RE: ARLA/CLUSTER: Esclarecimento da ANACOM sobre as utilizações dos sistemas digitais WSPR e OPERA

Miguel Andrade (CT1ETL) ct1etl gmail.com
Segunda-Feira, 12 de Março de 2018 - 23:08:16 WET


Caros colegas,

Assumo que fui um dos principais responsáveis pela consulta à ANACOM e estou
disponível para explicar a quem ainda não compreendeu a razão desta
iniciativa.
Em reacção à referida consulta, foram-nos pedidos dados sobre estes 2 modos,
os quais foram enviados conforme solicitado àquela entidade.
Nesses esclarecimentos vão todos os argumentos já aqui referidos, aos quais
se acrescentaram os pormenores de natureza técnica solicitados pela ANACOM.

Partilho de muitas das opiniões aqui expressas mas alerto para o facto de
que temos que nos unir e agir com inteligência!

Não adianta "hostilizar-se" a entidade reguladora que tutela a nossa
actividade nem "agir de cabeça quente".
Com este esclarecimento foi-nos dada uma excelente oportunidade para
mudarmos o rumo da história.
Em primeiro lugar, é mais útil concebermos uma fundamentada resistência e
aproveitarmos o momento para (re)agir em uníssono, do que trocarmos
"galhardetes" neste fórum - ainda para mais porque certamente estamos a ser
lidos pela entidade reguladora, visto as mensagens não serem encriptadas e o
acesso a elas ser público.

Proponho que, nomeadamente os mais elucidados sobre a matéria e os amantes
destas modalidades contribuam com um tópico, suficientemente razoável em
todos os sentidos (a começar pela linguagem), onde teremos oportunidade de
juntar argumentos convincentes a apresentar à ANACOM dentro de 2 semanas (o
mais tardar), os nossos pontos de vista.
Esse esforço deve ser transversal a associações e a interesses pessoais.
Para vos dar uma ideia daquilo que estou a falar, a missiva resultante desse
tópico que poderá ser submetida poderia começar e acabar da seguinte forma:

"Como reacção aos esclarecimentos feitos a propósitos dos modos WSPR e OPERA
(https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1431159) publicados pela ANACOM
no passado dia 12-03-2018, fomos confrontados com uma considerável reacção
por parte de colegas detentores do CAN, os quais sugerem a seguinte
abordagem do assunto em epígrafe (...).
Para além do argumentos técnicos anteriormente evocados, muitas das opiniões
referem que passou a existir uma clara evidência do isolamento de Portugal
nesta matéria, pois é o único país conhecido em que a entidade reguladora
impõem um pedido de autorização prévio e efectuado apenas por via
associativa para a operação nestes modos, afigurando-se, por essa razão,
como uma daquelas restrições que desmotivarão muitos colegas e os levarão a
pensar em abandonar o radioamadorismo".

Para tal abordagem funcionar, têm que estar reunidos os seguintes
pressupostos:

a) Ser representativa.
b) Estar efectivamente bem fundamentada.
c) Apresentar soluções.

Quanto ao último ponto e uma vez que temos o exemplo de outros contextos já
aqui referidos de uma demora penalizadora e frustrante, para que a anunciada
"futura adequação do quadro regulamentar, estas utilizações" se
concretizasse, convinha sermos precisos e sensatos ao ponto de sugerirmos o
enquadramento da abordagem deste assunto ao nível dos Procedimentos e não do
Regulamento do Serviço de Amador e Amador por Satélite, convencendo-se a
ANACOM a não fazer depender a operação nestes modos de pedido de autorização
prévia e concedida unicamente às Associações, sendo em seu lugar mais ágil e
preferível até um estabelecimento de regras para as estações individuais
como a fixação do tempo máximo de emissão contínua em "modo autónomo", por
exemplo.

Fazendo minhas as sábias propostas de outro colega, aqui vos deixo algumas
ideias:

- Limitações de potência em modo autónomo (sem operador).
- Registo online simplificado, no portal da ANACOM, informando da operação
autónoma da estação, modos, potências e frequências e durante períodos de
até 6 meses (sem necessidade de autorização prévia).
- Limitação de ciclo activo das transmissões a um máximo de 50% (por
exemplo, o FT8 transmite durante 15 segundos e escuta outros 15 segundos).
- Restrições para que esta abertura procedimentar não possa vir a ser usada
para aplicações de outra natureza, como "mini-repetidores" e "papagaios".

Para que não hajam dúvidas o assunto do novo tópico pode ser algo como: "No
seguimento do esclarecimento da ANACOM sobre as utilizações dos sistemas
digitais WSPR e OPERA".

73 de Miguel Andrade ( CT1ETL )
IM58js - 38º44'57" N/009º11'26" W
CQ Zone 14 ********* ITU Zone 37
endereço em/adress in www.qrz.com/db/CT1ETL
  
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De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Carlos Fonseca
Enviada: segunda-feira, 12 de Março de 2018 21:50
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Esclarecimento da ANACOM sobre as utilizações dos
sistemas digitais WSPR e OPERA

O problema disto foi que se especificaram as coisas.

Como já aqui foi dito, em vez de andarmos para a frente, em Portugal,
andamos para trás.
As revisões de legislação não são feitas com regularidade.
Com esta atitude, o início da nossa legislação deixa de ter qualquer
significado.


João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com> escreveu em seg, 12/03/2018 às 20:52
:

Eu fui dos poucos que alertei o Miguel que me parecia que a ANACOM não
 estava, pela duvidas pré-colocadas, a não entender o real alcançe da
questão colocada, correndo nós e pela minha propria experiencia com a
administração publica o risco de ver uma rejeição limiar imediata.

Mas, ainda hoje, a propria ANACOM reafirmou-me que está a estudar a questão
e o seu presente ou futuro enquadramento legal. O problema, está sim, no
tempo que a "casa gasta" com essa analise, veja-se o caso do Decreto-Lei
para a categoria 3, muito embora isso seja muito mais dificil, mas afinal,
já lá vão quase 9 anos.

João Costa (CT1FBF)




A seg, 12/03/2018, 20:01, Luís Garcia Filipe <afterhours36  gmail.com>
escreveu:
Então quantos  dólares é  preciso ó  Costa,  para pôr aqui o meu indicativo
a fazer wspr com meio watt nos 15 metros? 


Queres  transferência  bancária? 

Em outros tempos este tipo de atitude do  regulador,  não  deixavas passar a
limpo,  agora  não sei. 

Deve  ser a chuva. 

Não  fiques  ofendido mas  juro que não  estou a perceber a paranóia  do 
wspr e do  opera. 

Está-me  a escapar algo no  plano  político  das  associações,  decerto. 

Ou o wspr é  um  Beacon?

Mas mesmo imediato é  mesmo informar qual será o custo do " Beacon"  e
quanto  custa a filiação  na associação. 

  Censurem,  explusem-me

Dá-me  mais razão 

O  wspr é  um  Beacon no  dia  que a Coreia  do  Norte  for  uma 
democracia 

CT7AEL 



Em 12/03/2018 7:48 da tarde, "João Costa &gt; CT1FBF" <ct1fbf  gmail.com>
escreveu:
Parabens Pedro, não podias ser mais brilhante na tua razão.

 Ate, pode demorar,  mas não se tapa o Sol com a peneira da incerteza do a
fingir.

João Costa (CT1FBF)

A seg, 12/03/2018, 18:02, Pedro Ribeiro <ct7abp  gmail.com> escreveu:
Desculpem, mas não concordo com esta reação... Analfabetos?

A abordagem de fingir que estava tudo segundo a lei/regulamentação
quando não o estava?

Que este tipo de estações (e outras) necessitam de adequado
enquadramento regulatório, que lhes proporcione a flexibilidade
necessária, concordo 100%

Dirijam os vossos esforços para a apresentação fundamentada de uma
proposta de regulamentação desta e de muitas outras outras situações que
têm aparecido nos últimos anos (como os hotspots e os repetidores digitais).
A legislação atual ainda está orientada para as comunicações de fonia
analógica e CW!

Em minha opinião a colisão com a regulamentação está essencialmente na
operação automática sem o operador presente, algo que outras legislações
contemplam (com mais flexibilidade, ou não!)
Os modos, não sendo a regulamentação estrita relativamente aos mesmos,
terão somente de se adequar às regras da IARU (incluídas nos Handbook HF
e VHF) que, por omissão servem de regulamentação nacional e aí, nos
segmentos "all mode" a única restrição que têm é de largura de banda e a
quase totalidade destes modos cumprem e excedem largamente os requisitos.
Esteja o rádio/pc a serem manualmente controlados ou a efetuarem
contactos de forma automatizada (ou semi), se o operador estiver na
estação assegurando que a operação está conforme as regras da atividade,
não vejo qualquer impedimento. (nem após esse esclarecimento)

73!

On 12-03-2018 17:42, Luís Garcia Filipe wrote:
> É  que  ainda por cima o Opera tem modo de qso directo, é  que nem os
> trabalhos de casa  fizeram!!
>
> O wspr tem carácter científico,  ao  serviço do radioamadorismo
> mundial à  mais de  10 anos,  ambos modos orientados para qrp  baixa
> potência!!!
>
> Analfabetos!!!
>
> CT7AEL

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