Re: ARLA/CLUSTER: Detectada na radiação cósmica de fundo em microondas a primeira evidência directa da inflação.
EA
ct1eew gmail.com
Terça-Feira, 18 de Março de 2014 - 17:52:56 WET
:)
enviado do meu MacBook Pro
No dia 18/03/2014, às 13:28, João Costa > CT1FBF <ct1fbf gmail.com> escreveu:
> Concordo e subcrevo na totalidade que a confirmaram-se a validade dos
> dados, e não existem muitas duvidas com um escrutinio já de 3 anos,
> temos Premio Nobel para 2014 ou 2015. Não sei para quem será, a equipa
> é vasta, mas Alan Guth vai estar entre os laureados de certeza.
>
> João Costa (CT1FBF)
>
> Em 18 de março de 2014 08:11, EA <ct1eew gmail.com> escreveu:
>>
>> Bom dia,
>>
>> http://www.youtube.com/watch?v=ZJYc9YmKIO8#t=31
>>
>> http://astropt.org/blog/2014/03/17/inflacao-cosmica-descoberta-espetacular-confirma-teoria-do-big-bang
>>
>> 73
>> Eduardo A.
>> CT1EEW-CT01110
>>
>>
>> enviado do meu MacBook Pro
>>
>>
>> No dia 18/03/2014, às 06:20, João Costa > CT1FBF <ct1fbf gmail.com> escreveu:
>>
>> PRIMEIRA EVIDÊNCIA DIRECTA DA INFLAÇÃO CÓSMICA
>>
>> Há quase 14 mil milhões de anos, o Universo em que vivemos foi criado num evento extraordinário a que chamamos Big Bang. Na primeira fracção de segundo, o Universo expandiu-se exponencialmente, esticando-se muito além da visão dos nossos melhores telescópios. Tudo isto, claro, era apenas teoria.
>>
>> Cientistas da colaboração BICEP2 anunciaram ontem a primeira evidência directa desta inflação cósmica. Os seus dados também representam as primeiras imagens de ondas gravitacionais, ou ondulações no espaço-tempo. Estas ondas têm sido descritas como os "primeiros tremores do Big Bang". Por fim, os dados confirmam uma profunda ligação entre a mecânica quântica e a relatividade geral.
>>
>> "A detecção deste sinal é um dos objectivos mais importantes da cosmologia. Chegámos a este ponto graças a muito trabalho, feito por muita gente," afirma John Kovac (Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica), líder da colaboração BICEP2.
>>
>> As ondas gravitacionais da inflação geram um padrão de torção, ténue mas distinto, na polarização da radiação cósmica de fundo, conhecido como modo-B. A imagem é o padrão observado com o telescópio BICEP2. As linhas mostram a força da polarização e a orientação de diferentes locais no céu. Os tons azul e vermelho mostram o grau de torção a favor e contra o movimento dos ponteiros do relógio.
>> Crédito: Colaboração BICEP2
>> (clique na imagem para ver versão maior)
>>
>> Estes resultados revolucionários vêm de observações da radiação cósmica de fundo pelo telescópio BICEP2 - um brilho fraco, relíquia remanescente do Big Bang. As minúsculas flutuações neste brilho fornecem pistas das condições do Universo primitivo. Por exemplo, pequenas diferenças de temperatura em todo o céu mostram partes mais densas do Universo, eventualmente condensando-se em galáxias e enxames galácticos.
>>
>> Uma vez que a radiação cósmica de fundo em microondas é uma forma de luz, ela exibe todas as propriedades da luz, incluindo polarização. Na Terra, a luz solar é espalhada pela atmosfera e torna-se polarizada, razão pela qual os óculos polarizados ajudam a reduzir o brilho. No espaço, a radiação cósmica de fundo foi espalhada por átomos e electrões e tornou-se também polarizada.
>>
>> "A nossa equipa procurou um tipo especial de polarização chamada 'modos-B', que representa uma torção ou padrão 'ondulatório' nas orientações polarizadas desta luz antiga," afirma Jamie Bock, co-líder do estudo (Caltech-JPL).
>>
>> As ondas gravitacionais apertam o espaço à medida que viajam, e esta compressão produz um padrão distinto na radiação cósmica de fundo. As ondas gravitacionais têm uma "lateralidade", tal como as ondas de luz, e podem ter polarizações "canhotas ou destras".
>>
>> "O padrão torcido do modo-B é uma assinatura única de ondas gravitacionais por causa da sua lateralidade. Esta é a primeira imagem directa de ondas gravitacionais no céu primordial," afirma Chao-Lin Kuo, também co-líder do estudo (Stanford/SLAC).
>>
>> A equipa examinou escalas espaciais no céu entre um a cinco graus (duas a dez vezes o diâmetro da Lua Cheia). Para tal, viajaram até ao Pólo Sul para tirar proveito do seu ar frio, seco e estável.
>>
>> O telescópio BICEP, localizado no Pólo Sul.
>> Crédito: Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica
>> (clique na imagem para ver versão maior)
>>
>> "É no Pólo Sul que se encontram as condições de observação mais parecidas com aquelas do espaço," afirma Kovac. "É um dos locais mais secos e mais limpos da Terra, perfeito para observar as fracas microondas do Big Bang."
>>
>> Ficaram surpresos ao detectar um sinal de polarização de modo-B consideravelmente mais forte que muitos cosmólogos esperavam. A equipa analisou os seus dados durante mais de três anos, num esforço de afastar quaisquer erros. Consideraram também se a poeira na nossa Galáxia podia produzir o padrão observado, mas os dados sugerem que isso é altamente improvável.
>>
>> "Era como procurar uma agulha num palheiro, mas em vez disso, encontrámos um pé-de-cabra," afirma Clem Pryke, também co-líder (Universidade de Minnesota).
>>
>> Quando lhe pediram para comentar sobre as implicações desta descoberta, o teórico de Harvard, Avi Loeb, disse: "Este trabalho oferece novas informações sobre algumas das nossas perguntas mais básicas: Porque é que existimos? Como é que o Universo começou? Estes resultados não são apenas uma prova derradeira da inflação do Universo, dizem-nos também quando é que ocorreu e quão poderoso foi o processo."
>>
>> Links:
>>
>> Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
>> 04/10/2013 - Herschel ajuda a encontrar sinais elusivos do início do Universo
>>
>> Notícias relacionadas:
>> Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (comunicado de imprensa)
>> Artigo científico (formato PDF)
>> Artigo científico - 2 (formato PDF)
>> Vídeo sobre inflação cósmica (Nature - via YouTube)
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>> Fonte. CCV Algarve
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