ARLA/CLUSTER: AVISO DE CHUVA INTENSA, NEVE E VENTO NAS PRÓXIMAS 24 HORAS

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 24 de Novembro de 2016 - 18:03:31 WET


A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) alertou esta
quinta-feira para os perigos do mau tempo na sexta-feira, com
precipitação intensa, neve e vento, aconselhando medidas preventivas
face ao agravamento das condições meteorológicas para as próximas 24
horas.

Num aviso à população, a ANPC refere que o Instituto Português do Mar
e da Atmosfera (IPMA) prevê precipitação intensa no Minho e Douro
Litoral, atingindo, de forma sequencial, a Serra do Gerês, a Serra de
Montemuro e a Serra da Estrela, com valores que poderão atingir 30 a
40 mm em seis horas.

Prevê-se ainda a intensificação do vento de sudoeste, a partir das 21
horas de hoje, a prolongar-se durante o período noturno, adianta a
Proteção Civil.

As previsões apontam ainda para precipitação intensa, na madrugada de
sexta-feira na região Centro (com valores que poderão atingir 20 mm em
seis horas), não sendo de excluir a possibilidade da região Sul, em
particular os distritos de Lisboa e Setúbal, poderem ser afetados por
este fenómeno de precipitação forte.

A queda de neve é esperada à cota dos 1000/1200 metros, descendo para
a cota dos 800 metros durante a noite, podendo, nas serras do Gerês e
Montemuro e na região de Chaves e Montalegre, serem atingidos valores
de 40 mm de neve, em 12 horas, divulgou a ANPC, após reunião no
Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS).

Segundo a ANPC, o mau tempo poderá causar piso rodoviário escorregadio
e eventual formação de lençóis de água e gelo, possibilidade de cheias
rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou
insuficiências dos sistemas de drenagem, possibilidade de inundação
por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais
vulneráveis e inundações de estruturas urbanas subterrâneas com
deficiências de drenagem.

Danos em estruturas montadas ou suspensas, dificuldades de drenagem em
sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de
preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais
vulneráveis, possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de
vento mais forte e possíveis acidentes na orla costeira são outros
perigos apontados pela ANPC.

São ainda esperados fenómenos geomorfológicos (derrocadas) causados
por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela
perda da sua consistência.

A ANPC salienta que o eventual impacto destes efeitos pode ser
minimizado, através da adoção de medidas adequadas, pelo que, e em
particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda que se
garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e
a retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou
criem obstáculos ao livre escoamento das águas.

Aconselha também a adoção de uma condução defensiva, reduzindo a
velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve
ou a formação de lençóis de água nas vias, assim como não atravessar
zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou
viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.

Outras das recomendações são proceder à colocação das correntes de
neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela
queda de neve e garantir uma adequada fixação de estruturas soltas,
nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas.

A ANPC pede especial cuidado na circulação e permanência junto de
áreas arborizadas, com atenção para a possibilidade de queda de ramos
e árvores, em virtude de vento mais forte.

Especial cuidado é ainda pedido na circulação junto da orla costeira e
zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos
costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes
locais.

Outro aviso vai no sentido de as pessoas não praticarem atividades
relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos
náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de
veículos muito próximos da orla marítima.

Fonte: Lusa



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