ARLA/CLUSTER: Alteração no campo magnético da Terra criou um novo tipo de aurora boreal

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Domingo, 29 de Dezembro de 2019 - 21:15:59 WET


NASA alerta para crise misteriosa no campo magnético da Terra criou um novo
tipo de aurora boreal

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Desde há algum tempo que se sabe que o campo magnético da Terra está a
mudar. Segundo o novo Modelo Magnético Mundial (WMM), a localização do Polo
Norte magnético do nosso planeta está a mover-se rumo à Sibéria, na Rússia.
Agora a NASA descobriu que estas alterações criaram um novo tipo de aurora
boreal.

Uma estagiária da agência espacial norte-americana revelou este tipo de
aurora através de imagens de vídeo captadas nos últimos 3 anos do céu do
Ãrtico.

Como se sabe que o campo magnético está a mudar?
Conforme foi dado a conhecer no novo Modelo Magnético Mundial (WMM), que
ganhou uma atualização recente (WMM2020), da Administração Oceânica e
Atmosférica Nacional (NOAA), o Polo Norte magnético da Terra voltou a
mexer-se e vai agora em direção à Sibéria, na Rússia. Este movimento tem
surpreendido os cientistas pela sua rápida alteração.

Segundo o documento, nos últimos 20 anos a média da velocidade desta
atividade era de 55 km por ano. Contudo, os investigadores do NOAA
descobriram que a velocidade para 40 km.

No estudo é referido que “Desde a sua primeira descoberta formal em 1831, o
Polo Norte magnético percorreu cerca de 2.250 km. Este passeio geralmente
tem sido bastante lento, permitindo aos cientistas controlar a sua posição
com bastante facilidade. Na viragem do século, esta velocidade aumentou.â€

As informações recolhidas também dão conta que, embora esse fenómeno tenha
acelerado desde há algum tempo, este deverá seguir uma escala decrescente
daqui em diante. Além disso, é possível perceber que a direção sofreu uma
deslocação de mais de 2,5° nos últimos 22 anos.

WMM 2020 aponta nova mudança no movimento do polo magnético da Terra.
(Fonte: NOAA)

Isso terá implicações na navegação GPS?
Esta mudança de velocidade e direção, conforme foi referido, não é de
agora. Por trás das alterações do polo magnético do planeta está o
movimento do ferro liquefeito presente no núcleo da Terra. O polo magnético
move-se com frequência. Nos últimos anos, este partiu do Canadá, onde
enfraqueceu, e ruma agora em direção à Rússia.

Tal cenário obriga o WMM a ser atualizado a cada cinco anos para fornecer
dados recentes e confiáveis a sistema de mapas, bússolas e ferramentas de
GPS. Todas estas ferramentas são afetadas e necessitam de informações
corrigidas. Equipamentos como satélites, sistemas de orientação do tráfego
aéreo e urbano, além de vários serviços de comunicação em todo o mundo,
dependem da precisão da localização do polo magnético. Mas há mais
consequências!

Nova aurora boreal é uma “nova consequência†desta alteração
Pensava-se que as luzes coloridas que adornam os céus dos polos Norte e Sul
resultavam das partículas solares a interagir com os gases na nossa
atmosfera. Contudo, uma aurora boreal recente é a exceção à regra.

Conforme foi dado a conhecer na Business Insider, uma estagiária da NASA,
Jennifer Briggs, estudante de Física na Universidade de Pepperdine,
descobriu um novo tipo de luzes polares, ou auroras, causadas apenas por
uma quebra no campo magnético da Terra. A física notou uma anomalia quando
estudava imagens captadas numa ilha na Noruega há três anos e cruzou dados
de satélites da agência espacial.


A investigadora percebeu que esta aurora boreal não tinha, ao contrário de
outros fenómenos do género, partículas “energizadas†nesta dança solar que
colidiam com os gases atmosféricos para produzir as tais luzes com aspeto
mágico.

Algo terá atingido o campo magnético da terra?
Algo de estranho de havia passado. Isto porque quando foi datada esta
aurora, o Sol não mostrava nenhuma atividade elevada, não havia informação
de qualquer erupção solar. Isto levou a agência espacial a concluir que as
luzes eram causadas por uma misteriosa compressão rápida e repentina do
campo magnético da Terra.


Na animação acima, Briggs ilustrou a condensação do campo magnético da Terra
Photo by: a linha pontilhada
Apesar de estar detetado esse fenómeno, ainda não é claro o que terá
motivado esta “compressão maciça, mas localizadaâ€. É como se algo tivesse a
perfurar o campo magnético. Como resultado, a borda da bolha percorreu
cerca de 25.000 quilómetros em direção à Terra, e levou apenas 1 minuto e
45 segundos para o fazer.

Os investigadores sugeriram que poderia ter havido uma tempestade sem
precedentes na área onde as partículas solares atravessam a nossa bolha
protetora, a magnetosfera. Contudo, a causa da tempestade continua
desconhecida.

Este movimento é algo que nunca vimos. Este movimento em direção a leste, e
depois para oeste, e depois em espiral, não é algo que alguma vez tenhamos
visto, ou conseguimos compreender atualmente.

Referiu Briggs.

Embora as auroras resultantes sejam belas, a súbita explosão de partículas
carregadas pode interferir nas comunicações eletrónicas, confundir o GPS,
empurrar os satélites para fora da órbita, pôr em perigo os astronautas e
até acabar com as redes elétricas se a erupção for grande o suficiente.
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