Re: ARLA/CLUSTER: Brasil: TUDO BEM! VOC FOI APROVADO NOS EXAMES... E AGORA?! - Artigo de JOSE LAHOR FILHO - PY4/PY2CLK

Joo Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 27 de Julho de 2017 - 13:55:40 WEST


Onde o autor escreve " Para as frequências de VHF e para as bandas altas,
você terá que construir uma antena vertical, do tipo “Slim-Ding”. "

Penso que ele se referia; "Para as frequências de VHF e para as bandas
altas, você terá que construir uma antena vertical, do tipo “Slim-Jim”. "

Existe uma versão mais simples desta antena, conhecida entre nós por Antena
J.

Para os interessados, deixo um site para os cálculos tanto da antena
Slim-Jim como da J:
https://m0ukd.com/calculators/slim-jim-and-j-pole-calculator/

João Costa (CT1FBF)



No dia 27 de julho de 2017 às 13:33, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com>
escreveu:

> *TUDO BEM!  VOCÊ FOI APROVADO NOS EXAMES... E AGORA?!*
>
> Artigo de JOSE LAHOR FILHO - PY4/PY2CLK - Conselheiro Permanente da
> LABRE-SP
>
>
>
> Todos os Radioamadores habilitados enfrentaram alguma dificuldade para se
> prefixarem. Você nem se importa ao recordar as dificuldades e desafios
> superados. O que importa agora, é que você foi aprovado e possui um COER
> (Certificado de Operação de Rádio Amador) via ANATEL. Ele é um importante
> “passaporte” para uma incrível jornada, que pode durar toda uma existência
> e poderá influenciar em sua vida, de uma forma muito especial.
>
>
>
> A menos que você traga alguns bons conhecimentos em eletrônica e
> eletricidade, tudo o que você aprendeu mediante grandes esforços em sua
> vida toda, teve que batalhar bastante para conseguir um “lugar ao sol”
> entre seus colegas. Se isto lhe parece algo importante, lembre-se que os
> Radioamadores representam uma pequena porcentagem perante a população.
> Mesmo assim, pertencemos a uma camada muito especial da população mundial,
> incluindo astronautas, cientistas, músicos, atores, pilotos, engenheiros,
> professores, médicos, mecânicos e etc. Portanto, cá estamos nós, no início
> de grandes emoções. Agora você poderá ostentar, orgulhosamente, em algum
> lugar na parede de seu “shack”, o tão almejado  Certificado.
>
>
>
> *E AGORA, O QUE VEM DEPOIS*
>
>
>
> Agora, já como Rádio Amador recentemente licenciado, você terá que tomar
> uma série de decisões. Decisões estas que você vinha pretendendo que se
> tornassem realidade desde a muito, antes mesmo de estudar a Lei de Ohm.
> Caso você tenha estudado na sede da LABRE, você já superou diversas etapas,
> rumo ao seu desiderato. Certamente recebeu a ajuda de mais de um colega, ou
> até algum equipamento emprestado, o qual lhe facilitará a sua entrada no
> ar. Na hipótese de que você precise de ajuda para montar sua estação, desde
> a construção da antena, até o cabo de aterramento, quanto à montagem e
> disposição, uma simples chamada para um colega, certamente você será
> auxiliado e assessorado, por mais de um colega.
>
>
>
> Muito bem. E aí, você estudou sozinho ou conseguiu as apostilas com algum
> colega pronto para colaborar consigo, ou foi via Internet ¿ Depois,
> sobrevirá uma sensação de solidão, e, quem você irá chamar ¿ Para aqueles
> que residem nos grandes centros, afirmo que uma visita à LABRE, ou ao seu
> clube, seria ótimo. Caso contrário,  a quem você irá apelar ¿ Mais uma vez,
> volto a enfatizar que você deve afiliar-se a um clube, ou a uma comunidade
> de Radioamadores, ali você terá mais recursos.
>
>
>
> Neste meio tempo, aí vão alguns conselhos a um recente prefixado. Penso
> que este artigo talvez devesse chamar-se: “O que você sempre quis saber
> sobre o Radioamadorismo, mas tinha vergonha de perguntar.”
>
>
>
> *A VIDA É REPLETA DE QUESTIONAMENTOS*
>
>
>
> Em meu caso, especificamente, venho dos tempos do rádio da pedra galena.
> Aprendi com meu pai a construir rádios galena em antigas caixas de madeira
> de charutos da Bahía. Só que os rádios que ele fazia naquela época, não
> contavam com um capacitor variável. Eu o acrescentei O resultado foi
> espetacular. A partir daí, as coisas foram tomando um outros rumos. Nessa
> época, eu residia no centro da cidade de SP, atrás da Catedral da Sé, na
> Rua da Glória. E, nessa mesma rua, havia o Instituto Teórico e Prático de
> Rádio e Televisão, foi onde conheci o Prof, Juvenal Lino de Campos PY2 ATB.
> Depois veio o famosíssimo Instituto Monitor, onde meus conhecimentos foram
> se ampliando. Em seguida, vem a Occidental Schools, onde aperfeiçoei meus
> conhecimentos e experiências, onde e quando, montei um Televisor.
> Paralelamente a isto tudo, sempre frequentando a sede da LABRE-SP e
> travando conhecimento com diversos colegas em diversos clubes de
> Radioamadores que iam se formando, naqueles dias. A LABRE nada mais era
> senão uma salinha modesta, no primeiro andar dos Correios e Telégrafos,
> localizada no início da Av. São João, em um belíssimo prédio construído com
> uma arquitetura, que hoje em dia, não se vê mais. Ali, em 1956, tive minhas
> primeiras aulas de CW com o general Arsonval Nunes Muniz PY2 AN (se não me
> engano). Não precisei perguntar nada a ninguém, pois, sempre tive grande
> facilidade em aprender tudo àquilo que me interessa, e o Radioamadorismo
> sempre se destacaram em primeiro lugar em minha vida. Só não pude ingressar
> na Maçonaria até hoje, por não ter tido o aval de minha esposa, D. Nina.
> Mas, a vida constitui-se em um eterno aprender. Seja na área do rádio, como
> em todas as demais áreas. Em outras palavras, quero dizer que enquanto
> existirmos, continuaremos aprendendo. Dito isto, ainda pesquiso sobre os
> mais diversos assuntos, pois o saber não ocupa lugar, não é mesmo¿
>
>
>
> *COMO MONTAR SEU SHACK*
>
>
>
> Comecemos com coisas que você deve possuir em sua estação de rádio. Antes
> de por a mão no bolso, seria de todo interessante que você fizesse algumas
> pesquisas nas lojas do ramo. Dentro daquilo que a lei lhe permite, decida
> em quais das bandas deseja operar. As “bandas baixas” (também chamadas
> “HF”), ou as “bandas altas” = altas frequências),repletas de atividades,
> incluindo concursos nacionais e internacionais, congressos, com
> possibilidades de obtenção de Diplomas e\ou Certificados, além de prêmios,
> vez ou outra com a “santa propagação”, porém exigem enormes antenas para
> que a sua transmissão seja realmente efetiva.  Assim que você sobe a
> frequência, as distâncias  percorridas se encurtam. No entanto, hoje em
> dia, boas antenas também podem ser em menores. Recentemente elaborei uma
> antena vertical bobinada e, pasmem, de dentro de meu shack, no primeiro
> andar do prédio onde resido, falei com a Europa e a África. Hoje em dia,
> você pode escolher diversos tipos, formatos, tamanhos, aspectos de antenas.
> Uma delas será a que melhor se adapta às suas necessidades. No entanto,
> pense bem na escolha da antena, pois ela irá lhe proporcionar o prazer
> exato, com a qual, sua estação se adapta.
>
>
>
>
>
> *DO QUE  EFETIVAMENTE VOCÊ PRECISA*
>
>
>
> Você precisa de um local adequado para instalar sua estação de Rádio. Você
> pode operar sua estação, de qualquer lugar onde instalar seu equipamento,
> desde que consiga energia elétrica e o cabo coaxial para alimentar a antena
> até seu aparelho. Desta forma, você poderá operar sua estação de qualquer
> lugar, onde estiver. Entretanto, caso disponha de um cômodo exclusivo, só
> para a estação, tanto melhor. Certa ocasião, fui morar em um edifício bem
> alto e instalei minha estação dentro de um armário embutido. Ao analisar a
> planta construtiva do edifício, concluí que havia um duto para o lixo,
> porém,  já desativado e o mesmo passava bem atrás de meu armário. Ora, aí
> estava minha solução e sem alterar o aspecto visual externo do prédio.
> Resultado; funcionou que foi uma beleza! Mais difícil do que localizar o
> local exato, por onde passava o tal duto, foi furá-lo. Era um
> cimento-amianto!
>
>
>
> Recordo-me que nos idos tempos de PX, em minhas atividades de vendedor de
> terminais elétricos especiais, percorria diversas ruas e avenidas do centro
> e dos bairros em SP, Fatos como por exemplo, um caminhoneiro que tentou
> passar por baixo da ponte da Freguesia do Ó, ficou encravado embaixo da
> mesma; um princípio de incêndio na rua Vitória; um atropelamento seguido de
> colisão, tudo isto eu reportava instantaneamente ao Ary, o qual estava no
> alto da Av. Paulista, na sede da Rádio Jovem Pan e dos estúdios levava ao
> ar, em seguida. Transmissões todas em VHF, diretamente de meu veículo.
> Nessa época, a Secretaria de Segurança Pública de SP, mantinha um cadastro
> com senha de alguns Radioamadores e mediante tais medidas, gozavam de
> credibilidade perante as autoridades. Recordo-me que, certa ocasião
> corujando, ouvi a notícia de que havia sido roubada a motocicleta de um
> diretor da Editora Abril e ele passou a placa da mesma. Qual não foi minha
> surpresa, que a mesma havia acabado de me ultrapassar. Estávamos
> atravessando um viaduto sobre o rio Tietê, com alça de acesso para a saída
> da capital. As informações valeram. O meliante foi preso e a moto
> restituída ao seu legítimo proprietário. Mas, voltando ao que um Rádio
> Amador necessita, citamos a torre, o rotor de antena, a antena propriamente
> dita, caso a torre seja estaiada- os estais, um bom aterramento, cabos
> coaxiais, uma escrivaninha de preferência com três gavetas de cada lado,
> com um vidro no tampo da mesma para proteção da mesma, prateleiras,
> amplificador linear, computador com modem, filtros passa baixa e passa
> alta, além de um gravador. Não pense que isto é tudo. Falta ainda muita
> coisa. No entanto, se você olhar para uma estação e outra, basicamente, não
> haverá muita discrepância entre elas, ou seja: “Um rádio, sobre uma mesa.”
> Lógico que sempre encontraremos grandes rádios em enormes mesas. Tenho um
> amigo que sua mesa foi ele quem a fez, toda em aço e com iluminação muito
> moderna, em diodos led. Ficou perfeita. E ele ainda não é PY4...Ao adquirir
> uma escrivaninha, dê preferência a uma com bastante gavetas, pois você
> precisará de muito espaço para guardar livros, revistas, QSL`s, peças,
> componentes, certificados, vídeos etc. Monte tudo de tal forma, que se um
> dia precisar se mudar, possa desmontar com facilidade e praticidade.
> Geralmente, nessas lojas de móveis usados, encontram-se móveis usados porém
> em bom estado e a preços convidativos. Outro detalhe importante, reside na
> escolha da cadeira, a qual deverá preferencialmente ser rotatória e com
> altura ajustável. Ela deverá ser confortável e ergonômica. A minha, foi
> presente de minha filha.
>
>
>
> *SEU PRIMEIRO EQUIPAMENTO DE RÁDIO*
>
>
>
> Agora vem a parte interessante – a escolha de seu equipamento. Há muitos
> anos atrás, montei meu primeiro transmissor, composto de uma válvula  89Y,
> oscilando com uma válvula 6L6 metálica. Certa ocasião tomei um choque, o
> qual me jogou longe. O tempo passou e não satisfeito, montei outro
> transmissor em três chassis de rádio emendados um no outro. O VFO, era
> separado e o receptor  superheterodino (que eu também havia montado) . Só
> que o grande problema era na hora de passar os câmbios. Eu tinha que
> acionar ,quase que ao mesmo tempo, quatro interruptores! Esse eram duas 807
> por outras  duas 807. As vezes o colega já havia passado uma informação
> importante e eu não sabia o que ele tinha reportado. Que tristeza!
>
>
>
> Mas eu já ia me esquecendo do CW. Lógico, é por aí que todos devemos
> começar, pelo menos –ainda. Meu saudoso Professor de Rádio Técnica e Rádio
> Eletricidade, foi o Prof. Juvenal Lino de Campos PY2 ATB e o de CW, foi o
> general Arsonval Nunes Muniz (não me recordo seu indicativo), naquela
> saudosa mesa enorme e pesadíssima, que estava no 11º andar do Largo de São
> Francisco, 34, primeira sede da LABRE-SP.  O importante é você estudar, se
> preparar, prestar exames e ser logo prefixado para adquirir seu primeiro
> equipamento. Bonito ou não, montado por você ou comprado, mas aí você
> poderá dizer “esse é meu”. Daí em diante, as coisas fluirão naturalmente.
> Permita-me dar-lhe um conselho: nunca opere sem ter seu indicativo pessoal,
> intransferível e, (se você não transgredir normas ou regulamentos) será
> vitalício. Lembre-se “*Natura saltus non facit” *a natureza não dá
> saltos. Isto significa que, até no Radioamadorismo, temos que galgar os
> degraus, lenta e pacientemente. Existem as classes C, B e A, além das
> categorias e das modalidades. Estamos sujeitos às leis, decretos,
> regulamentos, portarias, normas que regulamentam  e normatizam nosso hobby
> científico.
>
>
>
> *TODAS AS FAIXAS E TODOS OS MODOS*
>
>
>
> À medida em que as frequências vão subindo (HF, VHF, UHF, SHF, EHF) a
> extensão das antenas vai diminuindo. Pouquíssimos são os Radioamadores
> brasileiros que utilizam a faixa dos 70 cm. e também satélites. Na hipótese
> de que você pretenda pertencer a essa elite, saiba que existem aparelhos
> muito mais caros e muito mais sofisticados e precisos. São os chamados “all
> band, all-mode). Porém, deve-se levar em consideração que existem aparelhos
> deste tipo, usados porém, em bom estado de conservação e funcionamento,
> ainda a bons preços. Certamente, com um tipo de equipo mais potente, você
> terá reunirá condições para comunicar-se cada vez mais distante e com certo
> conforto.
>
>
>
> *ANTENAS*
>
>
>
> De nada valerá possuir um excelente equipamento, potente e tudo o mais, se
> não tiver uma antena “bem casada”, de tal forma que a mesma possa colocar
> “no ar”, toda essa potência. Cabe aqui uma sugestão aos colegas que buscam
> uma antena eficiente, simples e barata. A mais comum das antenas (pelo
> menos aqui no Brasil e nos países mais pobres), é a famosíssima meio
> comprimento de onda para os 40 m. Ela é horizontal, unifilar, alimentada no
> centro com cabo coaxial, geralmente com 50 ou 72 ohms. Grande parte de
> minha vida radioamadorística, usei-a com sucesso. Falei com o mundo todo,
> com apenas 100 wats. de potência. Quem tiver condições (espaço), também
> pode instalar uma chamada “V-invertida). Como já disse, estes tipos de
> antenas são simples e muito fáceis de serem construídas e instaladas. Para
> as frequências de VHF e para as bandas altas, você terá que construir uma
> antena vertical, do tipo “Slim-Ding”. Outro detalhe muito interessante, que
> chega a deixar algumas pessoas perplexas, é este: como pode um Rádio
> Amador, de dentro de seu veículo, conversar com uma pessoa, por exemplo em
> S. Francisco-California-USA¿ Isto só é possível mediante uma outra estação,
> muito bem localizada, geralmente no alto dos morros, conhecida como
> repetidora. Hoje em dia, existem várias repetidoras nas grandes cidades,
> mantidas por cidadãos beneméritos, lógico que cada uma delas operando em
> frequências específicas, documentadas, organizadas e fiscalizadas pela
> ANATEL. Ocorreu-me agora, lembrar aos colegas que operam em VHF, a não
> menos famosa antena “pé-de-galinha”. Tecnicamente conhecida como
> “Ground-Plane”, ou seja, plano terra. Ela é conhecida por este nome, por
> ter a aparência de um pé de galinha.
>
> Ao finalizar, eu gostaria de aconselhar aos que realmente se interessarem
> pelo assunto, que se unam a outros colegas com maior experiência e vivência
> nesta área, repleta de bons e agradáveis momentos de lazer.
>
> Será um grande prazer e enorme satisfação, poder um dia no futuro,
> encontra-lo e enviar-lhe um forte 73 e sempre QRV.
>
>
>
> São Paulo, 21 de Julho de 2017
>
> Prof. José Lahor Filho
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
-------------- prxima parte ----------
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