Re: ARLA/CLUSTER: Novos terrenos para desbravar. Já tinham pensado nesta hipótese?
Joachim Foernzler
DJ1SP t-online.de
Quarta-Feira, 7 de Abril de 2021 - 18:34:26 WEST
Caro Miguel,
Um tema muito interessante. Espero estar de volta ao Alentejo no Outono
de 2021. A antena mais comprida mede 360 m. Deve ser possível
descodificar o WSPR!
Uma nova caixa de fósforos adequada será, no entanto, antes ainda de ser
necessária.
Muito obrigado pelas vossas exaustivas explicações.
Também aqui se aplica: muito pouco enviar e muito ouvir.
vy 73 de Joachim DJ1SP / CT1JJU
Sorry, my knowlege of the portuguese language is very poor.
Am 03.04.2021 um 14:11 schrieb Miguel Andrade:
>
> Caros colegas,
>
> Nunca devemos partir do princípio de que existem barreiras
> intransponíveis.
>
> A faixa dos 630 metros (472 a 479 KHz) é um desses desafios que
> podemos transpor com algum engenho, mesmo sem espaço para antenas
> eficientes.
>
> Aconselho-vos hoje uma visita ao sítio http://www.472khz.org/
> <http://www.472khz.org/>.
>
> É um recurso imprescindível para os iniciados nesta faixa de
> frequências, tão negligenciada pelas estações nacionais.
>
> Para quem se queira iniciar na emissão aqui vos deixo, para já, alguns
> alertas importantes:
>
> . Invistam em primeiro lugar na segurança. Há um real perigo de
> electrocução de pessoas e animais, assim como de incêndio, ao qual
> estamos alheios em HF (em condições normais), uma vez que, nas antenas
> mais frequentes em estações comuns no Serviço de Amador a emitirem nos
> 630 metros, se geram tensões muito elevadas, as quais podem atingir
> milhares de volts e mesmo criar arcos voltaicos, os quais conseguem
> superar o isolamento proporcionado pelo ar, conduzindo um fluxo de
> corrente elétrica visível muitas vezes na forma de raio ou plasma, com
> brilho intenso e temperatura elevadas.
>
> . Antes de se iniciarem no projeto de começarem a investir nos 630
> metros, leiam, leiam, leiam e leiam, sobre este assunto, a começar
> pela hiperligação que vos envio.
>
> . A receção pode ser tentada com qualquer antena de HF… enquanto se
> dedicam a ler e a cultivar-vos neste desafio. A melhor altura para se
> obterem os mais fiáveis resultados em receção é no Inverno. O WSPR e a
> maior antena de HF que dispuserem de momento são um excelente ponto de
> partida e a garantia para uma maior probabilidade de bons resultados.
>
> . Não emitam sem fazerem, antes, mais de 6 meses de escuta. Irão
> compreender, dessa forma, como se comporta esta faixa de frequências e
> quando é mais propício utilizá-la. Ficarão igualmente com uma noção,
> muito real, de como se devem comportar em emissão.
>
> . Nunca emitam sem terem a licença adequada (apenas CAN 1, A ou B em
> Portugal), mas sobretudo a certeza de que os vossos cálculos estão
> corretos e precisos em relação à potência máxima permitida no nosso
> país, ou seja, 1 Watt PIRE.
>
> . Qualquer interferência, mesmo que inadvertida e involuntária,
> noutros serviços que partilham esta faixa ou em faixas de frequências
> próximas, nomeadamente em países do Norte de África que pertencem à
> chamada zona de exclusão, podem significar o fim da permissão atual de
> utilização dos 630 metros em Portugal e noutros países. Invistam em
> filtros passa-banda adequados e controlem, rigorosamente, as
> harmónicas na vossa emissão.
>
> . Esta não é uma banda com bons resultados todo o ano. A maior
> atividade e rendimento acontecem sobretudo nos meses de Inverno onde
> as condições de propagação são ótimas e há menos ruído.
>
> . Esta não é uma banda para quem se deite cedo, uma vez que os
> resultados da propagação se começam a fazer sentir bastante tempo após
> o pôr-do-sol e é de madrugada que os sinais são mais intensos.
>
> . Esta não é, de todo, uma banda para DX. Contactos dentro de um raio
> de 2.000 quilómetros são comuns, em particular na altura certa do ano.
> Apesar dos limites de potência se situarem entre 1 e 5 Watts nos
> países que já autorizaram esta faixa de frequências ao Serviço de
> Amador, as melhores antenas podem permitir contactos com as Américas e
> com a Ásia mas, ainda assim, os recordes, para já registados, são os
> seguintes:
>
> QSO, em JT9, entre NO3M (EN91wr) e VK4YB (QG62ku), na distância de
> 14.979 Km, em 2019-10-14 às 10:28 UTC.
>
> SWL, em WSPR, entre F6CNI (JN19qb) e VK1DSH (QF44ms), na distância de
> 16.832 Km, em 2013-02-16 às 16:44 UTC (VK1DSH copiado por F6CNI).
>
> . Esta não é a banda mais apropriada para contactos em telefonia
> (embora sejam possíveis e praticados nalguns países, de tempos a
> tempos), pela estreita largura da faixa que nos é atribuída (472 a 479
> KHz) e pelo comportamento destas frequências. Mesmo a utilização de
> sinais digitais, todos eles obrigatoriamente de banda estreita, carece
> de uma gestão muito precisa, uma vez que há a partilha da mesma
> frequência por várias modalidades, conforme descrevo em seguida.
>
> . CW entre 472 e 475 KHz (CW-USB). Evitar chamada e sobretudo
> atividade em 474.2 kHz.
>
> . OPERA (USB) em 477 KHz.
>
> . WSPR em 474.2 kHz (USB), frequência de áudio entre 1400 Hz e 1600 Hz.
>
> . FST4W-120 (nova modalidade equivalente ao WSPR) em 474.2 kHz (USB),
> frequência de áudio entre 1400 Hz e 1600 Hz.
>
> . JT9 em 474.2 kHz, frequência de áudio somente entre 1000 Hz e 1350 Hz.
>
> . FST4-60 (nova modalidade equivalente ao JT9) em 474.2 kHz (USB),
> frequência de áudio somente entre 1000 Hz e 1350 Hz.
>
> . FT4 e FT8 em 474.2 kHz (USB), frequência de áudio somente entre 800
> Hz e 1000 Hz (pode, mesmo assim, prejudicar gravemente os QSO’s em JT9).
>
> . JT65, ainda não formalizado, mas pode vir a partilhar igualmente os
> 474.2 kHz (USB), o que arruinaria as comunicações dos modos
> anteriores, sendo, no entanto, preferível a utilização atual, em 475
> KHz (USB), frequência de áudio entre 1000 Hz e 2000 Hz.
>
> . WSQCALL, seguir as instruções do programa e usar apenas a versão 2.0
> ou mais recente. Utilizado, geralmente, em 475.9 kHz.
>
> . FT8CALL e JS8CALL em 475.9 kHz (USB), frequência de áudio sempre
> acima dos 1700 Hz. Partilham a frequência com o WSQCall, pelo que é
> exigido o maior cuidado para não se causarem interferências mútuas.
>
> . Telefonia em banda lateral única (SSB) sempre acima dos 476 kHz
> (eventualmente em LSB). O tráfego mais relevante acontece em 478.8 kHz
> LSB. Usar apenas amplificadores de potência lineares, pois são os
> únicos que rejeitam a outra banda lateral.
>
> Nota: estas recomendações podem vir a sofrer alterações em breve, em
> particular à medida que cada vez mais países autorizam a utilização
> desta faixa em estatuto de utilização secundária ao Serviço de Amador.
>
> Mais contribuições de outros utilizadores destas frequências serão
> muito bem-vindas neste fórum, assim como o agendamento de experiências
> de emissão.
>
> Despeço-me com votos de uma boa e Santa Páscoa.
>
> Um abraço e...
>
> 73 de Miguel Andrade (CT1ETL)
>
> IM58js CQ Zone 14 ITU Zone 37
>
> www.qrz.com/db/CT1ETL <http://www.qrz.com/db/CT1ETL>
>
>
> ______________________________________________________________
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> do seu autor e não representa nem vincula a posição
> da ARLA - Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano
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