RE: ARLA/CLUSTER: O que é que se está a passar?

Miguel Andrade ct1etl gmail.com
Segunda-Feira, 23 de Março de 2020 - 21:15:56 WET


Caros colegas,

 

Não era (de todo) minha intenção incentivar-vos a debater o Radioamadorismo atual por esta via, no entanto é sempre salutar abordarmos estas questões, trocarmos pontos de vista e despertarmos consciências.

Prova do que acabo de escrever é o facto de que, se lerem com atenção a minha mensagem, verão que admito não estar em escuta das frequências onde se reunirão os colegas por estes dias.

Para além dos excelentes contributos com ótimas sugestões que este tópico revelou, posso hoje, com algum otimismo, atualizar o meu testemunho original referindo que já tive o gosto de ter tido 2 excelentes QSO’s com outros tantos colegas dos quais ansiava por notícias sem necessitar de usar o telefone ou de ir às redes sociais digitais.

Num dos referidos contactos, tivemos uma agradável e compensadora conversa, precisamente na faixa dos 2 metros numa frequência das recomendadas pela IARU para comunicações ponto-a-ponto.

Por coincidência também fiquei ao corrente de um acréscimo de atividade por parte de estações nacionais nos 40 e nos 80 metros em alturas do dia específicas.

Fiquei inclusivamente a saber que há grupos de colegas em contactos regionais na faixa dos 70 centímetros e aos que parece neste último caso um dos grupos tem por hábito aí comunicar já há algum tempo.

Afinal aparentemente não está tão mal como poderia parecer.

Não poderei parecer em todo o lado mas fico mais tranquilizado e vou aceitar algumas das vossas sugestões.

Antes estarmos dispersos do que focados em alternativas ou desinteressados do Radioamadorismo.

Apenas aconselho um procedimento simples, para quem o queira adotar - porque não começarem o QSO via estação repetidora?

É evidente que não adiantará começar um encontro do grupo local que se reúne nos 70 cm quase todos os dias no TG915, ou mesmo no DSTAR, pois o interlocutor situado a 200 quilómetros que aí os escutar, não terá hipótese de manter contato quando os restantes transitarem para a comunicação ponto-a-ponto. No entanto, se durante os meus longos silêncios tivesse escutado alguém a combinar uma frequência de VHF ou a dar-me conta de atividade nos 40 metros… é mais do que certo que o meu silêncio não teria sido tão prolongado e solitário.  

 

 

Um abraço e...

 

73 de Miguel Andrade (CT1ETL)

IM58js  CQ Zone 14   ITU Zone 37

 <http://www.qrz.com/db/CT1ETL> www.qrz.com/db/CT1ETL

 

De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Duarte Clara
Enviada: 22 de março de 2020 23:01
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER <cluster  radio-amador.net>
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: O que é que se está a passar?

 

Boa noite caros colegas,

 

O problema é que grande parte das frequências destinadas aos rádios amadores são muito apetecíveis comercialmente. Desta forma dificultam legalmente a entrada de novos rádio amadores comparado com outros países e sobretudo a pouca informação sobre este Hobbe. Não há interece que haja mais rádio amadores. Redes como o siresp e outras em uso que comercialmente são um desastre mas têm multinacionais por trás que levam milhões e dão a comer os nossos governantes e é por isso que estão operacionais, doutra forma seriam logo escluidas.

 

73

CD2JMD

 

A domingo, 22 de mar de 2020, 19:56, Jorge C <jcanelhas  gmail.com <mailto:jcanelhas  gmail.com> > escreveu:

1) Não discuto essências, creio que se formos por aí nunca chegaremos a ponto nenhum pois no fundo sao opinioes pessoais. 

----mas na minha opinião essa eesencia que penso que se refira á tecnica também fica obsoleta e o pessoal que gosta de eletronicas e cia como hobby tambem se dispersa mais, estamos numa altura que com os arduinos e raspberry pi de eletroni facil e comunicacoes que se fazem via web e nao usando o radio como 'antes'. eu proprio me vejo rendido a essa facilidade, por exemplo estava a fazer um keyer todo analogico, mas como precisava daquilo rapido, peguei num arduino e fiz, quando tiver tempo volto ao projecto.

2) Há menos amadores agora que há 20 anos ou não ? Ver o post que iniciou isto, nao faço julgamentos analogico vs digital, apenas que quanto mais variedade há mais as pessoas se segmentam o que faz com que fique mais disperso, agora com o covid e a quarentena estou na esperança qu muitos radios saia da prateleira.

3..

4) Preço e entraves de tempo para se poder emitir. CR7...2anos a secar.

5) Verdade mas ainda assim parece que não chega.

 

Bem-vindas todas as opinioes. 

 

Abraço

 

Jorge

 

On Sun, Mar 22, 2020 at 6:30 PM Gomes <ct1hix  sapo.pt <mailto:ct1hix  sapo.pt> > wrote:

Boa tarde

Permita-me discordar

1)Nunca foi essa a essência do radioamadorismo, foi um aproveitamento.
2)Poucos que restam? Digital? Pelo que sei o digital é só mais uma possibilidade e assim é encarada pela maioria.
3)É verdade
4)Dificuldade porquê? Por ser cara?
5) Nunca se fez tanto como nos últimos tempos para mudar o que está mal.

Esta só é a minha opinião.

Abraço

73, Gomes op: CT1HIX
https://ct1hix.net/

Às 13:46 de 22/03/20, Jorge C escreveu:

Mas o que esperava o colega ?

 

Ora temos :

 

1) Obsolescencia do radio como meio de comunicação de uso comum. (muito mais pratico telemovel e internet)

2) Canalização dos poucos radio amadores que restam para metodos digitais,

3) Envelhecimento da população radioamadora

4) Dificuldade de acesso a licenças aos que se querem iniciar.

5) Inacção dos radio amadores para corrigir o ponto acima. (com honrosas excepções claro)

 

 

73

 

Jorge

 

 

 

 

On Sun, Mar 22, 2020 at 1:32 PM Miguel Andrade <ct1etl  gmail.com <mailto:ct1etl  gmail.com> > wrote:

Caros colegas,

 

Estando em casa em regime de teletrabalho, desde a passada segunda-feira, nunca operei tantas horas de rádio em emissão por dia, como agora.

Mesmo nos dias úteis, durante cerca de 4 horas por dia (raramente menos) uso as radiocomunicações, porém dispersas por momentos diferentes.

Vou no entanto mantendo sempre em receção uma estação repetidora analógica de VHF (CQ0VARB) e outra de DSTAR (CQ0DSA).

O que acabo de descrever é inédito, pelo menos nos últimos 30 anos, no meu caso em particular. 

Poucos são os QSO’s em 2 metros ponto-a-ponto que consegui na última semana, geralmente todos eles com os mesmos colegas e após encontro prévio na estação repetidora analógica de VHF. O que é pena, pois estivemos em risco de perder esta banda recentemente.

Com outro colega fiz ainda uns testes de BLU em 70 cm e um outro teste, tanto de FM como de BLU em 23 cm (este último com resultados francamente dececionantes, diga-se em abono da verdade).

Talvez o tráfego de radiocomunicações esteja bem melhor em DMR, assim o espero, mas confesso que não tenho feito escuta por apenas dispor de um equipamento portátil, no entanto ligá-lo-ei também, a partir de amanhã, nos TG 268 e 915, alternadamente.

 

Provavelmente as diferenças do o que acabo de descrever e o tráfego de comunicações que acontecia nos “bons velhos temposâ€, será apenas resultado da coincidência de não ter escolhido as frequências certas onde estarão todos vós, pelo que os vossos testemunhos também seriam importantes.

Nas que escolhi, estou a ser acompanhado por longos silêncios, alternados pelas infelizmente ainda habituais utilizações da estação repetidora analógica de VHF por pessoas não certificadas com o CAN, o que não é de todo invulgar quando as estações repetidoras estão silenciosas por tanto tempo e não é necessário comprovar-se a habilitação necessária quando da compra de um equipamento barato para o serviço de amador, sobretudo se a encomenda for efetuada via Internet ao estrangeiro.

Repito no entanto que esta pode ser apenas uma experiência unicamente relacionada com o facto de estarmos todos ativos, mas dispersos.

 

Mas voltemos ao início.

Tenho feito muitas horas de emissão, a maioria em FT8, uma vez que os restantes modos digitais que aprecio estão cada vez mais votados ao abandono.

Tenho pena de não escutar mais tráfego nas estações repetidoras, em particular naquelas que tenho seguido nos últimos dias.

Estou preocupado por não comunicar com colegas pelos quais tenho muita estima, pois não sei nada deles, uma vez que não uso as redes sociais nem o Telegram para comunicar, em particular com radioamadores. Aliás, vários leitores deste tópico poderão testemunhar que já interrompi chamadas telefónicas para os convidar a continuarmos a conversa via rádio.

 

Agora que se fala tanto das preocupações com o radioamadorismo, pensem nesta minha experiência individual.  

 

 

Um abraço e...

 

73 de Miguel Andrade (CT1ETL)

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