ARLA/CLUSTER: Re: Para nao se falar sempre da mesmas coisasporestas bandas...

Carlos Fonseca - CT1GFQ ct1gfqgrupos gmail.com
Sexta-Feira, 10 de Agosto de 2007 - 20:05:06 WEST


Quem não conhecer a história do TOM SAWYER, que é da minha infancia, muitas 
horas perdi eu a ver estes desenhos animados, eu tenho isso em DVD, 49 
episodios !!

heheh

73's.
Carlos Fonseca, CT1GFQ


----- Original Message ----- 
From: "Rui Mota" <rui.mota  sapo.pt>
To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <cluster  radio-amador.net>
Sent: Friday, August 10, 2007 7:22 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Re: Para nao se falar sempre da mesmas 
coisasporestas bandas...


> Boas tardes, caro e estimado colega Guilherme CT2JJB tudo parte de uma 
> educação e não só, da idade quando por exemplo se questiona quem foi Tom 
> Sawyer e muitos outros, a idade não conta o que conta é as pessoa terem 
> conhecimento das coisas à qual tudo isso tem um nome "CULTURA"
> Cordiais cumprimentos
> Rui Carlos Mota
> 73's
> CT5GOQ
>
>
>
> ----- Original Message ----- 
> From: "CT2JJB" <ct2jjb  gmail.com>
> To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <cluster  radio-amador.net>
> Sent: Friday, August 10, 2007 2:29 PM
> Subject: ARLA/CLUSTER: Re: Para nao se falar sempre da mesmas coisas 
> porestas bandas...
>
>
>> Artigo de Nuno Markl - para a geração dos 30
>>
>> A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E 
>> está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que 
>> hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi 
>> quando lhe falei no Tom Sawyer. "Quem? ", perguntou ele.
>>
>> Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele 
>> consegue viver com ele mesmo? A própria música: "Tu que andas sempre 
>> descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos 
>> deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado em 
>> mandarim.
>>
>> Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não 
>> conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói 
>> canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien e Soleil, 
>> combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos 
>> jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini 
>> que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o 
>> Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, 
>> heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às 
>> voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic 
>> Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar 
>> a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa 
>> só geração:
>>
>> O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem 
>> não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. 
>> Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a 
>> fazer nada.
>>
>> Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não 
>> passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, 
>> nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que 
>> um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói 
>> quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os 
>> canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.
>>
>> Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou 
>> chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma 
>> canção.
>>
>> Confesso, senti-me velho...
>>
>> Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo 
>> bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo 
>> real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles 
>> vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara 
>> Croft.
>>
>> Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca 
>> andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um 
>> miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer 
>> exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer 
>> tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com 
>> nomes tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente.
>>
>> No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de "terno" 
>> nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de 
>> terra espalhada por cima não estancasse.
>>
>> Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, 
>> porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura 
>> aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na 
>> droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num 
>> prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir 
>> para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a 
>> geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E 
>> ainda nos chamavam geração "rasca"...
>>
>> Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de 
>> dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar 
>> na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar 
>> o carro. Agora não falta nada aos putos.
>>
>> Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para 
>> se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, 
>> ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.
>>
>> Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e 
>> ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem 
>> aquela versão da bicicleta.
>>
>> Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu 
>> que 8 em cada dez putos sejam cromos.
>>
>> Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava 
>> porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
>>
>> É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de 
>> alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.
>>
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