ARLA/CLUSTER: Estudo descobre que o Sol aumenta de tamanho a cada 11 anos

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2020 - 10:32:44 WET


<https://hypescience.com/wp-content/uploads/2018/08/sol-expande-contrai-ciclo.jpg>De
acordo com um novo estudo do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (EUA) e
da Universidade de Côte d’Azur (França), o sol se expande e encolhe em um a
dois quilômetros a cada 11 anos.

Esses movimentos são como “inalações†e “exalações†muito fracas, com esses
quilômetros extras aumentando o raio do sol em apenas 0,00029%, no máximo.

A mudança

A mudança é tão pequena que é incrível que a equipe tenha sequer conseguido
detectá-la. Para isso, os pesquisadores se concentraram nos fluxos de
plasma que escapam e retornam à superfície solar – fios de gás ionizado
altamente energéticos.

Essas ondas de plasma são semelhantes às ondas sonoras emitidas por um
instrumento musical. O sol é um pouco como um saxofone: do mesmo jeito que
você pode fazer sons diferentes dependendo das chaves que pressiona e do
quando expande a tubulação do instrumento, as frequências das ondas de
plasma mudam dependendo de quão grande é o sol.

Embora seja uma tarefa complicada, essa alteração pode ser medida com
bastante precisão. Foram necessários 21 anos de observações usando dois
telescópios espaciais da NASA para alcançar a descoberta.

Essa “respiração†que altera a forma da nossa estrela, como você pode já
ter imaginado, tem a ver com o ciclo solar.

Como funciona o ciclo solar?

A cada 11 anos, o sol se move de um máximo para um mínimo solar.

No máximo, jatos solares de intensa atividade magnética ocorrem com mais
frequência e se agrupam no equador da estrela. Tais “manchas solaresâ€
aumentam as chances de tempestades solares, o que pode significar qualquer
coisa, desde auroras mais potentes em nossos céus até problemas nas nossas
infraestruturas elétricas. Durante o mínimo solar, manchas solares se
tornam mais raras.

Este fenômeno é impulsionado pela atividade magnética no interior do sol.
De fato, as ondas de plasma que a equipe do novo estudo rastreou ficam
abaixo da superfície da estrela, na ordem de vários milhões de metros.


Os cientistas concluíram que o sol se expande um pouco durante o mínimo e
se contrai um pouco durante o máximo solar.

Por quê?

A equipe não sabe porque essa mudança de tamanho ocorre. Os cientistas não
têm atualmente uma “teoria†que ligue os deslocamentos às atividades
magnéticas internas do sol, mas eles acreditam que haja uma associação. No
caso, a “respiração†pode estar relacionada à mudança na orientação dos
campos magnéticos que ocorrem durante o ciclo.

A alteração incrivelmente pequena nas dimensões solares não afeta o clima
na Terra. Nosso maior problema continua sendo a mudança climática que nós
mesmos estamos causando.

As descobertas foram publicadas em um artigo na revista científica The
Astrophysical Journal. [IFLS]
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