ARLA/CLUSTER: Perdoem-me o desabafo.

José Luís Proença ct1gzb gmail.com
Segunda-Feira, 27 de Maio de 2019 - 01:22:05 WEST


Olá Quental e restantes colegas.

Fizeste um boa e realista análise do panorama Radioamadorístico nacional
mas deixa-me acrescentar a esse rol o completo e total desinteresse também
no que toca ao Associativismo e a tudo com ele relacionado.

Pessoalmente, também não sou fã de concursos mas, obviamente, de maneira
nenhuma critico que os faça.

Quando há concursos e quero fazer os meus QSO "normais" vou para as banda
WARC, nomeadamente os 30 metros.

Como sabes, o GPCW - Grupo Português de CW, idealizou e realizou o que foi
até agora o único Concurso Português 100% em Telegrafia.

Como sabes também, foi um total fracasso por...falta de participantes, isso
tudo apesar do trabalho que deu em idealizar, fazer um regulamento,
"chatear" patrocinadores. É muito frustrante ver tanto trabalho metido numa
gaveta.

Podemos também acrescentar os Diplomas. Existem cerca de 43 (???) Diplomas
em Portugal Continental e Ilhas.

Uns Diplomas estão activos, uns estão suspensos, outros moribundos, outros
ainda em que o promotor não actualiza o *rankink *há anos.

Há também os cartões de QSL, existem colegas que há muito tempo mandaram a
"última cortesia de um QSO" às urtigas.

Para finalizar a minha modesta ajuda a complementar a tua opinião há também
esta Legislação que está em vigor que "não lembra ao careca".

Em contra ciclo a este panorama desolador parece estar o Programa SOTA que
vai de vento em popa (do qual sou acérrimo caçador).

73 de José Luís Proença, Operador do Posto Receptor/Emissor CT1GZB
ARVM #53, REP #1418, SKCC #8178, CT-QRP #058, NRA PN#077, ARRLx #054, GPCW
#007
http://ct1gzb.blogspot.com


silva antonio eduardo <ct7abf  gmail.com> escreveu no dia sábado, 25/05/2019
à(s) 21:48:

> Boas noites
> Colega Quental
> Se vale a pena comprar o transceptor em questão vale, mas não agora.
>  Deixar assentar poeiras
> Depois uma questão de valores
> Pode comprar cá nas lojas da especialidade ou comprar nos importadores
> europeus que são só dois
> Um encontra se na Holanda outro em Inglaterra
> O resto será paisagem
> Depois tem o seu valores de cá e os valores de lá
> Uma questão de opção
> Ex
> Veja os valores do transceptores lá fora e veja cá
> Por vezes a diferença chega a ser de 300€
> Não faço mais comentários
>
> Só isto
> Se o rádio tiver dmr ou outra função fusion
> Tem estar
> Então pode falar com outros colegas
> Se pensa nos repetidores
> As moscas
>
>
> Afonso Marques <amarques  guiatel.net> escreveu em sáb, 25/05/2019 às
> 18:36 :
>
>> Os únicos comentários que entendo dever fazer, se me permitirem, são :
>>
>> - análise realista e perfeita da actualidade dioamadoristica nacional .
>>
>> - conclusões inegáveis
>>
>> - bravo!
>>
>> 73
>>
>> CT1RH
>>
>> A sábado, 25/05/2019, 15:48, David Quental (CT1DRB) <ct1drb72  gmail.com>
>> escreveu:
>>
>>> Os melhores cumprimentos aos caros colegas.
>>>
>>> Desde já aviso que este texto será um bocado longo e como tal não é
>>> aconselhável a colegas que não gostem de ler.
>>>
>>> Na altura em que eu era sócio da REP cheguei a conviver com alguns dos
>>> seus presidentes de direcção e um deles chegou a afirmar que não gostava de
>>> concursos (até aqui tudo bem) e que os colegas que participavam nos ditos
>>> concursos eram cuspidores de microfones (e aqui estragava a pintura toda).
>>>
>>> É óbvio que quem está neste hobby não é obrigado a gostar do que eu
>>> gosto como eu não sou obrigado a gostar do que os outros gostam, mas...há
>>> mínimos.
>>>
>>> Desde que consegui vencer a batalha com o condomínio, já lá vão alguns
>>> anos (mais precisamente em abril de 2012, como o tempo passa), que consegui
>>> instalar antenas, bem modestas por sinal, que permitem que eu faça alguma
>>> actividade e desde essa altura até agora já fiz cerca de 17215 qso’s.
>>>
>>> Bem entendido que alguns destes qso’s foram em portátil mas mesmo assim,
>>> apesar das minhas modestas condições, fico muito satisfeito com os números
>>> de acima pois muitos deles são devido aos diversos concursos em que eu
>>> participo.
>>>
>>> No entanto, uma coisa que salta à vista são as várias vezes em que sou
>>> campeão pelo nosso país, precisamente porque não há mais colegas
>>> portugueses, nos ditos concursos.
>>>
>>> A verdade é esta, se participo em concursos em Espanha há espanhóis a
>>> participarem, o mesmo se passa em França, Holanda, Bélgica, Alemanha,
>>> Suiça, Itália, Austria, República Checa, Polónia, Eslováquia, Croácia,
>>> Hungria, Roménia, Russia, Brasil, etc. Para falar a verdade não me lembro
>>> de nenhum concurso em que tenha participado em que os respectivos naturais
>>> não se façam presente a não ser, claro está, em concursos nacionais
>>> portugueses.
>>>
>>> Este contra-ciclo, demonstrado pelos exemplos acima, causa alguns
>>> constrangimentos. Se por um lado para quem participa, porque não há mais
>>> concorrência nacional, obtém boas classificações por outro lado há
>>> organizadores estrangeiros que se queixam da quase nula participação dos
>>> colegas portugueses e um deles, muito recentemente, pediu-me que divulga-se
>>> um dos últimos concursos em que participei.
>>>
>>> Talvez porque não desse o meu melhor, e mais uma vez, a participação de
>>> colegas portugueses foi outra vez baixa.
>>>
>>> O caso mais engraçado, e talvez o mais triste, é haver concursos
>>> patrocinados pelos colegas espanhóis em que o âmbito é peninsular e nem
>>> mesmo assim há participantes portugueses.
>>>
>>> Aqui convém ser justo, nos concursos em VHF, UHF e 1,2GHz patrocinados
>>> pelos colegas espanhois, tem havido bastante participação portuguesa e
>>> algumas honrosas classificações. No entanto, em HF e principalmente em CW,
>>> a participação é quase nula.
>>>
>>> Não quero dizer que não respeite as decisões individuais de cada um (a
>>> isso somos obrigados como cidadãos a viver num país democrático), mas,
>>> pensemos um bocado, será que é o melhor comportamento ?
>>>
>>> Voltemos ao inicio do meu texto. O tal presidente da REP, apesar de todo
>>> o respeito que merece a opinião dele acerca dos concursos, deixou de ter
>>> razão quando disse que quem participa eram cuspidores de microfones (não me
>>> lembro qual o nome que ele atribuía a quem fazia CW). Além de demonstrar
>>> alguma falta de respeito demonstrou igualmente uma enorme ignorância.
>>>
>>> Quando se participa num concurso há um sem número de áreas que temos de
>>> considerar:
>>>
>>> 1) que tipo de concurso vamos participar;
>>>
>>> 2) que tipo de antena iremos utilizar;
>>>
>>> 3) quais as melhores estratégias para fazer mais pontos ou
>>> multiplicadores;
>>>
>>> 4) que potência iremos utilizar;
>>>
>>> 5) que software iremos utilizar;
>>>
>>> 6) se se vai participar sozinho ou em equipa;
>>>
>>> 7) caso vá participar em equipa decidir que tipo de material cada um dos
>>> elementos irá disponibilizar;
>>>
>>> 8) coisas tão simples como adquirir viagens de avião se vai participar
>>> num concurso no estrangeiro ou num ponto mais afastado;
>>>
>>> 9) saber operar com a propagação, ou a falta dela;
>>>
>>> 10) saber utilizar os meios ao nosso alcance para aumentar a
>>> rentabilidade.
>>>
>>> E com certeza há muitos mais pontos que se podem considerar e talvez
>>> mais importantes dos que eu aqui enumerei.
>>>
>>> O que quero dizer é muito simples, tudo o que provoque, no bom sentido,
>>> tráfego nas nossas bandas é sempre positivo seja em concursos como em
>>> actividades de outro tipo.
>>>
>>> Igualmente há quem critique a atitude dos nossos colegas espanhóis que
>>> enchem os 40 metros com actividades e concursos durante os fins de semana.
>>> Lamento não estar de acordo com quase todos os colegas portugueses, mas
>>> eles é que estão certos.
>>>
>>> Também são levadas a cabo activações nacionais igualmente interessantes
>>> com conteúdo histórico e, mais uma vez, a participação portuguesa é muito
>>> baixa. Sei de fonte segura que há colegas espanhóis que agradecem este tipo
>>> de activações o que é sempre bom de ouvir.
>>>
>>> Por isso pergunto, aonde estão os cerca de 6000 radioamadores
>>> portugueses ?
>>>
>>> Nas bandas de radioamadores não devem estar.
>>>
>>> Outro pormenor que me deixa algo triste é o seguinte:
>>>
>>> como todos sabem o facto de ser radioamador hoje em dia poderá levar, de
>>> acordo com as possibilidades de cada um, a um empate de capital
>>> considerável e mesmo levar vários colegas a fazerem sacrifícios para
>>> adquirem os seus equipamentos e respectivos materiais associados. É para
>>> mim algo estranho saber de colegas que fizeram consideráveis esforços
>>> monetários para depois não fazerem qualquer tipo de actividade. A esta
>>> atitude, perdoem-me os colegas, chama-se esbanjar.
>>>
>>> É lógico que cada um faz aquilo que bem entender da sua propriedade, mas
>>> qual a lógica de ter um rádio, que transmite e recebe, para depois não o
>>> usar ? Se não quer usar para transmitir mais vale comprar um receptor. Se
>>> nem mesmo assim quer ser um SWL nem vale a pena comprar qualquer tipo de
>>> equipamento.
>>>
>>> Sem querer alongar este meu extenso texto quero deixar no ar as
>>> seguintes perguntas:
>>>
>>> será que vale a pena comprar equipamentos para o VHF, UHF ou 1,2 Ghz,
>>> como o IC-9700 por exemplo ?
>>>
>>> Ou comprar mais material adicional para depois não ser usado por falta
>>> de actividade no VHF, UHF e nos 1,2 Ghz ?
>>>
>>> Com os melhores 73/88.
>>>
>>>
>>> CT1DRB
>>>
>>> David Quental
>>>
>>>
>>> ______________________________________________________________
>>> Esta mensagem é da exclusiva responsabilidade
>>> do seu autor e não representa nem vincula a posição
>>> da  ARLA - Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano
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>>> CLUSTER mailing list
>>> CLUSTER  radio-amador.net
>>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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