ARLA/CLUSTER: Qual o nosso papel na Sociedade enquanto Radioamdores?

Jos Lus Proena ct1gzb gmail.com
Tera-Feira, 24 de Outubro de 2017 - 21:45:42 WEST


Caro colega José Machado e restantes colegas, este assunto de modo nenhum
está encerrado, antes pelo contrário é um assunto que é dinâmico, logo,
sempre aberto a discussão e novas ideias.

As Associações e os Radioamadores estarão dispostos a colaborar mas, a
"bola", há muito que está do lado da ANPC.

Caberia à ANPC chamar as Associações (são elas que nos representam à falta
de um único órgão que representasse as Associações) para conversar como fez
em 2004.

É necessário formação, saber como funciona o sistema, em suma, saber como
isto das "comunicações em situação de emergência" funcionam.

A formação que algumas Associações tem, tem-na com base na carolice de
alguns e pesquisa de do que se vai fazendo lá fora. É pouco? É com certeza.

Os planos de actuação como lhe chamou tem que ser sempre emanados da ANPC,
pois é ela a entidade coordenadora quer se goste ou não. Depois vem há os
CDOS e os SMPC.

Discordo quando diz *"**isto não poderá funcionar, apenas, a nivel
local", *creio
que é por aí mesmo que deve começar, já que é a nível local que a população
tem mais fragilidade em caso de necessidade, como se viu recentemente.

Os Municípios deveriam fazer disso uma prioridade, a desertificação do
interior a isso obriga.

Os casos em que há Associações envolvidas directamente nos PME são espelho
disso mesmo, são locais.

Isso acontece por que as Associações locias/regionais fizeram o seu
"trabalho de casa", apresentaram trabalho e foram reconhecidas pelos seus
Municípios como sendo uma mais valia para os seus Munícipes, daí
estarem celebrados protocolos e as Associações que estão nesses
protocolos estarem identificadas e não apenas como "Radioamadores" como a
esmagadora maioria está nos PME criando desde há muito uma ambiguidade
perigosa.

Por muito que haja vontade da parte dos Radioamadores em ajudar, isto tem
que ser orientado pela ANPC para se poder trabalhar em conjunto, terá que
ser a ANPC a dar formação para falarmos a linguagem deles e dos Bombeiros.

Sim, por estranho que possa parecer, teríamos que falar a linguagem deles,
numa acção em que fossemos chamados, é mesmo assim, sei do que falo.

Em jeito de conclusão falta:

   - Dialogo entre Associações.
   - Dialogo entre Associações e ANPC.
   - A ANPC mostrar que tem vontade em receber a nossa ajuda.

Quando este "imbróglio" não se resolver a coisa vai fluir.

Até lá, vai-se fazendo "coisas" aqui e ali como que em auto-formação, com
todos os erros que isso acarreta.

Em 2004 no Euro funcionou, é certo que tínhamos um forte elo de ligação na
ANPC à altura, creio que um Engenheiro do qual não me recordo o nome.

Agora teríamos que falar com quem vai está/vai estar.

Como vê, é um tema que não está esgotado, longe disso.

Tem que ser debatido com elevação e seriedade, porque as vitimas dos
acontecimentos deste Verão merecem e a isso nos obriga enquanto cidadãos.

Um abraço a todos,


73 de José Luís Proença, Operador do Posto Emissor CT1GZB
ARVM #53, REP #1418, SKCC #8178, CT-QRP #058, NRA PN#077, ARRLx #054, GPCW
#007
http://ct1gzb.blogspot.com

No dia 24 de outubro de 2017 às 00:22, Jose Machado - CT1BAT <
ct1bat  gmail.com> escreveu:

> Caro José Luis,
> li, com muito interesse e apreço, a sua excelente reflexão sobre os
> infaustos acontecimentos e a participação futura dos Radioamadores ou
> destes por intermédio das associações que celebraram protocolos de
> cooperação com a ANPC.
> Não queria deixar encerrar a discussão sem opinar que, salvo melhor, este
> assunto deveria mobilizar as associações e os grupos de radioamadores não
> associados para a sua discussão para que, de uma vez por todas, os
> radioamadores portugueses assumam se querem ou não ser incluidos nos planos
> de emergência locais, municipais e nacional, em que condições e forma de
> colaborar, quem, como, etc. Não está em causa o dever de auxilio comum a
> todos os cidadãos, previsto na lei.
> Que se saiba, até hoje nenhuma das associações recebeu a protocolada
> formação para que, em caso de necessidade, não seja tudo ao molho e fé em
> Deus.
> Igualmente que se saiba, nenhuma das mencionadas associações tem equipas
> formadas e treinadas, com planos de atuação bem entrosados de forma a que
> cada um, em caso de emergência, esteja localizável e operativo em x tempo,
> saiba o que fazer, para onde se deslocar, etc, etc.
> E isto não poderá funcionar, apenas, a nivel local. Há necessidade de
> cobrir o país ou uma zona alargada.
>
> Este tema merece, pela sua complexidade e envolvência um debate alargado
> por parte das associações e dos grupos de radioamadores.
> *Estarão as associações disponíveis para a discussão acerca do tema?*
> Essa parece ser a (eterna!) questão.
> 73
> José Machado - CT1BAT
> -
>
> domingo, 22 de Outubro de 2017 às 23:02:17 UTC+1, José Luís Proença
> escreveu:
>>
>>
>> O que aconteceu este Verão, colocou a nu, mais uma vez, as muitas
>> fragilidades na relação (se é que alguma vez existiu tirando o Euro 2004)
>> entre os Radioamadores e as autoridades (todas).
>>
>>
>>
>> Todos escutamos nas TV's que *"há locais sem meios de comunicação".*
>>
>>
>>
>> A esmagadora maioria dos Planos Municipais de Emergência-PME os
>> Radioamadores estão incluídos  (pelo menos a palavra Radioamadores está
>> lá), ainda que lá tenham sido colocados ainda que de forma "copy past".
>>
>>
>>
>> Estamos incluídos nesses planos ainda que de maneira abstracta já que não
>> se sabe quem é que são esses tais Radioamadores.
>>
>>
>>
>> Imaginem que o Concelho do “Chaparro de Espingarda às Costas” (que até
>> tem um SMPC a funcionar) tem um PME e que nesse plano até estão incluídos
>> os Radioamadores. Imaginem que foram lá colocados como nos outros planos
>> todos…por *“copy past”*.
>>
>>
>>
>> Falta-nos Organização Nacional, Regional e, acima de tudo organização
>> Local *salvo honrosas excepções aqui e ali pelo país e Ilhas* para
>> intervir em alguma situação como a que se viveu neste Verão
>>
>>
>>
>> A sério que acredito e tenho a certeza a que, se fossemos chamados a
>> participar não iríamos fazer má figura na parte técnica de certeza
>> absoluta, já na parte operacional, tenho algumas (muitas) dúvidas.
>>
>>
>>
>> A esmagadora maioria dos Radioamadores não sabe (porque também se calhar
>> nunca ninguém lhes explicou) como funcionam as comunicações num cenário de
>> emergência e catástrofe.
>>
>>
>>
>> Não sabem e nem conhecem a estrutura de operacionalidade das entidades
>> num cenário de catástrofe.
>>
>>
>>
>> Li nas “Redes Sociais” (facebook) colegas indignados (e com razão) a
>> perguntarem porque não nos chamam para complementar as comunicações oficias
>> que colapsaram por razões várias, tendo em conta que nós Radioamadores
>> estamos inseridos no PNE e alguns PME.
>>
>>
>>
>> Tenho um vizinho (que foi um dos que esteve ao meu lado no condomínio e
>> que permitiu e fez força para que eu instalasse as minhas antenas no
>> prédio) que tem casa na Pampilhosa da Serra e perguntou-me porque os
>> Radioamadores não estavam no terreno a ajudar nas comunicações, já que em
>> todos os meios de comunicação social se sabia que havia aldeias, vilas e
>> até cidades sem comunicações.
>>
>>
>>
>> Respondi-lhe que para intervirmos teria que ser a ANPC a nos chamar a
>> intervir.
>>
>>
>>
>> Creio que não nos cabe a nós radioamadores colocarmo-nos em “bicos de
>> pés” junto da ANPC ou SMPC a dizer estamos aqui.
>>
>>
>> Mas, perante o que aconteceu em Pedrogão Grande e agora no Centro e Norte
>> do país e das *107 mortes* temos, acima de tudo, o *dever moral, até
>> enquanto cidadãos*, de perguntar qual a nossa função nos PNE e PME.
>>
>>
>> Mas, também há uma série de perguntas que se tem que fazer a quem de
>> direito.
>>
>>
>> Quem é que vai fazer essas perguntas?
>>
>>
>> Fácil.
>>
>>
>> Serão as Associações em que nós estamos inseridos, seja ela Nacional,
>> Regional ou Local.
>>
>>
>> Como não temos uma entidade que fale por todos, torna-se complicado
>> sermos escutados.
>>
>>
>> *A não ser que, perante esta tragédia que aconteceu, pelo menos uma vez,
>> as questões divergentes que eventualmente algumas Associações tenham, que
>> as mesmas sejam esquecidas em prol do país, leia-se sociedade*.
>>
>>
>> Perguntas.
>>
>> 1.    Determinar nos PME quem é que são os Radioamadores a ser chamados
>> em caso de necessidade de intervenção. Colocar os nomes, de Radioamadores
>> individuais ou Associações
>>
>> 2.    Foi feito uma pesquisa prévia de quantos Radioamadores existem no
>> Concelho antes de os colocarem no PME?
>>
>> 3.    Existe alguma Associação de Radioamadores no Município?
>>
>> 4.    Em caso afirmativo, foram os Radioamadores contactados pelo
>> Município?
>>
>> 5.    O Município sabe se os mesmos Radioamadores estarão interessados
>> em participar?
>>
>> 6.    Se um radioamador que até esteja inserido num PME, se for chamado
>> a actuar, como é a situação dele perante o seu emprego, há enquadramento
>> jurídico?
>>
>> 7.    E os acidentes que possam acontecer no âmbito dessa actuação,
>> estarão segurados?
>>
>> 8. O Município sabe o que são Radioamadores e do que eles capazes de
>> fazer?
>>
>>
>>
>> Estas perguntas todas é para saber se isto dos Radioamadores inseridos
>> nos nos Planos de Emergência é *mesmo para levar a sério.*
>>
>> Muitas mais perguntas haverão fica aqui alguns exemplos, alguém com
>> melhor desempenho que eu que acrescente mais.
>>
>> Esta minha opinião é na perspectiva positiva de se alterar algo que está
>> ambíguo, apesar de estar escrito.
>>
>> Como sublinhei, há honrosas excepções em há Associações que vão fazendo
>> algo junto das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias, mas, no universo
>> do país, acho insignificante.
>>
>>
>> Perante o que aconteceu, *temos que fazer uma séria reflexão de qual o
>> nosso papel enquanto membros desta sociedade* no meio do que aconteceu.
>>
>>
>>
>> Temos os meios, temos a técnica e temos vontade.
>>
>>
>> O que falta?
>>
>>
>> Serve este texto para partilhar convosco a minha opinião e desabafo, *não
>> serve para criar polémicas ou desacatos*.
>>
>>
>> *Problemas já temos que cheguem.*
>>
>>
>> 73 de José Luís Proença, Operador do Posto Emissor CT1GZB
>> ARVM #53, REP #1418, SKCC #8178, CT-QRP #058, NRA PN#077, ARRLx #054,
>> GPCW #007
>> http://ct1gzb.blogspot.com
>>
>>
>> <https://www.avast.com/sig-email?utm_medium=email&utm_source=link&utm_campaign=sig-email&utm_content=webmail> Sem
>> vírus. www.avast.com
>> <https://www.avast.com/sig-email?utm_medium=email&utm_source=link&utm_campaign=sig-email&utm_content=webmail>
>> <#m_1676747840739450543_CAEAJVSWofB7oMLh_JSQDiYZp6kAN6nQU3Ytra6YL-xKDZ5MMSg  mail.gmail.com_DAB4FAD8-2DD7-40BB-A1B8-4E2AA1F9FDF2>
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