=?iso-8859-1?Q?RE:_ARLA/CLUSTER:_Repetidores_de_Amador, _ou_uma_hst=F3ria_?= do interior esquecido.

Terça-Feira, 22 de Agosto de 2017 - 20:13:21 WEST

Colega Paulo, certamente o meu email, pois ter escapado da lista, mas repito:

Rede de repetidores com custos partilhados. Quanto mais Associaçoes participarem, menos esforço tem porque são divididas as despesas. Quer em despesas quer em aquisiçoes.

Eletricidade?
E porque não redundancias?
E porque não, repetidores auto-alimentados?
Sim, eu que painéis fotovoltaicos são caros e as eólicas também.
Mas há ideias interessantes quanto a colocações, instalações e por ai fora.
Sim, eu já pensei em roubos. Furtos nao. São outra coisa, legalmente falando.

Deixo aqui a minha inocência quanto a uma (ou mais) situação(ões):

Que distancia plena, atinge um repetidor, mesmo com baixa propagaçao?

Ou seja distancia vs potencia?

Sem outro assunto de momento

Cumprimentos

Rui Brito da Silva
CS7ALB
936345233

Não é um papel que diz aquilo que somos, mas sim, o que fazemos!
Email via telemóvel com Windows 10

De: Paulo Mendes<mailto:ct2hqt  gmail.com>
Enviado: 22 de agosto de 2017 19:55
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER<mailto:cluster  radio-amador.net>
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Repetidores de Amador, ou uma hstória do interior esquecido.

Olá Salomão, boa tarde. O colega com este assunto e com todo o interesse faz uma observação da realidade do nosso país. O problema sempre esbarra em  alguns pormenores como por exemplo:
Imagine que uma Associação do norte vai tenciona colocar um repetidor no sul (não interessa a cidade nem a localização) ou o inverso.... existem vários problemas que são os seguintes:

1º-  Local para instalar....
2º - Energia electrica, quem paga?
3º - Equipamentos (repetidor, antenas, etc...) quem paga?
4º - Manutenção quem faz? se é que existe alguém na zona disposto a fazê-lo e por vezes com capacidade técnica para isso e eventualmente ajuda.
5º - Retorno! esta é a parte importante, as associações finaciam/sustentam os equipamentos nas serras como uma maneira de ter algo que possa servir os seus Associados e os restantes que devido a localização possam usar os mesmos.
6º - As associações podem pedir licenciamentos para estações de uso comum em qualquer parte desde que as frequencias/celulas estejam disponíveis por isso qualquer uma pode solicitar o que entender para onde entender.
7º - Existem actualmente pequenos grupos de amadores que financiam do seu bolso repetidores, antenas, etc...  os colegas com o seu esforço financeiro conseguem financiar/manter as redes de amador em Portugal sem recorrer ás verbas das Associações que os apoiam no licenciamento.
8º - No interior do país existem Radioamadores e associações que por algum motivo que desconheço recorrem a Associações de outros locais para os apoiar nas suas actividades e aparentemente deixam a Associação local de parte.
9º - A esmagadora maioria das Associações em Portugal não tem estatuto de utilidade pública (poderiam ter benefícios em termos de impostos) e acima de tudo não tem subsidios dos estado ou de entidades locais excepto algumas que por iniciativa dos seus dirigentes poderão conseguir subsídios para montagem de equipamentos com base em actividades relacionadas com protecção civil.

73´s

Paulo Mendes

[https://ipmcdn.avast.com/images/icons/icon-envelope-tick-round-orange-animated-no-repeat-v1.gif]<https://www.avast.com/sig-email?utm_medium=email&utm_source=link&utm_campaign=sig-email&utm_content=webmail>  Sem vírus. www.avast.com<https://www.avast.com/sig-email?utm_medium=email&utm_source=link&utm_campaign=sig-email&utm_content=webmail>

No dia 22 de agosto de 2017 às 18:54, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com<mailto:ct1fbf  gmail.com>> escreveu:
Em tempos que já lá vão, houve quem se tivesse preocupado com o assunto e às suas próprias expensas percorreu o pais de lés a lés e posteriormente, apresentou um plano nacional de repetidores para o serviço de amador, com três principais tipos:
- Nacionais;
- Regionais:
- Locais.

Foi fortemente criticado, porque naquela altura meia dúzia de associações teriam de mudar os seus repetidores de frequências e em alguns casos, reposicioná-los no território.

O plano ficou na gaveta e a ANACOM fez aprovar um plano assente em células regionais mais adequado a uma rede de telemóveis que ao serviço de amador.

Hoje, temos certamente um dos países, quiçá mesmo o único PAÍS, com o maior numero de repetidores licenciados e autorizados do Mundo, tendo por base o n.º de radioamadores activos, mas onde um sem numero muito significativo de repetidores está totalmente inoperacional e outros só estão, eternamente, no papel.

Ficou famoso um dos seus desabafos que continua atualissimo " Algumas associações usam a mesma técnica dos cães, mijam nos poste para única e exclusivamente marcar o seu terreno, mais nada "

João Costa (CT1FBF)

No dia 22 de agosto de 2017 às 16:32, Salomao Fresco <sal.fresco  gmail.com<mailto:sal.fresco  gmail.com>> escreveu:
Boas tardes a todos os leitores do ARLA-Cluster.

A minha história começa no passado sábado 20/08/2017, quando, por iniciativa própria semelhante à que outros Colegas tomaram, rumei com destino ao concelho de Mação que até esse dia vinha sendo fustigado pelos incêndios florestais que um pouco por todo o país vem ocorrendo.

Saí do Entroncamento, onde resido, e alertei que durante a viagem iria estar em QRX no repetidor da Lousã ou no da Estrela, CQ0VLO e CQ0VSE, respectivamente.
Segui pela A23 ou  Auto-estrada da Beira-Interior, e constatei que, nenhum dos repetidores por mim escolhidos para me manter em contacto, estava acessível, por falta de cobertura na região. Mais, logo após a cidade de Abrantes, o repetidor que habitualmente tenho em sintonia no meu transceptor móvel, o do Entroncamento CQ0VENT, também ficou fora de alcance.

O que ponho á consideração dos dirigentes associativos é o seguinte:
Porque não pensar um pouco mais no interior do país, inclusivé sair da zona de "conforto" ou da área de implantação de uma qualquer associação, e pensarmos um pouco mais nesta zona do país, que já é tão esquecida pelo poder central?

basta darmos uma olhadela rápida pelo link que anexo no final (presumo que esteja actualizado a esta data), para verificarmos que existem uma enorme quantidade de repetidores que se sobrepõem, inútilmente, acrescento eu.

Falamos tantas vezes nos planos de comunicações de emergência, de não sermos ouvidos em tais situações.

Esta falha de "cobertura" na região Centro/Ribatejo Norte/Beira Interior Sul, poderia, digo eu, ser fácilmente colmatada, bastando para isso a colocação de um repetidor em Abrantes, Proença-a-Nova ou Vila Velha de Ródão.
E falo de um convencional repetidor analógico, porque, por muito que goste das novas tecnologias, DMR, D-Star, etc, o analógico funciona sempre como salvaguarda nas tais situações de emergência.

Já agora, vale a pena pensar nisto.

https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1pFlcA7ELh67eBcM71f3NRDCgZ94&hl=en_US&ll=39.253760007737355%2C-8.049663156249949&z=7

Salomão Fresco

Callsign: CT2IRJ

GRID Locator: IM59sl -- CQ Zone 14 / ITU Zone 37

QTH: Entroncamento, Portugal

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Com os melhores cumprimentos.
Paulo Mendes
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