ARLA/CLUSTER: Telescópio espacial CHEOPS será lançado no próximo dia 17 com a participação ativa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da DEIMOS Engenharia de Portugal

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 11 de Dezembro de 2019 - 22:26:14 WET


Fonte: Centro de Astrofísica, astropt.org
11 de Dezembro de 2019 09:02

O telescópio espacial CHEOPS tem lançamento previsto para as 8:54 (hora de
Portugal continental) da próxima terça-feira, dia 17 de dezembro de 2019. O
satélite, que conta com a participação ativa do Instituto de Astrofísica e
Ciências do Espaço (IA) e da DEIMOS Engenharia, será lançado para órbita da
Terra num foguetão russo Soyuz, a partir da base de lançamentos da Agência
Espacial Europeia (ESA), em Kourou, na Guiana Francesa.

No dia anterior às 14:00, alguns dos membros do IA e da DEIMOS Engenharia
ativamente envolvidos na missão estarão presentes, no Planetário do Porto –
Centro Ciência Viva, para uma sessão de esclarecimento sobre o CHEOPS,
aberta ao público e à imprensa.

Oconsórcio do CHEOPS é liderado pela Suíça e pela ESA. Conta com a
participação de 11 países europeus, sendo que em Portugal a participação
científica é liderada pelo IA. Sérgio Sousa, um dos investigadores do IA
envolvidos nesta missão esclarece que: ““

Os investigadores do IA Susana Barros e Olivier Demangeon coordenam dois
dos seis programas científicos da missão – Caracterização Extraordinária de
Planetas e Caracterização de Atmosferas dos Exoplanetas. Susana Barros
comenta: “Aguardamos impacientemente pelos dados do CHEOPS, cuja alta
precisão vai permitir estudar detalhes nunca antes detetados em
exoplanetas, incluindo deformações na sua forma ou a presença de luas e
anéis.â€

Nuno Cardoso Santos (IA & Faculdade de Ciências da Universidade Porto)
acrescenta ainda: “â€

A componente industrial do complexo sistema de planificação da missão e
disponibilização de dados à comunidade científica ficou a cargo da DEIMOS
Engenharia. O software da DEIMOS é o “cérebro†que vai definir, a cada
momento, quando e para que estrela é apontado o telescópio.  O objectivo é
conseguir que cada um dos milhares de pedidos de observação é satisfeito
durante os 3 anos de vida útil do telescópio, algo muito desafiante e do
qual depende o sucesso científico da missão.

Segundo Nuno Ãvila, diretor da empresa, “â€.

A participação do IA no consórcio do CHEOPS faz parte de uma estratégia
mais abrangente para promover a investigação em exoplanetas em Portugal,
através da construção, desenvolvimento e definição científica de vários
instrumentos e missões espaciais, como o CHEOPS ou o espectógrafo ESPRESSO,
já em funcionamento no Observatório do Paranal (ESO). Esta estratégia irá
continuar durante os próximos anos, com o lançamento do telescópio espacial
PLATO (ESA), ou a instalação do espectrógrafo HIRES no maior telescópio da
próxima geração, o ELT (ESO).

A missão CHEOPS foi a primeira de classe S (Small) a ser aprovada pela ESA,
em 2013, com o objetivo de estar pronta num prazo não superior a 5 anos.
Cumprir com o calendário apertado da missão foi um desafio, apenas possível
devido à forte colaboração e adaptação de sistemas já desenvolvidos pelas
duas instituições no âmbito da ESA.

â€, afirma Nuno Ãvila.

Sérgio Sousa acrescenta que: “Apesar de ser uma missão de pequena escala, o
CHEOPS vai-nos proporcionar um avanço único na caracterização mais
detalhada de vários exoplanetas interessantes que já estão detetados,
permitindo esclarecer quais são os processos físicos mais importantes para
a formação e evolução de sistemas planetários.â€

Esta será a primeira missão dedicada a observar trânsitos exoplanetários em
estrelas onde já se conhecem planetas, em praticamente qualquer direção do
céu. Terá a capacidade única de determinar com precisão a dimensão de
exoplanetas na gama entre as super Terras e os Neptunos, para os quais já
se conhece a massa. Irá ainda determinar com precisão o diâmetro de novos
exoplanetas descobertos pela próxima geração de instrumentos em
observatórios à superfície da Terra ou ainda identificar potenciais alvos
cujas atmosferas possam ser caracterizadas por esses instrumentos.

As equipas do IA e da DEIMOS irão continuar envolvidas nas fases
posteriores ao lançamento, dando apoio ao início das operações do SOC, em
Genebra.
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