ARLA/CLUSTER: Propagação por Reflexão Ionosférica para comunicações a distâncias acima de 5 a 10 km e até 300 ou 500 km de distância

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 19 de Fevereiro de 2015 - 14:30:10 WET


PROPAGAÇÃO EM HF

Propagação por Reflexão Ionosférica e efeito de NVIS (2.000 kHz - 12 MHz)

As Radiocomunicações de Emergência que se estabelecem através de ligações
por reflexão na ionosférica, são meios de comunicação autónomos, porque não
carecem de retransmissores previamente instalados, estas ligações fazem-se
por reflexão na ionosfera e servem para estabelecer radiocomunicações de
emergência para distâncias acima da linha de vista (LOS), podendo cobrir
qualquer distância acima de 5 a 10 km e até 300 ou 500 km de distância,
destinadas a apoiar, a informar e a coordenar os serviços de socorro dentro
das áreas de âmbito municipal, regional e nacional.

Nas condições extremas de emergência e calamidade, as Radiocomunicações de
Emergência tem de ser imediatas e estar habilitadas, ou sejam, dotadas de
meios e pessoas treinadas, nestas condições, estas comunicações são
absolutamente autónomas e não carecem nem de sistemas de retransmissão
geralmente usados nas redes de VHF e UHF, nem sequer de ligação por
satélite ou ainda das telecomunicações celulares (que regra geral são
destruídas e ficam inoperativas com a calamidade), estes sistemas
radioeléctricos de emergência funcionam plenamente com energia própria. As
suas transmissões funcionam dentro das faixas de frequência situadas nas
faixas de HF entre 2 e 8 ou 10 MHz, muito raramente as excedem, salvo em
países próximos do equador, as ondas electromagnéticas propagam-se e
reflectem-se no ionosfera por efeito de NVIS (Near Vertical Incidence
Skywave), ou sejam, por reflexão ionosférica na região espectral da chamada
frequência critica de reflexão ou foF2, que ao longo do dia e noite, variam
quer com a latitude do lugar, quer com o meridiano ou hora solar.

A zona ionosférica ou camada onde ocorre esta reflexão está situada acima
da estratosfera para além dos 100 km de altitude, assim como, as
frequências prováveis de reflexão, são medidas e descritas nos gráficos ou
mapas registados pelas inosondas que determinam as condições da propagação
por efeito de NVIS.

Estas radiocomunicações carecem de antenas especialmente dedicadas, capazes
de radiar com ângulos de incidência vertical até cerca da
perpendicularidade do lugar, ou seja a partir de 89,5º de elevação para
ligação a 10 km, ou entre 70º a 50º de elevação para as ligações regionais
e nacionais que distam entre 200 a 500 km de distância.

As antenas veiculares verticais são contraindicadas para estas aplicações,
por oferecerem ângulos de radiação muito baixos, bem inferiores a 25º de
elevação vertical que só permitem ligações a partir dos 1.500 km de
distância.

Mais informações em: http://www.amsat-ct.pt/?page_id=1221

Fonte: Associação Observatório Aeroespacial Amadores de Satélite – CT
(AMSAT-CT)


                                                      Antenas para NVIS


[image: NVIS Antenna Dimensions]
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