Re: ARLA/CLUSTER: Detectada na radiação cósmica de fundo em microondas a primeira evidência directa da inflação.
EA
ct1eew gmail.com
Terça-Feira, 18 de Março de 2014 - 08:11:32 WET
Bom dia,
http://www.youtube.com/watch?v=ZJYc9YmKIO8#t=31
http://astropt.org/blog/2014/03/17/inflacao-cosmica-descoberta-espetacular-confirma-teoria-do-big-bang
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Eduardo A.
CT1EEW-CT01110
enviado do meu MacBook Pro
No dia 18/03/2014, às 06:20, João Costa > CT1FBF <ct1fbf gmail.com> escreveu:
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> PRIMEIRA EVIDÊNCIA DIRECTA DA INFLAÇÃO CÓSMICA
> Há quase 14 mil milhões de anos, o Universo em que vivemos foi criado num evento extraordinário a que chamamos Big Bang. Na primeira fracção de segundo, o Universo expandiu-se exponencialmente, esticando-se muito além da visão dos nossos melhores telescópios. Tudo isto, claro, era apenas teoria.
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> Cientistas da colaboração BICEP2 anunciaram ontem a primeira evidência directa desta inflação cósmica. Os seus dados também representam as primeiras imagens de ondas gravitacionais, ou ondulações no espaço-tempo. Estas ondas têm sido descritas como os "primeiros tremores do Big Bang". Por fim, os dados confirmam uma profunda ligação entre a mecânica quântica e a relatividade geral.
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> "A detecção deste sinal é um dos objectivos mais importantes da cosmologia. Chegámos a este ponto graças a muito trabalho, feito por muita gente," afirma John Kovac (Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica), líder da colaboração BICEP2.
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> As ondas gravitacionais da inflação geram um padrão de torção, ténue mas distinto, na polarização da radiação cósmica de fundo, conhecido como modo-B. A imagem é o padrão observado com o telescópio BICEP2. As linhas mostram a força da polarização e a orientação de diferentes locais no céu. Os tons azul e vermelho mostram o grau de torção a favor e contra o movimento dos ponteiros do relógio.
> Crédito: Colaboração BICEP2
> (clique na imagem para ver versão maior)
> Estes resultados revolucionários vêm de observações da radiação cósmica de fundo pelo telescópio BICEP2 - um brilho fraco, relíquia remanescente do Big Bang. As minúsculas flutuações neste brilho fornecem pistas das condições do Universo primitivo. Por exemplo, pequenas diferenças de temperatura em todo o céu mostram partes mais densas do Universo, eventualmente condensando-se em galáxias e enxames galácticos.
>
> Uma vez que a radiação cósmica de fundo em microondas é uma forma de luz, ela exibe todas as propriedades da luz, incluindo polarização. Na Terra, a luz solar é espalhada pela atmosfera e torna-se polarizada, razão pela qual os óculos polarizados ajudam a reduzir o brilho. No espaço, a radiação cósmica de fundo foi espalhada por átomos e electrões e tornou-se também polarizada.
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> "A nossa equipa procurou um tipo especial de polarização chamada 'modos-B', que representa uma torção ou padrão 'ondulatório' nas orientações polarizadas desta luz antiga," afirma Jamie Bock, co-líder do estudo (Caltech-JPL).
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> As ondas gravitacionais apertam o espaço à medida que viajam, e esta compressão produz um padrão distinto na radiação cósmica de fundo. As ondas gravitacionais têm uma "lateralidade", tal como as ondas de luz, e podem ter polarizações "canhotas ou destras".
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> "O padrão torcido do modo-B é uma assinatura única de ondas gravitacionais por causa da sua lateralidade. Esta é a primeira imagem directa de ondas gravitacionais no céu primordial," afirma Chao-Lin Kuo, também co-líder do estudo (Stanford/SLAC).
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> A equipa examinou escalas espaciais no céu entre um a cinco graus (duas a dez vezes o diâmetro da Lua Cheia). Para tal, viajaram até ao Pólo Sul para tirar proveito do seu ar frio, seco e estável.
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> O telescópio BICEP, localizado no Pólo Sul.
> Crédito: Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica
> (clique na imagem para ver versão maior)
> "É no Pólo Sul que se encontram as condições de observação mais parecidas com aquelas do espaço," afirma Kovac. "É um dos locais mais secos e mais limpos da Terra, perfeito para observar as fracas microondas do Big Bang."
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> Ficaram surpresos ao detectar um sinal de polarização de modo-B consideravelmente mais forte que muitos cosmólogos esperavam. A equipa analisou os seus dados durante mais de três anos, num esforço de afastar quaisquer erros. Consideraram também se a poeira na nossa Galáxia podia produzir o padrão observado, mas os dados sugerem que isso é altamente improvável.
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> "Era como procurar uma agulha num palheiro, mas em vez disso, encontrámos um pé-de-cabra," afirma Clem Pryke, também co-líder (Universidade de Minnesota).
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> Quando lhe pediram para comentar sobre as implicações desta descoberta, o teórico de Harvard, Avi Loeb, disse: "Este trabalho oferece novas informações sobre algumas das nossas perguntas mais básicas: Porque é que existimos? Como é que o Universo começou? Estes resultados não são apenas uma prova derradeira da inflação do Universo, dizem-nos também quando é que ocorreu e quão poderoso foi o processo."
>
> Links:
>
> Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
> 04/10/2013 - Herschel ajuda a encontrar sinais elusivos do início do Universo
>
> Notícias relacionadas:
> Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (comunicado de imprensa)
> Artigo científico (formato PDF)
> Artigo científico - 2 (formato PDF)
> Vídeo sobre inflação cósmica (Nature - via YouTube)
> Stanford News
> NASA/JPL
> SPACE.com
> New Scientist
> Sky & Telescope
> Universe Today
> PHYSORG
> National Geographic
> Wired
> Forbes
> ars technica
> GIZMODO
> BBC News
> Reuters
> AstroPT
> Público
> Expresso
> Jornal i
>
> Universo:
> Universo (Wikipedia)
> Idade do Universo (Wikipedia)
> Estrutura a grande-escala do Universo (Wikipedia)
> Big Bang (Wikipedia)
> Cronologia do Big Bang (Wikipedia)
>
> Radiação cósmica de fundo:
> Wikipedia
>
> BICEP2:
> Página principal
> Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica
> Wikipedia
>
> Fonte. CCV Algarve
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