Re: ARLA/CLUSTER: Criar redes Mesh livres e gratuitas com vulgares smarthphones é cada vez mais possível e desejável.

Luís Garcia Filipe afterhours36 gmail.com
Quarta-Feira, 5 de Agosto de 2015 - 22:05:09 WEST


Não sei porquê, mas a semelhança a uma coisa chamada APRS é bastante
próxima...


CT7AEL

No dia 5 de agosto de 2015 às 17:42, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com>
escreveu:

> Já aqui se abordou, por mais que uma vez, o que são as diria,
> "revolucionárias" Rede Mesh.
>
> Resumindo e abreviando, a criação de uma rede "Mesh" que se traduzindo
> é uma "rede em malha", permite que cada dispositivo servia de
> repetidor para os outros, fazendo com que em algumas dezenas de metros
> facilmente se multipliquem, no caso de locais povoados como estádio,
> recintos de concertos, escolas, etc por vários quilômetros. Nestes
> casos, as mensagens saltarão de dispositivo em dispositivo, podendo
> chegar a pessoas que estão a centenas e centenas de metros de
> distância, sem necessidade de uma ligação directa entre o ponto de
> origem e o de destino (onde sempre uns servem de retransmissores para
> os outros).
>
> A aplicação FireChat, por exemplo em
> (
> https://play.google.com/store/apps/details?id=com.opengarden.firechat&hl=pt_PT
> )
> não é a primeira app a recorrer a ligações Bluetooth e WiFi directas,
> realço DIRECTAS, nada de planos de dados 3G ou 4G ou redes WiFi
> convencionais de ligação à Internet utilizadas normalmente nos
> smarthphones. É basicamente uma alternativa ao protocolo padrão
> 802.1...,  servindo para comunicar com dispositivos que estejam por
> perto e é considerada por muito como a aplicação das revoluções, tanto
> nas recentes manifestações em Hong Kong como nas chamadas "Primaveras
> árabes"  foi e é a mais utilizadas por diversos grupos ativistas pelo
> Mundo.
>
>
> A  FireChat foi criada pela Open Garden, uma empresa de São Francisco, EUA.
>
> A FireChat serve para manter conversações mesmo que não haja ligação à
> Internet convencional e muitas vezes controlada pelos governos ou
> empresas. Gratuita e disponível para o iOS 7 e 8 e para Android, a
> aplicação usa as comunicações por Wi-Fi e Bluetooth dos smartphones
> para criar uma rede até uma certa distância entre aparelhos móveis. A
> FireChat usa qualquer sinal que um telemóvel ou rede sem fios tenham e
> permite conversações peer-to-peer. Segundo a Open Garden, a aplicação
> permite que até dez mil pessoas se agrupem desta forma.
>
> O conceito de rede "Mesh" à muito que é explorado pelos militares,
> como se pode ver na Wikipédia, através do tópico "Redes Mesh" em
> https://pt.wikipedia.org/wiki/Redes_Mesh
>
> Em Março deste ano os criadores da Firechat, a Open Garden, que querem
> expandir o seu alcance - literalmente - anunciaram que andam a fazer
> testes com um curioso dispositivo a que chamaram GreenStone.
>
> A app Firechat e outras nessa linha, não dependem de qualquer ligação
> à rede para funcionar, ligando os dispositivos directamente entre si,
> usando Bluetooth ou WiFi, criando uma rede em malha onde cada
> dispositivo serve como repetidor, mas esta grande vantagem é também a
> sua maior fragilidade: se não houver um número suficiente de
> dispositivos para permitir uma rede mesh abrangente, o seu interesse
> reduz-se drasticamente e é precisamente por isso que os seus criadores
> estão a trabalhar neste GreenStone.
>
> O GreenStone é um pequeno "beacon" que serve também como
> repetidor/extensor de uma rede mesh, permitindo ampliar o seu alcance,
> mesmo quando não há dispositivos por perto que cumpram essa função.
> Para além disso, pode também armazenar as 1000 últimas mensagens, o
> que faz com que sirva como um repositório local do que ali foi dito.
> Não é difícil imaginar uma situação que, em caso de uma qualquer
> calamidade que interrompesse o serviço regular de comunicações, se
> pudesse espalhar por uma área um conjunto destes dispositivos, como
> forma de possibilitar comunicações de forma imediata e com um custo
> reduzido.
>
> Infelizmente, por agora isto parece não passar de um projecto
> experimental sem qualquer previsão de poder vir a chegar ao mercado -
> mas, sem dúvida que nos faz pensar como os sistemas de redes mesh no
> futuro nos permitiram estar ligados ao mundo sem estar dependentes de
> contas mensais dos serviços tradicionais. O Google já está a explorar
> isso nos céus com os seus balões; será uma questão de tempo até que
> chegue ao solo em tecnologia para o utilizador final (pois a nível de
> infraestruturas, já temos quem esteja a pôr isso em acção à muito com
> bons resultados.)
>
> Resumindo mais uma vez, a app permite que equipamentos iOS/iOS e
> Android/Android falem entre si directamente, mas para iOS/Android
> apenas é possível quando ambos estão ligados a um hotspot WiFi. No
> modo de comunicação directo, que depende da tal rede "mesh" criada
> entre dispositivos, a coisa está mais complicada entre diferentes
> sistemas operacionais, embora os criadores da App digam que ainda têm
> esperança de que tal venha a ser possível... mas demorará mais algum
> tempo.
>
> Mostra-nos, como noutros casos por nós enquanto radioamadores bastante
> conhecidos, que todos teriam a ganhar se em vez de sistemas
> proprietários e mais ou menos "abertos", os diversos fabricantes
> colaborassem para criar e utilizar sistemas standard que permitissem
> uma maior interoperabilidade entre todos.
>
> Alem de que, Portugal está à muito na vanguarda das redes mesh para
> distribuição de internet nos veículos (ver em
>
> http://abertoatedemadrugada.com/2014/12/portugal-na-vanguarda-das-redes-mesh.html
> ).
>
>
>  João Costa (CT1FBF)
>
> Fontes consultadas: Sites Aberto até de Madrugada, Wikipédia, Jornal
> Publico e Google Play
>
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>


-- 
Cumprimentos;

Luís Filipe Garcia S.
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