<div dir="auto"><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Fonte: Centro de Astrofísica, <a href="http://astropt.org" target="_blank" rel="noreferrer">astropt.org</a></div><div dir="auto">11 de Dezembro de 2019 09:02</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">O telescópio espacial CHEOPS tem lançamento previsto para as 8:54 (hora de Portugal continental) da próxima terça-feira, dia 17 de dezembro de 2019. O satélite, que conta com a participação ativa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da DEIMOS Engenharia, será lançado para órbita da Terra num foguetão russo Soyuz, a partir da base de lançamentos da Agência Espacial Europeia (ESA), em Kourou, na Guiana Francesa. </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">No dia anterior às 14:00, alguns dos membros do IA e da DEIMOS Engenharia ativamente envolvidos na missão estarão presentes, no Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, para uma sessão de esclarecimento sobre o CHEOPS, aberta ao público e à imprensa. </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Oconsórcio do CHEOPS é liderado pela Suíça e pela ESA. Conta com a participação de 11 países europeus, sendo que em Portugal a participação científica é liderada pelo IA. Sérgio Sousa, um dos investigadores do IA envolvidos nesta missão esclarece que: ““</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Os investigadores do IA Susana Barros e Olivier Demangeon coordenam dois dos seis programas científicos da missão – Caracterização Extraordinária de Planetas e Caracterização de Atmosferas dos Exoplanetas. Susana Barros comenta: “Aguardamos impacientemente pelos dados do CHEOPS, cuja alta precisão vai permitir estudar detalhes nunca antes detetados em exoplanetas, incluindo deformações na sua forma ou a presença de luas e anéis.” </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Nuno Cardoso Santos (IA &amp; Faculdade de Ciências da Universidade Porto) acrescenta ainda: “” </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">A componente industrial do complexo sistema de planificação da missão e disponibilização de dados à comunidade científica ficou a cargo da DEIMOS Engenharia. O software da DEIMOS é o “cérebro” que vai definir, a cada momento, quando e para que estrela é apontado o telescópio.  O objectivo é conseguir que cada um dos milhares de pedidos de observação é satisfeito durante os 3 anos de vida útil do telescópio, algo muito desafiante e do qual depende o sucesso científico da missão.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Segundo Nuno Ávila, diretor da empresa, “”. </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">A participação do IA no consórcio do CHEOPS faz parte de uma estratégia mais abrangente para promover a investigação em exoplanetas em Portugal, através da construção, desenvolvimento e definição científica de vários instrumentos e missões espaciais, como o CHEOPS ou o espectógrafo ESPRESSO, já em funcionamento no Observatório do Paranal (ESO). Esta estratégia irá continuar durante os próximos anos, com o lançamento do telescópio espacial PLATO (ESA), ou a instalação do espectrógrafo HIRES no maior telescópio da próxima geração, o ELT (ESO).</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">A missão CHEOPS foi a primeira de classe S (Small) a ser aprovada pela ESA, em 2013, com o objetivo de estar pronta num prazo não superior a 5 anos. Cumprir com o calendário apertado da missão foi um desafio, apenas possível devido à forte colaboração e adaptação de sistemas já desenvolvidos pelas duas instituições no âmbito da ESA. </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">”, afirma Nuno Ávila. </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Sérgio Sousa acrescenta que: “Apesar de ser uma missão de pequena escala, o CHEOPS vai-nos proporcionar um avanço único na caracterização mais detalhada de vários exoplanetas interessantes que já estão detetados, permitindo esclarecer quais são os processos físicos mais importantes para a formação e evolução de sistemas planetários.” </div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Esta será a primeira missão dedicada a observar trânsitos exoplanetários em estrelas onde já se conhecem planetas, em praticamente qualquer direção do céu. Terá a capacidade única de determinar com precisão a dimensão de exoplanetas na gama entre as super Terras e os Neptunos, para os quais já se conhece a massa. Irá ainda determinar com precisão o diâmetro de novos exoplanetas descobertos pela próxima geração de instrumentos em observatórios à superfície da Terra ou ainda identificar potenciais alvos cujas atmosferas possam ser caracterizadas por esses instrumentos.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">As equipas do IA e da DEIMOS irão continuar envolvidas nas fases posteriores ao lançamento, dando apoio ao início das operações do SOC, em Genebra. </div></div>