos ilegais foram tomados por aquela assembleia, tanto
> > a nível da aprovação que teria de ser por maioria de 2/3 e não por
> > unanimidade, como pelo facto que apesar de me poderem proibir de
> > instalar antenas nas partes comuns, não o podem fazer dentro da minha casa,
> > mais uma vez foi o tal instigador que fez a proibição. Ainda mais
> > curioso é o facto deste fulano estar a morar no prédio à cerca de 4 meses,
> > como tal mais 2 meses do que eu, mas ter sido o que mais falou
> > (praticamente foi o único que falou), o que mais parvoíces disse e por
> > último o
> > que incomoda mais no prédio (música alta, xyl que anda de saltos altos,
> > arrumações barulhentas, danos na pintura interior do prédio, etc etc
> > etc.).
> >
> >        Como poderão adivinhar, passei uma noite para esquecer e a tal
> > alegria que se sente numa mudança de casa não a senti nunca, mas lá
> > tivemos que a fazer.
> >
> >        Para não alongar mais este texto, que já se encontra bastante
> > grande, posso dizer que devido a um grande colega, o CT1AVC Valentim,
> > foi-me permitido instalar a estação no batente dele, por sinal a cerca
> > de 5 minutos da minha nova casa e na qual a tenho montado lentamente.
> > Igualmente o NRA deixou-me fazer contestes desde as instalações deles no
> > Alfeite, o qual muito me satisfez.
> >
> >        No entanto esta situação não é das melhores pois gosto de estar
> > em casa com a família e quando vou para a estação deixo a minha xyl e
> > xtalina sozinhas, o que não me agrada muito.
> >
> >        Para terminar vou tecer alguns passos para os colegas, os que
> > ainda têm antenas montadas em prédios de regime horizontal, e que
> > queiram mudar para outra casa maior, desde que esteja na mesma condição
> > da anterior, para o que NÃO devem fazer:
> >
> > 1)não sejam ingénuos como eu que me fui fiar na palavra das pessoas em
> > vez de exigir um documento escrito;
> > 2)não confiem nas imobiliárias pois não estão preparadas para o nosso
> > hobby;
> > 3)as pessoas estão totalmente contra aquilo que desconhecem e mais agora
> > quando a nossa comunicação social tanto faz eco das antenas de
> > telemóveis e dos cabos de electricidade;
> > 4)basta haver uma ovelha negra num prédio para influenciar todas as
> > outras;
> > 5)se forem viver para um prédio aonde não conhecem ninguém, serão sempre
> > vistos como alguma espécie de virús, ou bactéria, e como tal têm que
> > ser 'erradicados';
> > 6)todos os documentos que possam arranjar podem não servir de nada pois
> > as pessoas pensam que vocês são mentirosos ou desonestos;
> > 7)se tiverem que mudar de habitação tentem mudar para uma moradia, de
> > preferência bem longe de outras e no campo.
> >
> >        Não sei, como todos os outros não sabem, como será o meu futuro,
> > mas com estas limitações todas não sei mesmo como irei sobreviver
> > neste estado actual, apesar da excelente vontade de outros colegas para
> > me ajudarem. Para o CT1AVC bem como para a direcção do NRA os meus
> > maiores agradecimentos do fundo do coração.
> >
> > Termino desejando que mais nenhum colega passe pelo mesmo que eu tenho
> > estado a passar.
> >
> > Melhores 73s.
> >
> > CT1DRB/OK8RB
> > David Quental
> >
> >
> > _______________________________________________________________________________________
> >
> > Ter 20 000 euros e tao simples como ir a internet!
> > Saiba mais em http://www.iol.pt/correio/rodape.php?dst=0710082
> >
> >
> > _______________________________________________
> > CLUSTER mailing list
> > CLUSTER  radio-amador.net
> > http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
> >
>
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> _______________________________________________
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