Re: ARLA/CLUSTER : A indigna =?ISO-8859-1?Q?=E7=E3o_=E9_imensa, _a_revolta_dos_?= Amadores de Rádio é legítima. Artigos do Mariano- CT1XI.

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Quinta-Feira, 24 de Agosto de 2006 - 18:22:51 WEST


Estimados colegas
Com a devida autorização do seu autor, o colega Mariano, CT1XI, este mail
foi reenviado imediatamente para a vice-presidencia do SNBPC, eng. Amândio
Torres.

73 de CT4RK


Em 24/08/06, João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt> escreveu:
>
> Com os meus/nossos mais sinceros agradecimentos ao Mariano-CT1XI
> por  estes excepcionais conjuntos de artigos que merecem ser conhecido e
> reconhecido por todos nós,  Amadores de Rádio portugueses.
>
> Os meus  PARABENS ao CT1XI, um verdadeiro e dos poucos especialista
> portugueses na matéria, que espero um dia ver publicado no mesmo Diário de
> Noticias que gerou a nossa revolta com a noticia "Cavaco,Governo e polícias
> sem comunicações seguras"..
>
> Ex.ma Senhora jornalista Paula Carmo e Ex.mo Director do DN era com este
> HOMEM e outros como ele, que deveriam ter ido falar antes de escreverem o
> que quer que fosse sobre Comunicações seguras e Radioamadores.
>
> Podem ver o original em www.amrad.pt
>
> João Costa
> CT1FBF
>
> -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
> A indignação é imensa, a revolta dos Amadores de Rádio é legítima.
>
>
> Para provar o que se disse de mal sobre o Radioamadorismo português, basta
> comparar as notícias que se fazem fora de Portugal.
>
> Amateur Radio Today - é um vídeo produzido pela American Radio Relay
> League a liga americana de amadores de rádio.
>
>
> Este filme é narrado pelo famoso jornalista e apresentador da CBS que
> também é Amador de Rádio falamos do lendário Walter Cronkite, KB2GSD.
>
> No filme Walter Cronkite, KB2GSD e a ARRL mostram seriamente aquilo que as
> televisões portuguesas não sabem mostrar sobre o Radioamadorismo, as
> Comunicações Seguras e de Emergência, a Interoperabilidade e Redundância de
> Sistemas, a fragilidade assumida do GSM e de sistemas integrados do tipo
> SIRESP ou outros.
>
> Os EUA é um país sujeito a imensas calamidades naturais, tornados e
> furacões, que ocorrem várias vezes por ano e produzem milhares de milhões de
> dólares de prejuízos materiais e perdas de vidas humanas.
>
> Os EUA também são uma Nação cheia de inimigos, internos e externos, pelo
> que, como Nação, tomam todas as medidas sérias a favor da segurança interna,
> e para tanto, sustentam importantes estruturas de apoio baseadas nas
> comunicações de emergência, suportadas quer pelas forças de segurança,
> voluntários e amadores de rádio, incluindo vejam só, a interoperabilidade
> entre diferentes redes de radiocomunicações, do exército, polícia, bombeiros
> e amadores de rádio.
>
> Bom, mas os EUA não são referência para os governantes portugueses, nem
> para os dirigentes do SNBPC.
>
> A sorte de Portugal, e dos portugueses, é a de que, felizmente, para todos
> nós, não temos inimigos, e vivemos numa região de condições climáticas
> estáveis, tirando pequenas cheiais, umas quantas nortadas e fogos postos no
> verão.
>
> A AMRAD produziu no ano de 2004, um documentário para o SNBPC, por altura
> da celebração dos procolos entre as associações de amadores de rádio e o
> SNBPC, e que nunca foi tornado público por essa entidade. Nele se conta a
> História do Radioamadorismo em Portugal e nas Colónias entre os séculos XX e
> XXI.
>
> Veja o filme da ARRL com legenda em português:
>
> http://www.hamtronix.com.br/cram/images/radioamador.wmv
>
>
> ___________________________________________
>
> A propósito das Notícias recentemente produzidas por diversos diários e
> televisões portuguesas, acerca dos Amadores de Rádios então denominados
> pelos «rádios-amadores» ... e acerca das comunicações inseguras das forças
> de polícia e segurança, este é um exercício de reflexão comparativo.
> Comparativamente com aquilo que se faz nos países ricos e desenvolvidos, é
> importante avaliar e saber.
>
> Também queremos manifestar indignação, contra a maneira hostil e
> intencional como são trados e desconsiderados por entidades da administração
> central os Amadores de Rádio e o Radioamadorismo em Portugal, quer o
> radioamadorismo técnico, quer o radioamadorismo desportivo, ou de serviço
> humanitário e utilidade pública.
>
> Temos por saber e conhecimento as referências sociais e históricas com
> mais de 100 anos de actividade, temos por comparação muito material sério e
> honesto.
>
> Temos por referência, muito trabalho sincero e verdadeiro, como o
> conhecido filme produzido pelo Nosso Colega e Amador de Rádio o Jornalista
> da CBS, Walter Cronkite, KB2GSD.
>
> ARRL Today - é mais um filme produzido pela ARRL - American Radio Relay
> League a liga americana de amadores de rádio, com mais de 1,2 milhões de
> amadores de rádio confederados. No filme Walter Cronkite, KB2GSD mostra
> aquilo que as televisões portuguesas não mostram sobre o Radioamadorismo.
>
> Referimos previamente, as inúmeras notas que diversos peritos apresentam
> no filme, acerca das comunicações integradas do tipo SIRESP e GSM, assim
> como dos ditos de «amadores», que no geral são especialistas, são
> verdadeiros profissionais, mas que voluntária e gratuitamente, em Portugal e
> no Mundo livre, servem os seus países e a humanidade.
>
> Nesta altura, também a ARRL apresenta num colóquio essa temática
> recorrente: «Interoperability called vital to public safety first-responder
> missions» um assunto recentemente apresentado por Glen Nash, K6GSN do
> California Department of General Services Senior Telecommunications
> Engineer, nos EUA (veja em www.arrl.org).
>
> ________________________________________________________
>
> Emergência e interoperabilidade dos sistemas das Radiocomunicações
>
> A interoperabilidade é a capacidade e flexibilidade de ligação e
> intercomunicação entre diferentes redes de rádio e sistemas de comunicação.
>
> Comunicação e transmissão segura
>
> As redes de radiocomunicações são em geral estanques, são selectivas por
> necessidade de garantir a eficácia e a privacidade ou segurança das
> comunicações, sejam por rádio ou através de meios exteriores de transmissão,
> linhas filares, cabos telefónicos, coaxiais ou ópticos, e porque em geral os
> assuntos apenas interessam a essas entidades.
>
> As forças armadas e de segurança nos países tecnologicamente avançados,
> desenvolvem e fabricam os seus próprios dispositivos de comunicações
> seguras. Mais recentemente, alguns desses países possuem além das
> comunicações, as transmissões seguras, mediante chaves secretas
> implementadas em métodos de codificação e transmissão digital. Muitos destes
> dispositivos de transmissão, nem sequer são evidentes ou detectáveis,
> durante os períodos em que estão a transmitir sinais de rádio, formados por
> pacotes digitais de informação também ela codificada (comunicação segura ou
> COMSEC integrada na transmissão segura TRANSEC).
>
> Nas situações de emergência, onde não são necessários manter dispositivos
> de comunicação e transmissão segura, ou onde é importante fazer estender
> essas comunicações seguras para o interior de outras redes de
> radiocomunicações, é necessário garantir a compatibilidade ou converter
> esses meios de comunicação de molde a que se disponha de interoperabilidade.
>
> Emergência e salvação de pessoas e bens
>
> Numa calamidade natural, poder dispor de um simples rádio transmissor a
> funcionar e de uma simples pilha ou fonte de energia eléctrica, é um milagre
> da salvação.
>
> Em geral, fora das polícias e da guerra, nas condições de emergência e
> salvaguarda das pessoas e bens, é indispensável, é estratégico dispor de
> interoperabilidade de redes e meios de comunicação, por rádio e por redes de
> telecomunicações, caso elas existam e estejam em condições de funcionamento,
> total ou parcial (geralmente não estão).
>
> A interoperabilidade dos sistemas das radiocomunicações é determinante, é
> mesmo vital na primeira chamada, e na capacidade de resposta e coordenação
> das missões de salvamento, de protecção e defesa civil.
>
> Podemos dizer que em Portugal não existe interoperabilidade entre as
> radiocomunicações dos organismos nacionais de segurança e socorro:
>
> - não existem planos de emergência
> - não existe treino nem formação
> - não existem equipamentos de rádio compatíveis
> - não existem planos de frequências adequados
> - não existem sequer meios técnicos e pessoal treinado e qualificado
> - cada organismo de segurança, dispõe de condições próprias de comunicação
>
> O tempo de resposta directa e interna a uma emergência regional, dentro de
> estruturas treinadas e muito bem qualificadas, ronda cerca de 48 ou mesmo 72
> horas. Geralmente são os organismos exteriores, provenientes de outras
> regiões ou de outros países, que podem responder com eficácia nas primeiras
> 12 a 24 ou 48 horas após a ocorrência de uma calamidade.
>
> Nestas situações a interoperabilidade táctica entre organismos é pois um
> factor determinante de comunicação, de coordenação e socorro, e deve ser
> imediato, no máximo 15 a 30 minutos.
> Os meios técnicos, os procedimentos e os planos de frequência devem estar
> imediatamente disponíveis, para tanto é essencial o treino operacional
> contínuo dos agentes e voluntários.
>
> Os sistemas de rádio, comunicações e telecomunicações integradas, são
> vantajosos e muito eficazes, mas durante o funcionamento regular, das
> estruturas e redes de telecomunicações.
>
> Ao invés, estes sistemas integrados revelam-se muito frágeis quando
> ocorrem perturbações.
> Falham no mínimo precalso, até por congestionamento de tráfego (vejam-se o
> caso dos SMS durante o Natal e passagens de Ano Novo) mesmo quando estão bem
> dimensionadas e estruturadas em termos de fluência e capacidade de tráfego e
> redundância de equipamentos, pelo simples facto de que são dispositivos
> interdependentes.
>
> Os sistemas integrados colapsam nas situações anormais de desastre e
> calamidade, inclusive por meras falhas ocasionais de energia e
> acontecimentos espontâneos, os sistemas integrados revelam-se sempre muito
> frágeis.
> Os sistemas de radiocomunicações integrados, baseados em comunicações
> seguras, estão dependentes de diversos factores muito críticos:
>
> - capacidade do processamento digital da rede de comunicação
> - riscos de congestionamento de tráfego
> - interligação e retransmissão das células às redes
> - interligação das unidades celulares à rede de acesso local
> - dependência e autonomia energética das células
> - estabilidade estrutural dos edifícios e antenas das células
> - concentração física dos equipamentos, e riscos associados
>
> A eficácia das redes e sistemas de comunicações que sejam integrados estão
> condicionados, porque ficam limitados pela configuração prévia da rede e das
> comunicações, em virtude de serem comunicações seguras e ou selectivas.
> Por outro lado, pelo facto de serem comunicações digitais, são exigidos
> para estes dispositivos funcionarem normalmente, ligações de rádio com muito
> maior qualidade e estabilidade, e que resultam em:
>
> - menor sensibilidade dos receptores
> - maior potência nos emissores
> - mais e melhor relação sinal ruído nas ligações radioeléctricas
>
> As redes de radiocomunicações celulares e digitais exigem uma melhoria
> substancial na qualidade e estabilidade do link de rádio com muito maior
> estabilidade nas ligações, são menos tolerantes às perturbações e suportam
> menos degradação na qualidade dos sinais. Exigem medidas prévias de
> organização para a exploração das redes:
>
> - interoperabilidade dos sistemas, por serem selectivos
> - configuração prévia das redes, exige tempo e recursos qualificados,
> software
> - reprogramação rápida das redes e chaves de codificação para a emergência
> - maior quantidade de dispositivos de retransmissão, cerca de 4 a 6 vezes
> mais
>
> Sendo uma ligação digital (de tudo ou nada) a degradação das ligações por
> rádio, comparativamente com uma rede táctica do tipo analógico, significam:
>
> - ter de aumentar a potência de transmissão para 4 vezes
> - ter de reduzir as distâncias de comunicação para cerca de metade
>
> Em virtude da integração a falha de um único centro de retransmissão
> nodal, poderá significar a perda total das radiocomunicações. Para as
> condições regulares de funcionamento e estabilidade de funcionamento os
> sistemas integrados exigem:
>
> - regularidade no tráfego (dentro dos fluxos previstos)
> - energia eléctrica e temperaturas estáveis
> - distâncias regulares de cobertura
> - estabilidade estrutural dos edifícios e antenas
> - condições normais de climatização, ambiente e meteorologia
> - condições regulares de assistência e manutenção técnica
> - suporte logístico e técnico, em peças e partes de reposição
>
> As redes das radiocomunicações e telecomunicações integradas são redes
> muito eficazes, garantem comunicações selectivas e seguras, como qualquer
> sistema de telecomunicações fixas.
>
> As redes integradas revelam-se frágeis nas condições de emergência, em
> teatros de operações, decorrentes de guerra, sabotagem e terrorismo, ou em
> situações de calamidade pública ou desastres naturais, qualquer rede de
> comunicações integradas, necessita de infra-estruturas e instalações
> prévias.
>
> Conjugação de meios, redundância e sistemas alternativas
>
> Nas situações imprevisíveis da emergência, a capacidade de resposta
> imediata é um factor decisivo, é um dever servir e salvar.
>
> A disponibilização de meios técnicos redundantes às redes integradas,
> devem permitir a imediata colocação em funcionamento de redes tácticas
> interoperáveis (dotadas de comunicações analógicas e também digitais):
>
> - pode ser imediatamente implementada no lugar
> - é imediatamente interoperável
> - interligada via rádio
> - ligada a outros meios exteriores de transmissão estabilizados
> - a redes de telecomunicações fixas
> - ou redes de rádio, portáteis, móveis ou satélites
> - autónoma em energia e sistemas radiantes
> - suporta variações climáticas (opera de - 30 a +80º C)
> - instabilidades mecânicas e ambientais
> - remotamente controlada e monitorizada
> - suporta comunicações seguras
> - faz transmissão segura
> - imediatamente convertível
> - como dispositivo fixo, móvel ou transportável
> - é um dispositivo aberto (quando necessário)
> - a todos os meios de radiocomunicações, ao povo e outras entidades
>
> A grande conclusão é a de que sistemas integrados do tipo SIRESP e GSM são
> frágeis. Isso é do domínio geral, a experiência internacional já o provou.
>
> Os sistemas integrados são meios regulares de comunicação, que devem ser
> complementados de outras medidas estratégicas e tácticas (que não existem em
> Portugal) e que são chamadas redes e dispositivos alternativos para as
> radiocomunicações de emergência.
>
> Tal como mostra a ARRL, os EUA criaram diversas organisções de centenas de
> milhares de voluntários, que as sustentam, com exercícios regulares, falamos
> da RACE e da ARES além de outras organizações de amadores de Rádio e
> voluntários de Protecção Civil.
>
> Em Portugal foi organizada em 2004 a RACE - Rede Amadora de Comunicações
> de Emergência, no âmbito de uma comissão mista constituida por associações
> portuguesas de Amadores de Rádio e o SNBPC, mas depois de 2005 a nova
> direcção do SNBPC entende que não deveria fazer mais nada sobre esta
> matéria, o governo optou pela compra e instalação do SIRESP.
>
> Vejamos.
>
> AMRAD, 24 Agosto 2006
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>



-- 
BPL/PLC ......No thanks!!!
Best 73 from:
regards from:
CT4RK
Carlos Mourato
Sines - Portugal

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