ARLA/CLUSTER: Off Topic: Samsung confirma que defeito nas baterias provocaram incêndios do Galaxy Note 7

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 23 de Janeiro de 2017 - 11:25:35 WET


Samsung confirma que defeito nas baterias provocaram incêndios do Galaxy
Note 7
ATUALIZADO

Testes levados a cabo pela Samsung concluíram que o problema dos Note 7
estava, de facto, nas baterias. Na conferência foram ainda apresentadas
medidas de segurança para o futuro.

<http://cdn2.obsnocookie.com/wp-content/uploads/2017/01/23102021/9-sw_software-algorithm-check_2_770x433_acf_cropped-1.jpg>

O estudo aponta que algumas das baterias de lítio estudadas registaram
curtos-circuitos internos

Samsung
Autor

   - Miguel Videira Rodrigues <http://observador.pt/perfil/mrodrigues/>
   -



Foi durante a madrugada de segunda-feira que a Samsung realizou uma
conferência para explicar todo o processo de análise realizado nos Note 7 e
apresentar o problema que levou à retirada do *phablet* da empresa
sul-coreana do mercado
<http://observador.pt/2016/10/11/samsung-pede-aos-proprietarios-para-desligar-galaxy-note-7/>.
Segundo os resultados obtidos, as baterias fabricadas pelas duas empresas
responsáveis por fornecer as baterias à Samsung apresentavam defeitos que
acabavam por criar um curto-circuito.

Não há duvidas que o Galaxy Note 7 foi uma das maiores dores de cabeça que
a Samsung alguma vez teve de enfrentar. As explosões levaram até a que
o smartphone
fosse proibido dentro de aviões
<http://observador.pt/2016/10/18/galaxy-note-7-proibido-de-ser-utilizado-em-avioes-tap/>
e
obrigou a empresa sul-coreana, após a primeira recolha para resolver o
problema, a retirar de uma vez por todas o Note 7 do mercado. Os meses
seguintes foram aproveitados para realizar os devidos testes para que
chegassem a uma conclusão sobre o porquê das explosões presentes no
smartphone.

https://youtu.be/vp4F0eFV38g

As teorias eram várias, desde o telemóvel não ter espaço suficiente para a
bateria até ao facto das baterias apresentarem defeitos de fabrico. Quem
apostou na segunda hipótese acabou por ter razão, Koh Dong-jin, responsável
da divisão de telemóveis da empresa, explicou durante a conferência que
esta explicação era “necessária para recuperar a confiança dos consumidores
e das empresas parceirasâ€. Segundo os resultados apurados, existia um
defeito de fabrico nas baterias de lithium-ion que fazia com que as células
negativas entrassem em contacto com as positivas, levando a um curto
circuito.

“Nos últimos meses, em conjunto com entidades independentes especialistas
desta indústria, realizámos uma investigação rigorosa para identificar a
causa dos incidentes verificados com o Samsung Galaxy Note7â€. Koh sublinhou
ainda que, “hoje, mais que nunca, estamos empenhados em conquistar a
confiança dos clientes através de inovação que redefine o que é realmente
possível em termos de segurança, e que abre as portas a um mundo de
possibilidades ilimitadas e de novas experiências incríveis.â€

As baterias de lithium-ion funcionam através de células positivas e
negativas, que não devem entrar em contacto direto para não provocarem um
curto circuito. Nos primeiros smartphones colocados no mercado, o problema
estava no formato das baterias fabricadas pela SDI que, como era demasiado
pequeno e arredondado, levou a que houvesse contacto das células positivas
e negativas no canto superior direito.
[image: note7_bateria_a_1-720x377]

Apresentação por parte da Samsung dos problemas presentes no canto superior
direito nos primeiros modelos de bateria do Note 7

No segundo caso, agora com as baterias fabricadas pela ATL, o problema
estava numa falha de isolamento interno que levava a que o material
responsável por separar as células positivas e negativas não estivesse
presente ou se degradasse demasiado depressa.
[image: Apresentação da Samsung do problema presente nas segundas baterias
presentes no Note 7.]

Apresentação da Samsung do problema presente nas segundas baterias
presentes no Note 7.

Durante os teste foi construida uma estação de carga e descarga continua
com os Note 7 para ajudar a replicar os acidentes. Em testes separados a
empresa verificou se o problema poderia ser do carregamento rápido (com e
sem fios) ou do leitor de íris. Nenhum dos sistemas apresentou qualquer
anomalia ou impacto nas baterias.

Além da Samsung, também três empresas externas ficaram encarregas de
realizar testes aos Galaxy Note 7: a UL, a Exponent e a TUV Rheinland foram
as responsáveis pela identificação das causas de explosão. Poderá aceder a
uma explicação mais detalhada aqui
<https://news.samsung.com/global/infographic-galaxy-note7-what-we-discovered>
.

   -
   <http://observador.pt/2017/01/23/samsung-confirma-que-curtos-circuitos-nas-baterias-provocaram-incendios-do-galaxy-note-7/#>
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   <http://observador.pt/2017/01/23/samsung-confirma-que-curtos-circuitos-nas-baterias-provocaram-incendios-do-galaxy-note-7/#>

Cerca de 200 mil smartphones foram testados pelas empresas responsáveis
<http://observador.pt/2017/01/23/samsung-confirma-que-curtos-circuitos-nas-baterias-provocaram-incendios-do-galaxy-note-7/#>

5 fotos
<http://observador.pt/2017/01/23/samsung-confirma-que-curtos-circuitos-nas-baterias-provocaram-incendios-do-galaxy-note-7/#>
Segurança extra daqui para a frente

A fim de evitar que tamanho acidente ocorra, a Samsung apresentou um teste
de oito pontos que será realizado daqui para a frente nas baterias que
acompanharem os smartphones da marca. Os oito pontos são:

   1. Teste de durabilidade – serão realizadas várias cargas e descargas
   das baterias em diversos ambientes controlados. Os testes incluem altas
   temperaturas, carga em excesso e pressão aplicada;
   2. Inspeção visual – cada bateria será inspecionada para garantir que
   cumpre os padrões *standart;*
   3. Raio-X – As baterias serão analisadas através de um raio-x para
   verificar se todos os componentes estão em condições;
   4. Carregar e descarregar – serão realizados diversos ciclos de carga e
   descarga das baterias numa utilização normal;
   5. Teste de TVOC – será garantido pela Samsung uma análise para
   verificar se não existe nenhuma fuga dos componentes internos da bateria;
   6. Desmontagem de baterias – algumas baterias serão desmontadas para
   garantir que estão bem construidas, incluindo a fita de isolamento;
   7. Teste de utilização acelerada – será realizado um teste intensivo em
   que irão simular um consumo de energia acelerado nos dispositivos;
   8. Delta Open Circuit Voltage – será efetuado um teste para determinar
   qualquer alteração na voltagem.

*[Veja o vídeo onde é explicado os oito passos de segurança]*

*https://youtu.be/OeKdcIOAEL8 <https://youtu.be/OeKdcIOAEL8>*

Estes testes começam a ser postos em prática imediatamente e serão
aplicados em todas as gamas da marca e não apenas nos topo de gama. A
empresa está confiante que, com estes oito pontos de segurança vão evitar
outro desastre como o do Note 7, algo que deviam ter feito antes de
colocarem o smartphone à venda no mercado.

Apesar do problema estar presente nas baterias que são fabricadas por duas
outras empresas, a Samsung assume toda a responsabilidade sobre os
equipamentos explosivos. A empresa espera poder partilhar os testes de
segurança, agora aplicados, com outras companhias do mercado. Com o lançamento
do Galaxy S8
<http://observador.pt/2017/01/13/imagens-do-que-podera-ser-o-novo-samsung-galaxy-s8/>
para
breve, resta esperar para ver que surge por parte da empresa sul-coreana
que tem agora a hipótese de voltar a destacar-se no mercado mobile.

Fonte: Jornal Observador
-------------- próxima parte ----------
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