Re: ARLA/CLUSTER: Fenda do icebergue gigante da Antárctida dividiu-se em duas, com cinco mil quilómetros quadrados, vai soltar-se da plataforma. E depois?

Salomao Fresco sal.fresco gmail.com
Quinta-Feira, 4 de Maio de 2017 - 11:52:02 WEST


Bom dia,

Colega Carlos,


" desde 1950, a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus
Celsius. "

ou seja, entre 1950 e 2017, a temperatura média subiu 3º. Não subiu 3º por
ano...

clarinho, clarinho!



Salomão Fresco

Callsign: CT2IRJ

GRID Locator: IM59sl -- CQ Zone 14 / ITU Zone 37

QTH: Entroncamento, Portugal


 [image: Salomão Fresco no Facebook]
<http://www.facebook.com/salomao.fresco> [image: O meu perfil no LinkedIn]
<http://www.linkedin.com/in/salomaofresco?trk=hp-identity-name> [image:
CT2IRJ em QRZ.COM] <http://www.qrz.com/db/ct2irj>
<http://aprs.fi/#!mt=roadmap&z=11&call=a%2FCT2IRJ-5%2Ca%2FCT2IRJ-7&timerange=3600&tail=3600>
 [image: European PSK Club] <http://eupsk.com/> [image: Página web da
AMSAT-PO] <http://www.radioamadores.net/amsat-po/>





2017-05-04 11:47 GMT+01:00 Carlos Pinheiro <karlus.pinheiro  gmail.com>:

> Bom dia colega Costa e restantes,
>
> Há qualquer coisa aí que não bate certo...
>
> " desde 1950,
> a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus Celsius. "
>
> Significa que nos últimos 67 anos a temperatura subiu 67 x 3 = 201 graus
> Celsius ???
>
> 73 de CT1PT
>
> CP
>
>
> No dia 4 de maio de 2017 às 11:18, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com>
> escreveu:
>
>> A fissura num grande bloco de gelo, na plataforma Larsen C, partiu-se
>> em duas, assumindo a forma de uma língua de cobra.
>>
>> A separação do icebergue está para muito breve, avisam os vigilantes
>> cientistas.
>>
>> Há vários meses que o bloco de gelo é notícia, relatando-se cada
>> avanço da fissura na plataforma Larsen C. Actualmente, existem 180
>> quilómetros de uma fenda aberta no gelo da Antárctida que foi
>> crescendo a um ritmo impressionante nos últimos meses. O final é mais
>> ou menos previsível: um icebergue gigante, com cinco mil quilómetros
>> quadrados, vai soltar-se da plataforma. E depois?
>>
>> Está quase. Desde Fevereiro que a fenda na plataforma Larsen C parecia
>> ter abrandado a sua progressão no gelo, mas a 1 de Maio foi observada
>> uma mudança no cenário branco. Uma das pontas do risco no gelo
>> abriu-se em duas, apresentando agora uma bifurcação semelhante à
>> língua de uma cobra. O “novo ramoâ€, que nasceu dez quilómetros antes
>> do fim da fenda, surgiu mais perto do mar e dirige-se para a frente de
>> gelo, segundo os dados recolhidos pelo cientistas do Projecto Midas,
>> da Universidade de Swansea, no País de Gales (Reino Unido) que
>> acompanham a evolução da plataforma Larsen C. O ramo que actualmente
>> terá cerca de dez quilómetros de comprimento não aumenta o tamanho da
>> fenda original, mas deverá aumentar a fragilidade do bloco do gelo
>> formando uma ponta com duas brechas.
>>
>> Em Janeiro, quando só havia uma fenda, o rasgo no gelo já tinha cerca
>> de 175 quilómetros, faltavam 20 para se partir. Agora, com o tal
>> abrandamento registado desde Fevereiro, as duas pontas quase paralelas
>> da fenda chegam aos 180 quilómetros. Segundo os investigadores, a
>> abertura deste novo ramo terá surgido quando a fissura original
>> atingiu gelo mais macio e por isso mais difícil de se fracturar,
>> transferindo a pressão e tensão para outra zona do bloco.
>>
>> Segundo uma publicação dos investigadores no site do Projecto Midas, a
>> observação directa do novo ramo da fenda é difícil por causa do
>> Inverno que está actualmente instalado na Antárctida. Assim, explicam
>> na nota, as observações foram apoiadas nas imagens de interferometria
>> recolhidas pelos satélites Sentinela, da Agência Espacial Europeia.
>> “Embora o comprimento da fenda tenha ficado estável durante vários
>> meses, tem crescido de forma constante, a taxas superiores a um metro
>> por dia. Este alargamento tem aumentado sensivelmente desde o
>> desenvolvimento do novo ramo, como pode ser visto nas medições da
>> velocidade do fluxo de geloâ€, referem os cientistas.
>>
>> E agora?
>>
>> Quando este bloco de gelo se separar, a plataforma Larsen C perderá
>> mais de 10% da sua área, fazendo com que a frente de gelo fique na
>> posição mais recuada de sempre. “Este fenómeno vai mudar de forma
>> fundamental a paisagem da Península Antárcticaâ€, dizem os
>> investigadores dedicados ao Projecto Midas, lembrando que a “nova
>> configuração será menos estávelâ€. Por outro lado, referem que é
>> possível que a Larsen C siga o exemplo da sua vizinha (Larsen B), que
>> se desintegrou em 2002, após um fenómeno semelhante ao que está agora
>> a acontecer.
>>
>> Gigantesco icebergue prestes a nascer na Antárctida
>>
>> As lições aprendidas com a desintegração da Larsen A e a Larsen B, em
>> 1995 e 2002, mostram também que a entrada no oceano destes grandes
>> blocos de gelo, que são a parte final dos glaciares, aumenta o nível
>> do mar.
>>
>> Ao Inverno que alonga as noites na Antárctida e dificulta as
>> observações e ao gelo macio, soma-se outro factor que pode acelerar o
>> inevitável desfecho da separação do icebergue. O centro de
>> investigação British Antarctic Survey publicou na semana passada um
>> estudo que mostra que naquela zona sopra actualmente um especial vento
>> quente (foehn) que cai sobre as montanhas da península para a
>> plataforma de gelo Larsen C e que pode ajudar a derrete-la. Se um dia
>> ocorrer o colapso da Larsen C (e para confirmar se isto acontece ainda
>> será preciso esperar muito tempo), não será um caso inédito.
>>
>> A lista de plataformas de gelo que se partiram, recuaram ou perderam
>> volume nas últimas décadas é longa. Faz parte do ciclo de vida dos
>> glaciares. Uma das explicações para este tipo de fenómenos está
>> centrada nas alterações climáticas. E a Península Antárctica é dos
>> locais que têm estado a aquecer mais depressa no planeta: desde 1950,
>> a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus Celsius.
>> Porém, esta separação do icebergue da plataforma flutuante de gelo
>> poderá ter também causas naturais, uma vez que os colapsos destas
>> placas são frequentemente o resultado de questões dinâmicas. O mais
>> provável mesmo será estarmos a assistir ao resultado da força da
>> natureza, empurrada pela mão humana.
>>
>> Resta esperar. A cada seis dias, há um radar em satélites que envia
>> informação sobre a superfície de gelo para os investigadores.
>>
>> Fonte: Jornal Publico
>>
>>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER  radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
>>
>
>
> --
> Carlos Pinheiro
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: http://radio-amador.net/pipermail/cluster/attachments/20170504/61feeb40/attachment.html


Mais informações acerca da lista CLUSTER