ARLA/CLUSTER : A indigna çã o é imensa, a revolta dos Amadores de R á dio é leg í tima. Artigos do Mariano- CT1XI.
Joaquim Jorge
joaquim.jorge.2 netvisao.pt
Quarta-Feira, 30 de Agosto de 2006 - 23:12:14 WEST
COLEGAS :
POR FAVOR VAMOS A VER SE TEMOS MANEIRAS,
SERÁ QUE AGORA COM O CLUSTER ME VEM PARAR A MESMA MENSAGEM REENVIADA VARIAS
VEZES.
QUEM É O ENGRACADINHO??
CT1ASM JORGE
On 8/24/06 6:22 PM, "Carlos Mourato" <radiofarol gmail.com> wrote:
> Estimados colegas
> Com a devida autorização do seu autor, o colega Mariano, CT1XI, este mail
> foi reenviado imediatamente para a vice-presidencia do SNBPC, eng. Amândio
> Torres.
>
> 73 de CT4RK
>
>
> Em 24/08/06, João Gonçalves Costa <joao.a.costa ctt.pt> escreveu:
>>
>> Com os meus/nossos mais sinceros agradecimentos ao Mariano-CT1XI
>> por estes excepcionais conjuntos de artigos que merecem ser conhecido e
>> reconhecido por todos nós, Amadores de Rádio portugueses.
>>
>> Os meus PARABENS ao CT1XI, um verdadeiro e dos poucos especialista
>> portugueses na matéria, que espero um dia ver publicado no mesmo Diário de
>> Noticias que gerou a nossa revolta com a noticia "Cavaco,Governo e polícias
>> sem comunicações seguras"..
>>
>> Ex.ma Senhora jornalista Paula Carmo e Ex.mo Director do DN era com este
>> HOMEM e outros como ele, que deveriam ter ido falar antes de escreverem o
>> que quer que fosse sobre Comunicações seguras e Radioamadores.
>>
>> Podem ver o original em www.amrad.pt
>>
>> João Costa
>> CT1FBF
>>
>> -----------------------------------------------------------------------------
>> -----------------------------------------------------------------------------
>> -------------------------------------------
>> A indignação é imensa, a revolta dos Amadores de Rádio é legítima.
>>
>>
>> Para provar o que se disse de mal sobre o Radioamadorismo português, basta
>> comparar as notícias que se fazem fora de Portugal.
>>
>> Amateur Radio Today - é um vídeo produzido pela American Radio Relay
>> League a liga americana de amadores de rádio.
>>
>>
>> Este filme é narrado pelo famoso jornalista e apresentador da CBS que
>> também é Amador de Rádio falamos do lendário Walter Cronkite, KB2GSD.
>>
>> No filme Walter Cronkite, KB2GSD e a ARRL mostram seriamente aquilo que as
>> televisões portuguesas não sabem mostrar sobre o Radioamadorismo, as
>> Comunicações Seguras e de Emergência, a Interoperabilidade e Redundância de
>> Sistemas, a fragilidade assumida do GSM e de sistemas integrados do tipo
>> SIRESP ou outros.
>>
>> Os EUA é um país sujeito a imensas calamidades naturais, tornados e
>> furacões, que ocorrem várias vezes por ano e produzem milhares de milhões de
>> dólares de prejuízos materiais e perdas de vidas humanas.
>>
>> Os EUA também são uma Nação cheia de inimigos, internos e externos, pelo
>> que, como Nação, tomam todas as medidas sérias a favor da segurança interna,
>> e para tanto, sustentam importantes estruturas de apoio baseadas nas
>> comunicações de emergência, suportadas quer pelas forças de segurança,
>> voluntários e amadores de rádio, incluindo vejam só, a interoperabilidade
>> entre diferentes redes de radiocomunicações, do exército, polícia, bombeiros
>> e amadores de rádio.
>>
>> Bom, mas os EUA não são referência para os governantes portugueses, nem
>> para os dirigentes do SNBPC.
>>
>> A sorte de Portugal, e dos portugueses, é a de que, felizmente, para todos
>> nós, não temos inimigos, e vivemos numa região de condições climáticas
>> estáveis, tirando pequenas cheiais, umas quantas nortadas e fogos postos no
>> verão.
>>
>> A AMRAD produziu no ano de 2004, um documentário para o SNBPC, por altura
>> da celebração dos procolos entre as associações de amadores de rádio e o
>> SNBPC, e que nunca foi tornado público por essa entidade. Nele se conta a
>> História do Radioamadorismo em Portugal e nas Colónias entre os séculos XX e
>> XXI.
>>
>> Veja o filme da ARRL com legenda em português:
>>
>> http://www.hamtronix.com.br/cram/images/radioamador.wmv
>>
>>
>> ___________________________________________
>>
>> A propósito das Notícias recentemente produzidas por diversos diários e
>> televisões portuguesas, acerca dos Amadores de Rádios então denominados
>> pelos «rádios-amadores» ... e acerca das comunicações inseguras das forças
>> de polícia e segurança, este é um exercício de reflexão comparativo.
>> Comparativamente com aquilo que se faz nos países ricos e desenvolvidos, é
>> importante avaliar e saber.
>>
>> Também queremos manifestar indignação, contra a maneira hostil e
>> intencional como são trados e desconsiderados por entidades da administração
>> central os Amadores de Rádio e o Radioamadorismo em Portugal, quer o
>> radioamadorismo técnico, quer o radioamadorismo desportivo, ou de serviço
>> humanitário e utilidade pública.
>>
>> Temos por saber e conhecimento as referências sociais e históricas com
>> mais de 100 anos de actividade, temos por comparação muito material sério e
>> honesto.
>>
>> Temos por referência, muito trabalho sincero e verdadeiro, como o
>> conhecido filme produzido pelo Nosso Colega e Amador de Rádio o Jornalista
>> da CBS, Walter Cronkite, KB2GSD.
>>
>> ARRL Today - é mais um filme produzido pela ARRL - American Radio Relay
>> League a liga americana de amadores de rádio, com mais de 1,2 milhões de
>> amadores de rádio confederados. No filme Walter Cronkite, KB2GSD mostra
>> aquilo que as televisões portuguesas não mostram sobre o Radioamadorismo.
>>
>> Referimos previamente, as inúmeras notas que diversos peritos apresentam
>> no filme, acerca das comunicações integradas do tipo SIRESP e GSM, assim
>> como dos ditos de «amadores», que no geral são especialistas, são
>> verdadeiros profissionais, mas que voluntária e gratuitamente, em Portugal e
>> no Mundo livre, servem os seus países e a humanidade.
>>
>> Nesta altura, também a ARRL apresenta num colóquio essa temática
>> recorrente: «Interoperability called vital to public safety first-responder
>> missions» um assunto recentemente apresentado por Glen Nash, K6GSN do
>> California Department of General Services Senior Telecommunications
>> Engineer, nos EUA (veja em www.arrl.org).
>>
>> ________________________________________________________
>>
>> Emergência e interoperabilidade dos sistemas das Radiocomunicações
>>
>> A interoperabilidade é a capacidade e flexibilidade de ligação e
>> intercomunicação entre diferentes redes de rádio e sistemas de comunicação.
>>
>> Comunicação e transmissão segura
>>
>> As redes de radiocomunicações são em geral estanques, são selectivas por
>> necessidade de garantir a eficácia e a privacidade ou segurança das
>> comunicações, sejam por rádio ou através de meios exteriores de transmissão,
>> linhas filares, cabos telefónicos, coaxiais ou ópticos, e porque em geral os
>> assuntos apenas interessam a essas entidades.
>>
>> As forças armadas e de segurança nos países tecnologicamente avançados,
>> desenvolvem e fabricam os seus próprios dispositivos de comunicações
>> seguras. Mais recentemente, alguns desses países possuem além das
>> comunicações, as transmissões seguras, mediante chaves secretas
>> implementadas em métodos de codificação e transmissão digital. Muitos destes
>> dispositivos de transmissão, nem sequer são evidentes ou detectáveis,
>> durante os períodos em que estão a transmitir sinais de rádio, formados por
>> pacotes digitais de informação também ela codificada (comunicação segura ou
>> COMSEC integrada na transmissão segura TRANSEC).
>>
>> Nas situações de emergência, onde não são necessários manter dispositivos
>> de comunicação e transmissão segura, ou onde é importante fazer estender
>> essas comunicações seguras para o interior de outras redes de
>> radiocomunicações, é necessário garantir a compatibilidade ou converter
>> esses meios de comunicação de molde a que se disponha de interoperabilidade.
>>
>> Emergência e salvação de pessoas e bens
>>
>> Numa calamidade natural, poder dispor de um simples rádio transmissor a
>> funcionar e de uma simples pilha ou fonte de energia eléctrica, é um milagre
>> da salvação.
>>
>> Em geral, fora das polícias e da guerra, nas condições de emergência e
>> salvaguarda das pessoas e bens, é indispensável, é estratégico dispor de
>> interoperabilidade de redes e meios de comunicação, por rádio e por redes de
>> telecomunicações, caso elas existam e estejam em condições de funcionamento,
>> total ou parcial (geralmente não estão).
>>
>> A interoperabilidade dos sistemas das radiocomunicações é determinante, é
>> mesmo vital na primeira chamada, e na capacidade de resposta e coordenação
>> das missões de salvamento, de protecção e defesa civil.
>>
>> Podemos dizer que em Portugal não existe interoperabilidade entre as
>> radiocomunicações dos organismos nacionais de segurança e socorro:
>>
>> - não existem planos de emergência
>> - não existe treino nem formação
>> - não existem equipamentos de rádio compatíveis
>> - não existem planos de frequências adequados
>> - não existem sequer meios técnicos e pessoal treinado e qualificado
>> - cada organismo de segurança, dispõe de condições próprias de comunicação
>>
>> O tempo de resposta directa e interna a uma emergência regional, dentro de
>> estruturas treinadas e muito bem qualificadas, ronda cerca de 48 ou mesmo 72
>> horas. Geralmente são os organismos exteriores, provenientes de outras
>> regiões ou de outros países, que podem responder com eficácia nas primeiras
>> 12 a 24 ou 48 horas após a ocorrência de uma calamidade.
>>
>> Nestas situações a interoperabilidade táctica entre organismos é pois um
>> factor determinante de comunicação, de coordenação e socorro, e deve ser
>> imediato, no máximo 15 a 30 minutos.
>> Os meios técnicos, os procedimentos e os planos de frequência devem estar
>> imediatamente disponíveis, para tanto é essencial o treino operacional
>> contínuo dos agentes e voluntários.
>>
>> Os sistemas de rádio, comunicações e telecomunicações integradas, são
>> vantajosos e muito eficazes, mas durante o funcionamento regular, das
>> estruturas e redes de telecomunicações.
>>
>> Ao invés, estes sistemas integrados revelam-se muito frágeis quando
>> ocorrem perturbações.
>> Falham no mínimo precalso, até por congestionamento de tráfego (vejam-se o
>> caso dos SMS durante o Natal e passagens de Ano Novo) mesmo quando estão bem
>> dimensionadas e estruturadas em termos de fluência e capacidade de tráfego e
>> redundância de equipamentos, pelo simples facto de que são dispositivos
>> interdependentes.
>>
>> Os sistemas integrados colapsam nas situações anormais de desastre e
>> calamidade, inclusive por meras falhas ocasionais de energia e
>> acontecimentos espontâneos, os sistemas integrados revelam-se sempre muito
>> frágeis.
>> Os sistemas de radiocomunicações integrados, baseados em comunicações
>> seguras, estão dependentes de diversos factores muito críticos:
>>
>> - capacidade do processamento digital da rede de comunicação
>> - riscos de congestionamento de tráfego
>> - interligação e retransmissão das células às redes
>> - interligação das unidades celulares à rede de acesso local
>> - dependência e autonomia energética das células
>> - estabilidade estrutural dos edifícios e antenas das células
>> - concentração física dos equipamentos, e riscos associados
>>
>> A eficácia das redes e sistemas de comunicações que sejam integrados estão
>> condicionados, porque ficam limitados pela configuração prévia da rede e das
>> comunicações, em virtude de serem comunicações seguras e ou selectivas.
>> Por outro lado, pelo facto de serem comunicações digitais, são exigidos
>> para estes dispositivos funcionarem normalmente, ligações de rádio com muito
>> maior qualidade e estabilidade, e que resultam em:
>>
>> - menor sensibilidade dos receptores
>> - maior potência nos emissores
>> - mais e melhor relação sinal ruído nas ligações radioeléctricas
>>
>> As redes de radiocomunicações celulares e digitais exigem uma melhoria
>> substancial na qualidade e estabilidade do link de rádio com muito maior
>> estabilidade nas ligações, são menos tolerantes às perturbações e suportam
>> menos degradação na qualidade dos sinais. Exigem medidas prévias de
>> organização para a exploração das redes:
>>
>> - interoperabilidade dos sistemas, por serem selectivos
>> - configuração prévia das redes, exige tempo e recursos qualificados,
>> software
>> - reprogramação rápida das redes e chaves de codificação para a emergência
>> - maior quantidade de dispositivos de retransmissão, cerca de 4 a 6 vezes
>> mais
>>
>> Sendo uma ligação digital (de tudo ou nada) a degradação das ligações por
>> rádio, comparativamente com uma rede táctica do tipo analógico, significam:
>>
>> - ter de aumentar a potência de transmissão para 4 vezes
>> - ter de reduzir as distâncias de comunicação para cerca de metade
>>
>> Em virtude da integração a falha de um único centro de retransmissão
>> nodal, poderá significar a perda total das radiocomunicações. Para as
>> condições regulares de funcionamento e estabilidade de funcionamento os
>> sistemas integrados exigem:
>>
>> - regularidade no tráfego (dentro dos fluxos previstos)
>> - energia eléctrica e temperaturas estáveis
>> - distâncias regulares de cobertura
>> - estabilidade estrutural dos edifícios e antenas
>> - condições normais de climatização, ambiente e meteorologia
>> - condições regulares de assistência e manutenção técnica
>> - suporte logístico e técnico, em peças e partes de reposição
>>
>> As redes das radiocomunicações e telecomunicações integradas são redes
>> muito eficazes, garantem comunicações selectivas e seguras, como qualquer
>> sistema de telecomunicações fixas.
>>
>> As redes integradas revelam-se frágeis nas condições de emergência, em
>> teatros de operações, decorrentes de guerra, sabotagem e terrorismo, ou em
>> situações de calamidade pública ou desastres naturais, qualquer rede de
>> comunicações integradas, necessita de infra-estruturas e instalações
>> prévias.
>>
>> Conjugação de meios, redundância e sistemas alternativas
>>
>> Nas situações imprevisíveis da emergência, a capacidade de resposta
>> imediata é um factor decisivo, é um dever servir e salvar.
>>
>> A disponibilização de meios técnicos redundantes às redes integradas,
>> devem permitir a imediata colocação em funcionamento de redes tácticas
>> interoperáveis (dotadas de comunicações analógicas e também digitais):
>>
>> - pode ser imediatamente implementada no lugar
>> - é imediatamente interoperável
>> - interligada via rádio
>> - ligada a outros meios exteriores de transmissão estabilizados
>> - a redes de telecomunicações fixas
>> - ou redes de rádio, portáteis, móveis ou satélites
>> - autónoma em energia e sistemas radiantes
>> - suporta variações climáticas (opera de - 30 a +80º C)
>> - instabilidades mecânicas e ambientais
>> - remotamente controlada e monitorizada
>> - suporta comunicações seguras
>> - faz transmissão segura
>> - imediatamente convertível
>> - como dispositivo fixo, móvel ou transportável
>> - é um dispositivo aberto (quando necessário)
>> - a todos os meios de radiocomunicações, ao povo e outras entidades
>>
>> A grande conclusão é a de que sistemas integrados do tipo SIRESP e GSM são
>> frágeis. Isso é do domínio geral, a experiência internacional já o provou.
>>
>> Os sistemas integrados são meios regulares de comunicação, que devem ser
>> complementados de outras medidas estratégicas e tácticas (que não existem em
>> Portugal) e que são chamadas redes e dispositivos alternativos para as
>> radiocomunicações de emergência.
>>
>> Tal como mostra a ARRL, os EUA criaram diversas organisções de centenas de
>> milhares de voluntários, que as sustentam, com exercícios regulares, falamos
>> da RACE e da ARES além de outras organizações de amadores de Rádio e
>> voluntários de Protecção Civil.
>>
>> Em Portugal foi organizada em 2004 a RACE - Rede Amadora de Comunicações
>> de Emergência, no âmbito de uma comissão mista constituida por associações
>> portuguesas de Amadores de Rádio e o SNBPC, mas depois de 2005 a nova
>> direcção do SNBPC entende que não deveria fazer mais nada sobre esta
>> matéria, o governo optou pela compra e instalação do SIRESP.
>>
>> Vejamos.
>>
>> AMRAD, 24 Agosto 2006
>>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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