ARLA/CLUSTER: Os Volts, Amperes e o tempo de Carregamento dos nossos gadgets

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 27 de Fevereiro de 2019 - 17:01:49 WET


  A propósito dos carregadores sem fios, fui dar com um artigo que me
relembra que aquilo que para algumas pessoas é "básico", pode não ser
para muitas outras. E como o nosso objectivo é fazer com que todos
aprendam umas coisas (incluindo nós próprios, todos os dias), hoje
vamos abordar a questão de porque é que algumas vezes os nossos
gadgets se recarregam em pouco tempo... mas quando ligado à porta USB
de um PC demoram muito mais.

Já todos terão reparado que em cada carregador aparece especificado
não só a sua voltagem, como também a sua amperagem. A voltagem é algo
que a maioria das pessoas já saberá implicitamente como funciona:
facilmente se percebe que se um equipamento diz precisar de um
carregador de 5V, não o poderemos ligar a um de 9 ou 12V, sob risco de
o fazer soltar uma dose de fumo e... preparem-se para a despesa daí
decorrente.

Mas mesmo quando se usam carregadores da voltagem correcta, há outro
aspecto que é essencial para um carregamento eficiente dos
equipamentos: a amperagem. Este é o valor que normalmente é indicado
ao lado da voltagem nos carregadores, expresso em "A" ou "mA" (amperes
ou miliamperes - sendo que 1A é equivalente a 1000mA e vice-versa). E
é precisamente este o elemento que poderá ter grande impacto no tempo
de carregamento dos nossos gadgets.

Podem imaginar a amperagem como sendo equivalente ao "caudal" de
electricidade que o carregador debita; e neste caso... quanto mais
melhor. Um carregador de um smarpthone moderno poderá debitar cerca de
1A/1000mA, e carregar o vosso smartphone em 2 ou 3h. Mas se o ligarem
a uma porta USB num computador (a maioria das quais apenas fornece
500mA, isso faz logo à partida que se vá necessitar do dobro do tempo.
Isto torna-se ainda mais visível no caso de equipamentos mais
gastadores, como os tablets, em que muitas vezes os 500mA fornecidos
por uma porta USB quase nem chegam para o manter em funcionamento
(fazendo que apenas sejam capazes de manter o nível actual da
bateria... ou demorar "dias" para que carreguem.

No entanto, não têm que ter receio em usar um carregador de um tablet
(que poderá ter 2.1A de corrente máxima) num smartphone que
originalmente tenha sido fornecido com um carregador de 1A - cada
aparelho usa apenas o máximo de energia que pode usar (da mesma forma
que vosso PC não estoura se trocarem a sua fonte de alimentação de
300W por uma de 1000W).

Para além disto há ainda alguns outros aspectos a ter em conta... pois
pode dar-se o caso de estarem a usar um carregador com potência
suficiente, mas o cabo USB estar a limitar a potência máxima (que
poderá ser frequente em cabos "low-cost"). E há ainda outros casos de
equipamentos que usam sistemas especiais para detectar se estão a ser
usados carregadores com maior potência e que se auto-limitam com
carregadores genéricos - e até aparelhos que que só aceitam ser
recarregados com cabos USB "especiais", e que com um cabo USB normal
entram em modo de "transferência de dados" e não fazem carregamento,
que é o que acontece, por exemplo, nas action cam da Contour, e que me
obrigou a comprar o carregador/cabo "da marca" (que infelizmente já
foi à falência).

Fonte: Aberto Até de Madrugada.



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