ARLA/CLUSTER: A grande surpresa (160 m)

Jorge C jcanelhas gmail.com
Domingo, 8 de Março de 2020 - 23:24:18 WET


Muito interessante. Pode mandar umas fotos da antena?

Parabens

A domingo, 8 de mar de 2020, 22:53, Miguel Andrade <ct1etl  gmail.com>
escreveu:

> Caros colegas,
>
>
>
> Sempre defendi que em frequências inferiores à faixa dos 80 metros as
> exigências técnicas de uma estação assumiam outro patamar… e não era
> somente pelas dimensões das antenas que se revelassem minimamente
> eficientes.
>
> Sempre li (e comprovei na realidade) que uma estação apta para prestações
> aceitáveis nos 160 metros teria que se munir de uma antena para receção e
> outra para emissão, sendo que cada uma delas deveria ser concebida e
> pensada para assegurar um bom serviço na respetiva função. Certamente
> alguns colegas lembrar-se-ão de me terem escutado em emissão a defender
> estes pontos de vista ou, em conversas sobre o assunto, até mesmo
> pessoalmente quando veio a propósito debitar conhecidas teorias sobre as
> dimensões mínimas, tipologias e até as alturas mínimas em relação ao solo
> das antenas mais adequadas.
>
> Não é que seja um especialista na “top bandâ€, com resultados comprovados
> (entenda-se países alcançados), em Ondas Médias, mas tenho lido alguma
> coisa e só não conquistei mais feitos por não ser (ainda) proprietário do
> terreno com as dimensões mais adequadas.
>
> Ainda assim tive os meus momentos de “glória†e já operei com antenas bem
> dimensionadas… com algum engenho e criatividade, pois as mesmas nunca
> estiveram à altura mínima necessária para um real bom desempenho.
>
> Abreviando, porque a malta aqui no fórum não gosta nem consegue ler muita
> prosa, a grande surpresa estava aí ao virar da esquina.
>
> No passado Sábado, dia 29-02-2020, terminava o costumeiro QSO nos 160
> metros, conquistado para a tradição pelos esforços meritórios do nosso
> ilustre Agnelo (CT1DVU), quando, por mera brincadeira e sem acreditar que
> me escutassem, lá disparei o meu indicativo.
>
> Qual não foi o meu espanto quando o meu prezado amigo Ramos (CT7AGE) me
> responde, lá da distante e charmosa Albergaria a Velha.
>
> O que aconteceu não poderia estar mais longe de acontecer, pois era o
> antagonismo completo da minha experiência anterior e das teorias propagadas
> â€aos 7 ventos†para quem me quisesse escutar.
>
> Não é que essas teoria e aminha experiência anterior estejam de forma
> alguma longe da realidade, mas a propagação dos sinais sim; nessa noite
> estava louca!
>
> Senão vejamos.
>
> A minha modesta estação, acabadinha de repousar uma sessão de JT65 e
> quejandos noutra faixa de frequências muito mais elevada (40 metros) estava
> regulada para os 25 Watts de pico… e assim ficara por distração.
>
> E a famosa antena?
>
> A antena propriamente dia está no “estaleiro†em manutenção, até que o
> final de Maio traga alguma alegria aos dias de Primavera e disponibilidade
> para ser de novo operacionalizada, pelo que estava a operar com o chamado
> fio-de-recurso-só-para-escuta, mas conhecido com o cognome “o provisórioâ€.
>
> Como características desta fantástica antena temos simplesmente pouco mais
> de 7 metros de fio de cobre (nem tão-pouco faço uma ideia  rigorosa da
> medida), estendido a cerca de 1 metro e qualquer coisa do chão, embora
> nalguns pontos chegará porventura próximo dos 2 metros.
>
> É claro que está alimentado por um robusto sintonizador automático que faz
> a ponte ente a linha de transmissão e o dito cujo.
>
> Ainda assim foi um QSO muito confortável, no qual recebi sempre o colega
> Ramos com sinais superiores a 9+30 (desculpem-me, os mais puritanos, pela
> escala utilizada, mas era o que o mostrador do rádio apresentava)… sem
> qualquer amplificação do sinal de receção!
>
> Esta crónica significa que devemos todos atirarmo-nos com confiança para o
> habitual QSO das 22:00 em 160 metros, mesmo que nossa antena seja a parte
> metálica de uma chave de fendas no outro extremo do cabo coaxial?
>
> Não!... nem em FT8!
>
> O que se passou foi um situação excecional, pelo que vos aconselho alguma
> prudência e moderação no entusiasmo.
>
> De volta a Lisboa (sim o QSO teve lugar na “Terra Prometidaâ€, em IM58ob)
> eis que este arrojado aventureiro resolve dar mais um “arzinho de sua
> graça†à boleia de outra lufada de “boa propagação†e vamos a isto que se
> faz tarde.
>
> Aproveitando o QSO habitual com a distintas presenças em emissão das
> estações CT1DVU operada pelo nosso ilustre Agnelo, CT1EOD, operada pelo
> desconhecido para mim mas simpático Bruno, CT7AGE operada pelo meu eterno
> salvador e amigo Ramos e CU2BD (erradamente apelidada por mim de início com
> o indicativo trocado CU2VD), operada por outro eminente mas (ainda)
> desconhecido para mim, o nosso colega Filipe, lá chamei eu de novo, desta
> vez do alto da minha fantástica antena “L†de comprimento total a rondar
> 1/8 de onda para a faixa em causa.
>
> Como é evidente e espectável, os resultados foram dececionantes.
>
> O colega Agnelo só me conseguir (finalmente) receber quando se apercebeu
> que a minha antena atual tem de facto 1/3 do elemento irradiante em
> polarização vertical e comutou a receção para a mesma polarização… artes de
> quem tem uma estação digna desse nome para operar em Onda Média.
>
> Mais relatos se seguirão a este, uma vez que apesar do fracasso da minha
> emissão e sobretudo receção desta passada sexta-feira, mesmo antes de
> voltar a ter uma estação de OM operacional, tentarei surpreende-los em dias
> de boa propagação.
>
> A terminar, chamo a vossa atenção para as imagens anexas.
>
> Eis como se apresenta habitualmente a minha receção em 160 metros durante
> o dia, pois à noite piora.
>
> Meu prezado colega Filipe; como é que queria que vos pudesse escutar
> nestas condições? Muito fez a fantástica estação do meu amigo, sobretudo
> com o desvanecimento que se verificou.
>
> Espero voltar a comunicar-me convosco na banda mágica e em breve. Uma
> certeza porém eu tenho, não será certamente a partir dos meus estúdios na
> capital do império.
>
> Saudações amigas e desculpem-me este texto com um número de páginas digno
> de uma lista telefónica (se é que têm idade para se recordarem do que isso
> era).
>
>
>
> P.s.  Infelizmente não cabe aqui, pela dimensão do ficheiro, um “filme de
> terror†como a cascata do rádio em bonitas configurações geométricas
> acompanhadas de uma cacofonia de sons guturais, gritos, apitos, roncos,
> grunhidos, bramidos, silvos, fragores… e outros horrores que se presenciam
> diariamente nos 80 metros e abaixo.
>
> Como é adorável viver na cidade!!!!
>
>
>
>
>
> Um abraço e...
>
>
>
> 73 de Miguel Andrade (CT1ETL)
>
> IM58js  CQ Zone 14   ITU Zone 37
>
> www.qrz.com/db/CT1ETL
>
>
> ______________________________________________________________
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