ARLA/CLUSTER: Radiotelescópio canadense começa a 'rastrear energia escura' no Universo

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Terça-Feira, 19 de Setembro de 2017 - 11:06:32 WEST


Por Leonardo Müller <https://www.tecmundo.com.br/autor/163-leonardo-muller/>

Um grupo de pesquisadores de várias universidades canadenses começou a
operar neste mês o radiotelescópio CHIME - Canadian Hydrogen Intensity
Mapping Experiment. A grosso modo, o aparelho pode ser considerado uma
antena gigantesca captando sinais de rádio do Universo a fim de ajudar a
humanidade a entender a misteriosa “energia escuraâ€.

Isso só foi possível graças à tecnologia criada para compressão de dados
desenvolvida para consolas de videojogos nos últimos anos

A função do CHIME é basicamente registrar mapas detalhados do cosmos à
nossa volta medindo as distâncias entre os astros a cada segundo. Falando
nisso, o aparelho gera nada menos que 1 TB por segundo, o dia inteiro,
todos os dias da semana. Isso tornaria o armazenamento e o processamento
dessas informações um processo bastante desafiador até pouco tempo atrás.
Para conseguir armazenar esses mapas, os computadores do CHIME comprimem
esse 1 TB em um fator de 100.000, e, só então, o processamento ocorre. Isso
só foi possível graças à tecnologia criada para compressão de dados
desenvolvida para consolas de videojogos nos últimos anos.

Este Radiotelescópio consiste essencialmente em quatro “metades de tuboâ€
com cem metros de comprimento cada, o que é suficiente para captar os
sinais de rádio mais fracos gerados pela expansão do cosmos. A maioria dos
sinais é proveniente da própria Via Láctea, mas uma pequena fração deles já
teve a origem identificada datando de quando o Universo tinha algo entre 6
e 11 biliões de anos. A estimativa mais aceita na comunidade científica é a
de que o Universo teria hoje cerca de 13,7 ou 14 biliões de anos.
Energia escura

“Com o radiotelescópio CHIME, nós mediremos a história da expansão do
Universo e esperamos ampliar nosso entendimento acerca da misteriosa
energia escura que propala essa expansão cada vez mais rapidamente. Essa é
uma parte fundamental da física que ainda não entendemos, um mistério
profundo. A intenção é entender melhor como o Universo começou e
compreender o que temos pela frenteâ€, detalhou Dr. Mark Halpern, da
University of British Columbia, um dos líderes do projeto.

De acordo com Keith Vanderlinde, da University of Toronto, o CHIME é uma
máquina de processamento de dados impressionante. “O CHIME ‘vê’ de uma
maneira fundamentalmente diferente de outros radiotelescópios. Um
supercomputador enorme é usado para processar as ondas de rádio e montar
uma ‘imagem’ do céuâ€, comentou.

Como faz poucos dias desde o início da operação, os pesquisadores
responsáveis pelo radiotelescópio canadense ainda não divulgaram nenhum
resultado das observações, mas a ideia é comparar os mapas cósmicos
conforme eles vão se desenvolvendo para, com isso, ter uma ideia mais
concreta de como a expansão do universo acontece.

Fonte: TecMundo
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