Re: ARLA/CLUSTER: Incêndios em Portugal 2017: Pirocumulonimbo pode ser a explicação!?

Salomao Fresco sal.fresco gmail.com
Terça-Feira, 31 de Outubro de 2017 - 17:14:07 WET


Boas,

Pirocumulonimbo é um efeito do incêndio.
o prefixo piro, do grego Ï€Ï…Ï (pyr) significando fogo.
As consequências de ter existido um Pirocumulonimbo, é a de que quando a
coluna convectiva encontra uma massa de ar mais frio (a 10, 12 ou mais Km)
ela colapsa, provocando uma forte turbulência do ar no sentido descendente
(downburst) que por sua vez "dispersa" o fogo em todas as direcções.

Foi observado pelo radar de Coruche do IPMA no fogo de Pedrógão Grande e
consta dos 2 relatórios (CTI e ADAI/LAETA)
É possivel que também no dia 15/10 também se tenha produzido este fenómeno.

Durante os fogos de Agosto, sobretudo o de Alvaiázere, que se propagou até
Mação e Gavião, foi observado um Pirocumulo.

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Salomão Fresco

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2017-10-31 12:23 GMT+00:00 João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com>:

> Pirocumulonimbo, a monstruosa e rara tempestade que se repetiu a 15 de
> outubro
>
> Nunca tinha sido registado mais do que uma vez no mesmo ano e no mesmo
> país. Mas pode ser o motor que explica como é que os incêndios de 15
> de outubro foram tão poderosos. Chama-se pirocumulonimbo.
>
> MIGUEL A. LOPES/LUSA
> Autor
>
> Os incêndios que deflagraram entre a Pampilhosa da Serra e a Sertã a
> 15 de outubro podem ter-se propagando mais rapidamente por causa de
> uma tempestade semelhante àquela que agravou os fogos de Pedrógão
> Grande em junho: o pirocumulonimbo, uma nuvem de dimensões gigantescas
> que pode acontecer quando há interação de um incêndio com a atmosfera.
> Mas este é um fenómeno raro, explicou ao Observador o investigador
> Paulo Fernandes: nunca tinha sido registado duas vezes no mesmo país e
> no mesmo ano. E pode ter servido de catalisador dos fogos na zona
> centro do país.
>
> Fenómenos como este ocorrem se um incêndio interage com a atmosfera
> quando ela está muito instável, tal como aconteceu em Pedrogão Grande.
> Quando a atmosfera oferece pouca resistência à subida do ar, uma
> grande nuvem de desenvolvimento vertical pode atingir mais do que 10
> quilómetros de altitude e com ela arrastar enormes quantidades de
> energia libertadas pelo fogo. O pirocumulonimbo foi observado em
> fotografias e dados atmosféricos recolhidos em Pedrogão Grande, onde
> esta nuvem atingiu os 14 quilómetros de altitude e deu origem ao
> downburst, os ventos de grande intensidade que se movem de cima para
> baixo e depois se espalham em todas as direções ao chegar ao solo, ao
> encontrar uma frente fria. Agora, Paulo Fernandes — perito da Comissão
> Técnica Independente que estudaram os acontecimentos de junho — diz
> que tudo se pode ter repetido na zona centro do país, quatro meses
> depois.
>
> Para que uma nuvem pirocumulonimbo aconteça não basta que haja um
> incêndio e uma atmosfera instável. Conforme explicou Paulo Fernandes
> ao Observador, é preciso uma grande quantidade de biomassa para arder
> (que serve como combustível), um teor de humidade muito baixo, ventos
> muito fortes e um terreno inclinado.
>
> Todas essas condições estavam reunidas nos locais afetados pelos
> incêndios a 15 de outubro: havia uma grande área florestal em chamas,
> a vegetação estava muito seca por causa do calor, a humidade no ar
> rondava os 15%, os terrenos eram inclinados e o furacão Ophelia havia
> criado ventos fortes que chegaram a ultrapassar os 100 km/h de
> velocidade.
>
> O pirocumulonimbo não está na origem dos incêndios de 15 de outubro,
> mas pode ter surgido em consequência deles e torná-los ainda mais
> colossais: quando os fogos ficam à mercê de tempestades como estas
> tornam-se “menos previsíveis, com maior capacidade de propagação e com
> maior probabilidade de emitir projeções†que os expandam ainda mais,
> descreve Paulo Fernandes.
>
> Além disso, também tornam os incêndios mais turbulentos porque se
> alimentam dos ventos vindos da tempestade e criam ainda mais correntes
> de ar. Tudo isso coincide com os testemunhos que o investigador
> recolheu nas regiões afetadas pelos fogos: por lá, a população fala de
> ventos muito fortes, árvores com troncos largos partidas ao meio,
> persianas arrancadas das janelas e enroladas a árvores a longas
> distâncias e em raios no meio dos incêndios. No entanto, são precisos
> mais estudos para chegar a conclusões sobre o que aconteceu nos
> incêndios de há duas semanas.
>
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