ARLA/CLUSTER: A Lentidão dos Computadores - Parte 2

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 4 de Maio de 2015 - 14:40:38 WEST


A Lentidão dos Computadores - Parte 2
<http://abertoatedemadrugada.com/2011/05/lentidao-dos-computadores-parte-2.html>


<http://2.bp.blogspot.com/-V36AqepPC6k/Tb8mqTJmjvI/AAAAAAAAPFk/nRJ746HveX4/s1600/slowcomputer.jpg>Desculpem
lá voltar à carga com este assunto, mas considerando que o meu último
desabafo quanto a isto foi em 2007 no famoso post "tecnologia subvertida
<http://abertoatedemadrugada.com/2007/11/tecnologia-subvertida-anda-tudo-mal.html>",
parece-me que é tempo de voltar a pôr *o dedo na ferida*.

E desta vez a gota de água foram uns simples updates...

Poderei não ser o caso mais habitual, mas raramente desligo os
computadores. Tenho computadores com diferentes sistemas operativos; entre
Ubuntus e Windows; e se nalguns casos ficam ligados 24/7, na maior parte
dos casos dou uso ao sleep/hibernate para os manter sempre prontos a
funcionar ao toque de uma tecla.

Quero com isto dizer que, fazer reboot para actualizações... só mesmo *quando
tem que ser*. E sempre que possível adio isso ao máximo. (O que normalmente
faz com que possam passar vários meses entre reboots, mesmo quando o
sistema pede para o fazer para concluir as actualizações - excepção feita,
obviamente a actualizações críticas de segurança.)

Infelizmente, agora com o Windows 7, ele tem a mania de fazer um reboot
sozinho às tantas da madrugada quando há actualizações... O que acho uma
palhaçada - se ele está em "sleep" - deveria continuar em sleep em vez de
acordar para isto, e depois ficando ligado mais umas horas...

Mas mais absurdo ainda, é o facto de alguns programas pensarem que são tão
importantes que merecem um reboot por si só quando são instalados ou
actualizados! "Coisos" como o iTunes, por exemplo, mas não só.

Se ainda dou uma tolerância a que seja necessário um reboot quando há uma
actualização do sistema; acho inadmissível que qualquer outro programa
"normal" o faça. Quer dizer: estamos numa altura em que até os drivers das
placas gráficas se podem instalar sem reiniciar o sistema; e quando crasham
podem ser reiniciados automaticamente sem afectar mais nada - e ainda temos
programas que querem que se reinicie? Vergonhoso! Ou pior ainda: o perfeito
exemplo da má programação de quem os faz!

Já nem vou entrar na questão dos updates do sistema, pois até esses
deveriam/poderiam ser feitos "em directo", sem reiniciar... Que por muitos
problemas técnicos que pudessem haver, não são impeditivos para que tal não
fosse possível. Um update que exigisse um reboot deveria ser uma coisa
raríssima e quase inexistente hoje em dia...


Mas, estou a desviar-me do motivo principal que me fez escrever isto: que
é... a lentidão! E aqui refiro-me mais concretamente ao Windows 7 - embora
se possa aplicar à maioria dos sistemas operativos mais populares.
Expliquem-me lá *como é que se pode querer com que seja considerado normal
que umas poucas dezenas de Megabytes de actualizações fiquem a ser
instaladas por mais de 4 ou 5 minutos?*

Estamos a falar de *hardware com discos capazes de gravar centenas de
megabytes por segundo; com gigabytes de Ram para dar e vender; e
processadores com 4/8 processadores a trabalhar a mais de 2Ghz*!

Seja o que for que essas actualizações impliquem... não posso achar isto
aceitável. Novamente me parece que os sistemas operativos andam a abusar,
em vez de se preocuparem em fazer as coisas bem feitas.


Queria deixar um desafio a quem de direito tiver vontade/capacidade/ousadia
para concretizar ou motivar a criação de um sistema operativo como deve
ser. Um sistema operativo feito de raiz para o hardware que temos
actualmente e que deixe para trás as limitações assumidas e implícitas do
tempo em que os computadores trabalhavam a 4Mhz, tinham pouca memória, etc.
etc.

Que justificação há para quem um sistema operativo não seja carregado em
poucos segundos e resida inteiramente em memória RAM a tempo inteiro? Que
justificação há para que se mantenham os princípios dos paging files que
usam o um disco como memória virtual... mesmo quando o computador tenha 10
ou mais GB de RAM? É uma aberração!

Eu sei, estou a simplificar...

Mas chateia-me ter todo este poderio de hardware à disposição... e depois
ser forçado a esperar longos minutos que alguns megabytes de actualizações
fiquem a instalar...

Mais!
Irrita-me ver uma barra de progresso que em vez de avançar de 0 a 100%,
fica parada nos 30% por um intervalo de tempo indefinido; e depois saltar
para os 62%... parar novamente... e depois saltar para os 98%... e parar
mais "meia-hora"!
Se é uma barra de progresso, que faça o seu trabalho: que avance, 1% de
cada vez, de forma regular e intervalada que faça sentido para quem
desespera a olhar para ela.

É tempo de chegar um iOS em condições! Não me refiro ao sistema da Apple
usado nos iPhones e iPads, mas sim a um *Instant OS*. Um sistema operativo
cuja premissa única e absoluta seja reagir a toda e qualquer interacção do
utilizador da forma mais instantânea possível.

Quando um utilizador coloca o ponteiro do rato sobre o icon de um programa,
nos décimos de segundo que o utilizador demora a pensar em clicar nele, já
o "iOS" deveria ter feito o seu pré-carregamento para que o pudesse
executar de forma instantânea.
E com "Gigas" de memória à disposição... não me venham com histórias de que
o sistema operativo poderia ter que perder tempo a carregar coisas do
disco...
Mas, acima de tudo, em qualquer operação que demorasse mais que 1 segundo;
deveria ser dada a indicação do que estava a acontecer, com um mostrador
que traduzisse de forma real e fiável o tempo que o utilizador iria estar
na seca!

Pronto... e era isto. Desabafo terminado.
Agora posso continuar a reclamar comigo mesmo, desejando saber que raio o
Windows 7 tanto gosta de fazer para ter acessos constantes ao disco fazendo
com que o led do disco pisque constantemente qual marcador de ritmo numa
pista de dança - isto, obviamente, estando o computador completamente
"parado" sem fazer seja o que for.

É por estas e por outras que os sistemas operativos mobile, mais
"levezinhos", não só estão a dominar o mercado dos smartphones e tablets...
como futuramente se arriscam a dar o salto que falta para os "desktops", e
mostrar o que realmente se pode fazer com todo o hardware que temos à
disposição, e que mesmo após décadas de evolução, nos continua a fazer
esperar, tão ou mais tempo do que aquele que esperávamos no tempo dos Intel
8086!

Fonte : Aberto até de Madrugada.com
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
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