Re: ARLA/CLUSTER: Novo planeta anão para alem de Plutão pode indiciar a existencia de um planeta enorme, até 10 vezes o tamanho da Terra, ainda não visto.
EA
ct1eew gmail.com
Sexta-Feira, 28 de Março de 2014 - 08:18:26 WET
Bom dia,
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enviado do meu MacBook Pro
No dia 28/03/2014, às 07:30, João Costa > CT1FBF <ct1fbf gmail.com> escreveu:
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> NOVO PLANETA ANÃO PARA LÁ DA ÓRBITA DE PLUTÃO
> O Sistema Solar tem um novo membro mais distante.
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> Um novo estudo liderado por Scott Sheppard e Chadwick Trujillo do Observatório Gemini relata a descoberta de um distante planeta anão, com o nome 2012 VP113, que foi encontrado para lá da fronteira conhecida do Sistema Solar. Este é provavelmente um dos milhares de objectos distantes que se pensa formar a chamada nuvem de Oort interior. Além do mais, o seu trabalho indica a potencial presença de um planeta enorme, talvez até 10 vezes o tamanho da Terra, ainda não visto, mas possivelmente influenciando a órbita de 2012 VP113, bem com outros objectos na nuvem de Oort interior. Os resultados foram publicados ontem na revista Nature.
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> O Sistema Solar conhecido pode ser dividido em três partes: os planetas rochosos como a Terra, que estão perto do Sol; os planetas gigantes gasosos, que estão mais afastados; e os objectos gelados da Cintura de Kuiper, situados para lá da órbita de Neptuno. Ainda mais longe, parece existir uma fronteira do Sistema Solar onde apenas um objecto, Sedna, já tinha sido descoberto. Mas o recém-descoberto 2012 VP113 tem uma órbita ainda maior que a de Sedna, tornando-se no objecto conhecido mais longínquo do Sistema Solar.
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> "Este é um resultado extraordinário que redefine a nossa compreensão do Sistema Solar," comenta Linda Elkins-Tanto, directora do Departamento de Magnetismo Terrestre do Instituto Carnegie para Ciência, em Washington, EUA.
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> Imagens da descoberta de 2012 VP113. Tem a maior órbita conhecida do nosso Sistema Solar. Cada das imagens foram obtidas em intervalos de duas horas. A primeira imagem foi artificalmente colorida com tons avermelhados, a segunda esverdeados e a terceira azulados. 2012 VP113 moveu-se entre cada imagem, como se pode constatar na diferente posição dos pontos coloridos. As estrelas e galáxias de fundo não se moveram.
> Crédito: Scott Sheppard e Chad Trujillo
> Sedna foi descoberto para lá da orla da Cintura de Kuiper em 2003, e não se sabia se Sedna era único, tal como se pensava o mesmo para Plutão antes da descoberta da Cintura de Kuiper. Com a descoberta de 2012 VP113, percebe-se agora que Sedna não é único e é provavelmente o segundo membro conhecido da suposta nuvem de Oort interior, a origem provável de alguns cometas.
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> Com um diâmetro estimado em aproximadamente 450 km, este ponto com magnitude 23 completa uma órbita em torno do Sol a cada 4600 anos. O periélio de 2012 VP113 (o ponto orbital mais próximo do Sol) trá-lo até cerca de 80 vezes a distância entre a Terra e o Sol (afélio de 472 UA, ponto orbital mais longínquo do Sol), uma medida conhecida como Unidade Astronómica ou UA. Para contexto, os planetas rochosos e asteróides existem a distâncias que variam entre 0,39 e 4,2 UA. Os gigantes gasosos encontram-se entre as 5 e as 30 UA. No nosso Sistema Solar existe um limite distinto às 50 UA. Só Sedna estava significativamente para lá desta fronteira exterior, a 76 UA, durante toda a sua órbita.
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> "A busca por estes objectos distantes da nuvem de Oort interior, para lá de Sedna e 2012 VP113, devem continuar, e podem dizer-nos muito sobre a formação e evolução do Sistema Solar," realça Sheppard.
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> Sheppard e Trujillo usaram o instrumento DECam (Dark Energy Camera) acoplado ao telescópio NOAO de 4 metros no Chile para a descoberta. O DECam tem o maior campo de visão de qualquer telescópio de 4 metros ou maior, o que lhe dá uma capacidade sem rival para pesquisar grandes áreas do céu em busca de objectos ténues. O telescópio Magellan de 6,5 metros do Observatório Las Campas do Instituto Carnegie foi usado para determinar a órbita de 2012 VP113 e obter informações detalhadas acerca das propriedades da superfície.
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> Animação que mostra o movimento de 2012 VP113 ao longo de cinco horas. O objecto está actualmente a cerca de 83 UA do Sol - quase no periélio.
> Crédito: S. Sheppard/Instituto Carnegie para Ciência
> Da área de céu observado, Sheppard e Trujillo determinaram que podem existir cerca de 900 objectos com tamanho superior a 1000 km e com órbitas como as de Sedna e 2012 VP113. E que a população total da nuvem de Oort interior é provavelmente maior que a da Cintura de Kuiper e que a da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter.
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> "Alguns destes objectos da nuvem de Oort interior podem rivalizar com Marte ou mesmo até a Terra (em termos de tamanho). Isto porque muitos dos objectos da nuvem de Oort interior estão tão distantes que mesmo os muito grandes seriam demasiado ténues para serem detectados com a tecnologia actual," realça Sheppard.
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> Tanto Sedna como 2012 VP113 foram encontrados perto da sua maior aproximação ao Sol, e ambos têm órbitas que os levam até às centenas de UA, onde seriam demasiado ténues para descobrir. De facto, a semelhança entre as órbitas de Sedna, 2012 VP113 e alguns outros objectos perto da fronteira da Cintura de Kuiper sugere que um enorme corpo perturbador pode "pastorear" estes objectos em configurações orbitais parecidas. Sheppard e Trujillo sugerem que uma super-Terra ou um objecto ainda maior, a centenas de UA, pode criar o efeito de "pastoreio" visto nas órbitas destes objectos, que estão demasiado distantes para serem perturbadas por qualquer um dos planetas conhecidos.
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> Órbita dos planetas anões Plutão, Eris, Sedna e 2012 VP113.
> Crédito: Unmannedspaceflight.com (cortesia Lucas); The Planetary Society
> (clique na imagem para ver versão maior)
> Existem três teorias concorrentes sobre como a nuvem de Oort interior pode ter-se formado. À medida que mais objectos sejam encontrados, tornar-se-á mais fácil refinar qual destas três é a mais precisa. Uma teoria diz que um planeta "vagabundo" pode ter sido expelido da região dos gigantes gasosos e que durante a sua viagem pode ter perturbado objectos para fora da Cintura de Kuiper até à região da nuvem de Oort interior. Este planeta pode ter sido expelido ou ainda existir nos confins Sistema Solar. A segunda teoria diz que um íntimo encontro estelar pode ter colocado os objectos na região da nuvem de Oort interior. A terceira hipótese sugere que os objectos da nuvem de Oort interior são planetas extra-solares capturados a partir de outras estrelas que pertenciam ao enxame estelar onde o Sol foi fabricado.
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> A nuvem de Oort exterior distingue-se da nuvem de Oort interior porque na nuvem de Oort exterior, começando por volta das 1500 UA, a gravidade de outras estrelas perturba as órbitas dos objectos, fazendo com que os objectos da região exterior tenham órbitas que mudam drasticamente ao longo do tempo. Muitos dos cometas são objectos perturbados para fora da nuvem de Oort exterior. Os objectos da nuvem de Oort interior não são tão afectados pela gravidade das outras estrelas e têm, portanto, órbitas mais estáveis e primordiais.
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