Re: ARLA/CLUSTER: Notas sobre a organização dos indicativos
Carlos Mourato
radiofarol gmail.com
Sábado, 28 de Abril de 2007 - 21:51:15 WEST
Em 28/04/07, ct3fq <ct3fq ct3team.com> escreveu:
>
> Boa noite Carlos Mourato,
> Bem, se é a ANACOM que decide porque estamos aqui a queimar os nossos
> parcos
> neurónios?
Os amadores devem, a meu ver, ter uma participação activa na feitura dos
seus regulamentos, apesar da decisão final caber à ANACOM
Pois já sei que a ANACOM vai manter o indicativo CT3 e apenas os novos
> Amadores é que passam para CR3.
Pois eu como dirigente de uma associação não sei nada disso, e apesar de já
ter ido a reuniões com a ANACOM, nunca me foi transmitida tal informação.
Bem, vou jantar...
>
> Um abraço
> 73
>
> PS: Quanto a receber dinheiro da Europa, a Martinica também recebe e
> ninguém se chateia com isso.
>
>
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Mourato" <radiofarol gmail.com>
> To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <cluster radio-amador.net>
> Sent: Saturday, April 28, 2007 9:06 PM
> Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Notas sobre a organização dos indicativos
>
>
> Em 28/04/07, ct3fq <ct3fq ct3team.com> escreveu:
> >
> > Caro Carlos Mourato,
> >
> > Decidamente,e em alguns pontos , não concordo com a sua visão
> > Administrativa
> > do País.
> > Para já, fica o prefixo CU livre. Para quê?
>
>
> leia com mais atenção que vai encontrar o seguinte:
>
> Estações especiais, seriam reconhecidas pelo prefixo CU seguido de um
> numero
> a que corresponderia tambem a região,
>
>
> Depois porque dividir o País em 9 partes? Porque existem 9 números? Ao
> usar
> > todos os nº impede a utilização de indicativos especias para ocasiões
> > especiais.
>
>
> A resposta está dada anteriormente! Recomendo uma leitura mais atenta da
> proposta
> em 9 partes porque é essa a minha opinião., assim como a sua é de dividir
> em
> 3.
>
> Proponho que se divida em apenas 3, Norte, Centro e Sul (afinal o
> rectangulo
> > português não é assim tão grande!) CT1,CT4 e CT2 (assim alguns de vós
> nem
> > precisam de mudar de prefixo) para a classe "A" e concordo consigo sobre
> a
> > distinção de classes com o CR para a "B" e o CQ para a "C"
>
>
> Isso como eu referi é varrer o lixo para debaixo do tapete
> Para ficar tudo como está não vale a pena andar com estas discuções
>
> Como CT3 entenda que não posso concordar que o CT3 seja retirado da
> > Madeira e proponho o CQ3 para a classe "C" e o CR3 para a "B" .
>
>
> E eu tenho que concordar que o CT4 me seja retirado a mim?
> É sempre a mesma coisa!...mudar???...mudem os outros!!!
>
> Não se
> > esqueça que a Madeira é um País DXCC, geográficamente colocado em
> África.
> > Não é justificação? Pois não, é apenas um desejo...
>
>
> Como referi já sabia que muitos amadores não queriam mudanças neles
> próprios!...A haver mudanças que sejam os outros a mudar...Isso é tipico
> do
> portugues!...tudo bem, mas quando apenas toca aos outros. Por isso vivemos
> no marasmo que vivemos.
> Quanto à Madeira pertencer à Africa é que eu me admiro, pois pensava que
> como recebe tanto dinheiro da Europa pertencia a Portugal e à Europa!...Ou
> será que é o DXCC que financia a Madeira???...Com todo o respeito que
> tenho
> pela sua opinião, lembro-lhe que quem faz as regras é a ANACOM e não o
> DXCC,
> por isso pouco me importa que a Madeira pertença à Africa ou à China!...O
> que eu escrevi é a minha opinião e apenas isso!
>
> E deixo aos Açoreanos a opinião sobre os seus indicativos.
> >
> > 73
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Carlos Mourato" <radiofarol gmail.com>
> > To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <Cluster radio-amador.net>
> > Sent: Saturday, April 28, 2007 6:53 PM
> > Subject: ARLA/CLUSTER: Notas sobre a organização dos indicativos
> >
> >
> > *
> >
> > Notas sobre os projectos de alteração da metodologia de atribuição de
> > indicativos de estação de amador em Portugal
> >
> >
> > *
> >
> > Desde à muito tempo que Portugal se encontra afastado da maioria dos
> > países
> > de perfil desenvolvido, no que diz respeito aos métodos utilizados na
> > atribuição de indicativos de estação de amador. Ao longo dos anos,
> > assiste-se a uma inércia, por parte dos serviços responsaveis pelo
> > assunto,
> > enquanto do lado dos amadores se assiste a uma resistencia, só
> justificada
> > pelo bairrismo tipico do portugues, e consequentemente a sua
> discordancia
> > em
> > tudo o que é mudança. Isto acontece, porque na realidade todos nós
> > concordamos que se deve mudar, mas apenas para os "outros"...É que se
> nos
> > tocam à porta, voltem noutra altura que agora não dá! Perante tais
> factos,
> > é
> > lógico, que ano após ano, vamos ficando cada vez mais enfraquecidos e
> sem
> > expressão, até chegar o dia em que a ANACOM simplesmente, toma uma
> atitude
> > drástica, que pode prejudicar a todos, por culpa de alguns, e impõe as
> > suas
> > regras, independentemente da vontade dos amadores.
> > Nos documentos apresentados, que li com alguma atenção, encontrei
> vontade
> > de
> > mudança, e acho que uma discussão honesta ponderada, e desintressada,
> > sobre
> > este assunto é de promover. No entanto devo acrescentar e em minha
> opinião
> > pessoal, que notei algum protecionismo nomeadamente às estações de DX e
> > das
> > regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Considerem que Madeira e os
> > Açores são regiões autonomas e não independentes, (vejam o exemplo das
> > Canárias em que os indicativos são iguais aos do continente espanhol,
> > diferindo apenas no numero) e como tal devem reger-se exactamente pelas
> > leis
> > que regem os amadores do continente, e não devem estar abarangidas por
> > quaisquer clausulas especiais. O facto dos CU ou dos CT3 serem muito
> > cobiçados pelas estações de DX não lhes confere de modo algum um
> estatuto
> > especial, e como tal independentemente de estarem nas regiões autonomas
> ou
> > no continente só teem que cumprir as regras emanadas superiormente e
> > dicididas pela entidade nacional que superintende as radiocomunicações,
> de
> > preferencia depois de escutadas as associações representativas dos
> > amadores
> > nacionais. Assim, e porque não considero os DXrs, mais importantes do
> que
> > os amadores técnicos, ou até mesmo os apenas conversadores, no panorama
> do
> > radioamadorismo nacional, entendo que a legislação, se tiver de alterar
> > indicativos, que o faça sem reservas e que não vá preveligiar um punhado
> > de
> > amadores com alguma justificação inaceitável.
> > Não é aceitável por exemplo, a justificação de que um indicativo não
> deve
> > ser alterado, porque é muito conhecido a nivel dos DXrs mundiais, ou que
> > não
> > se deve atribuir um determinado indicativo, porque alguem pode pensar
> que
> > está na Madeira ou nos Açores. Isso são apenas promenores, e as regras
> do
> > jogo devem ser generalistas, deixando os promenores pra depois.
> >
> > Indo então ao que interessa, concordo plenamente com a divisão
> > administrativa, por números, como acontece na grande maioria dos
> países,
> > o
> > que logo à partida facilita a identificação da zona onde o amador está a
> > transmitir. Actualmente os numeros dos indicativos pouco ou nada dizem.
> > Assim e na minha opinião, Portugal deveria ser dividido em 9 regiões,
> > incluindo Madeira e Açores, e a cada região distinta, seria atribuido um
> > numero.
> >
> > Quanto às classes de operador, tambem aqui concordo na generalidade, e
> a
> > identificação das classes seria feita pela segunda letra do prefixo.
> Como
> > tal, e de acordo com as ideias expostas pelos colegas seriam reservadas
> as
> > letras T, R e Q para identificar as classes. Não concordo de modo
> algum,
> > com algumas ideias vindas à discussão, sobre acabar com a diferenciação
> de
> > classes, porque o radioamadorismo não é a banda do cidadão, e como tal
> > existem amadores de classes distintas, sendo assim em todo o mundo. Quem
> > quiser ter os previlégios de um amador de classe "A", nada o impede de
> > evoluir e se propor a exame para alcançar esses previlégios. Passagens
> > administrativas devem ser pura e simplesmente banidas.
> >
> > *Prefixos e classes de operador*
> >
> > Seriam os seguintes os prefixos atribuidos por classes de operador:
> >
> > CT amadores da classe "A"
> > CR amadores da classe "B"
> > CQ amadores da classe "C"
> >
> > Existe um critério para ter escolhido o CQ para amadores da classe "C",
> > que
> > se prende com o facto de só poderem operar em VHF e UHF, onde pouco se
> usa
> > fazer uma chamada geral (CQ), e desta forma haver poucas possibilidades
> de
> > uma estação estrangeira poder confundir o indicativo com uma chamada
> > geral.
> > Os prefixos devem ser seguidos de um numero, que seriam atribuido em
> > função
> > da região onde se encontra a morada principal da estação, e começará em
> > "1".
> > e terminará em 9.
> >
> > O numero "0" é tribuido em casos expecificos, e nunca a um amador
> > individual.
> >
> > As estações repetidoras de fonia, estão operacionais, e devem continuar
> > com
> > o indicativo que lhes foi atribuido neste caso CQ0XXX.
> >
> > Estações de associações propunha tambem manter como estão, sendo que
> > seriam
> > CS1...9, tambem aqui, com a numeração de acordo com a região.
> >
> > Estações especiais, seriam reconhecidas pelo prefixo CU seguido de um
> > numero
> > a que corresponderia tambem a região,
> >
> > Estações de radiobalizas devidiam-se em 2 grupos, sendo umas sob a
> > responsabilidade nacional e objecto de legislação nacional, e as outras,
> > no
> > ambito da IARU, e sob a cordenação desta entidade.
> > As primeiras, seriam da responsabilidade de associações,e seria
> atribuido
> > o
> > prefixo de CS0, seguido do sufixo da associação e ainda /B no final. Por
> > exemplo CS0RLA/B.
> > As outras, seriam da responsabilidade de um grupo de amadores, ou grupo
> de
> > associações, (aqui entra uma entidade nova até ao momento, que é um
> grupo
> > de associações, como por exemplo uma federação) montadas de acordo com
> as
> > regras sugeridas pela IARU, e sob orientação desta entidade.
> > A estações radiobalizas deste segundo grupo, seria atribuido o
> indicativo
> > de CT0X, CT0XX, ou ainda CT0XXX. O sufixo destes BEACONS seria dado de
> > acordo com a região onde estão instalados, e neste caso não seria o
> > numero
> > mas sim o sufixo que os identificaria. Assim, por exemplo, na Madeira
> > seria
> > CT0M, ou CT0MD, ou ainda CT0MDR. Nos Açores seria, CT0AZ no Minho
> CT0MI,
> > etc...
> > Indicativos como CT0SIX, ou CT0TWO, seriam exclusivo desta classe de
> > BEACONS.
> > Beacons como os da rede mundial da IARU, seriam atenciosamente
> analizados
> > antes de lhes ser atribuido um indicativo.
> >
> > *Regiões Administrativas*
> >
> > A divisão administrativa, para efeitos de atribuição de indicativos,
> > deveria
> > ser feita de modo a facilitar a identificação das estações, e deviam ser
> > exactamente 9.
> >
> > Assim teriamos a seguinte divisão:
> > **
> >
> > Minho,
> > Trás-os-Montes e Alto Douro, incluindo zona do grande Porto
> > Beiras
> > Extremadura
> > Lisboa e Vale do Tejo, incluindo Ribatejo
> > Alentejo
> > Algarve
> > Madeira
> > Açores
> >
> > A cada uma destas regiões seria atribuido um numero, e seria esse numero
> > que
> > constaria a seguir ao prefixo da estação. Se por exemplo, e isto é
> apenas
> > um
> > exemplo, seguissemos os critérios dos EAs, teriamos a sguinte divisão:
> >
> > *Numeração por Região Administrativa*
> >
> > CT/CR/CQ 1 para Minho
> > CT/CR/CQ 2 para Trás-os-Montes/Alto Douro/Porto
> > CT/CR/CQ 3 para Beiras
> > CT/CR/CQ 4 para Extremadura
> > CT/CR/CQ 5 para Lisboa e vale do Tejo incluindo Ribatejo
> > CT/CR/CQ 6 para Alentejo
> > CT/CR/CQ 7 para Algarve
> > CT/CR/CQ 8 para Madeira (vejam como ficam iguais aos "Canários" rsrsrs!)
> > CT/CR/CQ 9 para os Açores
> >
> > Na minha opinião, esta seria a forma mais correcta de organizar os
> > indicativos das estações de amador em Portugal, de uma forma isenta, e
> sem
> > preveligiar nem prejudicar ninguem, dando ao formato, um aspecto
> > internacional e que permitiria, uma identificação mais pormenorizada da
> > estação correspondente, no que toca ao tipo de estação, à sua
> localização,
> > e
> > à classe do seu operador.
> > Claro que todos sabemos que muita gente oferece forte resistencia à
> > mudança
> > de indicativo , e isso é normal, pois tambem eu gosto muito do "meu"
> CT4RK
> > que já tenho à 32 anos, mas que abdico dele se for para melhorar o
> > sistema.
> > O critério de atribuição do sufixo seria, e como já foi dito por outro
> > colega, pela antiguidade, começando para cada numero (região) em AA e
> > terminando em ZZZ . Neste caso, os indicativos de 3 letras seriam muito
> > menos, visto que os indicativos com 2 letras, AA a ZZ, poderiam
> coexistir
> > mudando apenas o numero regional, como por exemplo CT4RK e CT7RK. Só não
> > poderiam existir era prefixos diferentes, com o mesmo numero e sufixo,
> > isto,
> > porque por exemplo a atribuição de um indicativo como CQ3AA, implicaria
> > de
> > imediato a reserva de CR3AA e CT3AA, ao colega, para no caso de subir de
> > categoria , lhe ser automaticamente atribuido o novo prefixo. Assim
> sendo,
> > existiriam muitissimos mais indicativos disponiveis para atribuir, e
> > lembrem-se que as 3 letras daqui a uns tempos esgotam-se, já vai no
> > JQ...Outra hipotese seria a de manter o mesmo indicativo e alterar
> apenas
> > o
> > numero, opção esta que me parece um pouco como "deitar o lixo para trás
> da
> > porta"
> > É lógico, que uma alteração tão profunda a nivel de indicativos vai
> > "agitar
> > as aguas" a nivel mundial, mas temos mesmo que contar com isso, e
> quanto
> > mais tarde pior fica, Hoje com a internet é muito mais facil a
> divulgação
> > mundial de tal mudança, e muito rápidamente por todo o planeta a noticia
> > estaria espalhada. Está nas nossas mãos a mudança radical, criteriosa,
> e
> > com sentido de futuro, ou então encostamo-nos à sombra, e esperemos que
> a
> > vontade de fazer algo inovador passe, e continua tudo no mesmo marasmo
> de
> > sempre, com tudo "atrabalhacado", sem jeito nenhum, feito à portuguesa
> em
> > cima do joelho, provisório/definitivo, etc!!!..Está nas nossas mãos
> > escolher!!!!
> >
> > Espero ter contribuido para mais umas ideias inovadoras, e mais uns
> pontos
> > de discução salutar e troca de ideias sobre este dificil problema que
> nos
> > afecta a todos e que piora com o passar do tempo.
> >
> > Quero deixar claro e para terminar, que o que acabei de escrever é a
> minha
> > opinião individual, de minha autoria, sem qualquer pretensionismos, e em
> > nada se pode identificar o que aqui escrevi, com alguma opinião formada
> > pelos associados da ARLA,
> > No entanto, se os associados da ARLA, comungarem das ideias aqui
> > apresentadas, e depois de legalmente aceite pelos sócios, estas ideias
> > podem
> > no futuro fazer parte da opinião da Associação de Radioamadores do
> Litoral
> > Alentejano.
> >
> > com os meus melhores 73
> >
> > Carlos Mourato
> > CT4RK
> >
> >
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> >
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