ARLA/CLUSTER: David Sobral (Universidade de Lancaster), apresentou em Liverpool (Reino Unido),um dos maiores mapas tridimensionais do Universo na sua infância, onde foram descobertas cerca de 4 mil jovens galáxias.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 9 de Abril de 2018 - 16:41:54 WEST


 Já há um mapa 3D da infância do Universo

<http://www.sulinformacao.pt/2018/04/ja-ha-um-mapa-3d-da-infancia-do-universo/the-full-cosmos-field-ultravista/>

*Uma equipa internacional, que conta com a participação da investigadora
do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
<http://www.iastro.pt/>(IA) Ana Afonso
<http://www.iastro.pt/ia/staffDetails.html?ID=241> e é liderada pelo
colaborador do IA David Sobra
<http://www.iastro.pt/ia/staffDetails.html?ID=330>l (Universidade de
Lancaster <http://www.lancaster.ac.uk/>), apresentou na Semana Europeia da
Astronomia e Ciências Espaciais (EWASS), que decorreu na Arena Conference
Centre em Liverpool (Reino Unido),um dos maiores mapas tridimensionais do
Universo na sua infância, onde foram descobertas cerca de 4 mil jovens
galáxias.*

Neste trabalho, publicado online em dois artigos na revista *Monthly
Notices of the Royal Astronomical Society*(10.1093/mnras/sty378
<https://academic.oup.com/mnras/article-abstract/476/4/4725/4858393?redirectedFrom=fulltext>
 e 10.1093/mnras/sty281
<https://academic.oup.com/mnras/advance-article/doi/10.1093/mnras/sty281/4848272>)
e que foi apresentado no dia 4 de Abril na Semana Europeia de Astronomia e
Ciências Espaciais (EWASS <http://eas.unige.ch/EWASS2018/>), a equipa
observou diferentes comprimentos de onda, para calcular o desvio para o
vermelho destas galáxias e assim obter várias janelas para 16 períodos
diferentes da história do Universo, entre 11 e 13 mil milhões de anos
atrás, ou entre 7% e 13% da idade atual. Os telescópios usados neste
trabalho foram o Subaru (no Havai) e o Isaac Newton (nas ilhas Canárias).

Recorde-se que o desvio para o vermelho é uma propriedade das ondas
eletromagnéticas, semelhante à alteração do som que se ouve quando uma
ambulância se afasta de nós (o chamado desvio de Doppler).

Este efeito ocorre nas ondas (de luz ou sonoras) quando a velocidade de
afastamento do objeto faz aumentar o comprimento da onda.

Pode ser por isso usado como uma medida de distância, pois quanto maior o
desvio para o vermelho de um objeto (por exemplo, uma galáxia), mais
distante e mais para trás no tempo ele está.

Ana Afonso (IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
<https://ciencias.ulisboa.pt/>) comentaque «a maioria das galáxias
distantes que descobrimos só têm cerca de 3 mil anos-luz de diâmetro,
enquanto a Via Láctea é 20 vezes maior. O facto de serem tão compactas
provavelmente explica algumas das propriedades físicas que eram comuns
quando o Universo era jovem».

Esta população de galáxias será objeto de estudo detalhado com o MOONS,
<http://www.iastro.pt/research/moons.html> um novo instrumento em
construção para o Very Large Telescope
<http://www.eso.org/public/teles-instr/paranal-observatory/vlt/> (VLT – ESO
<http://www.eso.org/public/>), do qual o IA é uma das instituições
coordenadoras.

Ana Afonso, aluna de doutoramento da FCUL e da U. Lancaster acrescenta
ainda que «algumas destas galáxias devem ter evoluído até se tornarem
parecidas com a nossa própria galáxia, e por isso estamos basicamente a ver
como era a nossa galáxia entre 11 ou 13 mil milhões de anos atrás».

Para o líder da equipa, David Sobral, «estas galáxias parecem ter sofrido
uma série de surtos de formação estelar, em vez de as terem formado a um
ritmo constante, como acontece na nossa galáxia. Além disso, estas galáxias
parecem ser povoadas por estrelas mais jovens, azuladas e pobres em metais
do que as que vemos hoje».

A equipa procurou galáxias distantes no campo COSMOS, uma das regiões do
céu mais estudadas, através da deteção de radiação Lyman-alfa. Esta
radiação é produzida quando eletrões no átomo de hidrogénio decaem do
segundo nível para o primeiro nível de energia. A quantidade de energia
perdida é libertada sob a forma de radiação com um comprimento de onda
específico, na banda do ultravioleta.

Os dados estão agora disponíveis livremente, para que possam eventualmente
ser usados noutros estudos.

*Autor:* Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço Ciência na Imprensa
Regional – Ciência Viva
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