Re: ARLA/CLUSTER: VEM AÍ O COMETA ISON
Luís Garcia Filipe
afterhours36 gmail.com
Terça-Feira, 12 de Novembro de 2013 - 18:19:08 WET
Já vou lendo por ai, que o efeito do sol no ISON poderá ser uma dor de
cabeça aqui para bolinha azul.
Querem ver que os Maias enganaram-se por uns meses?
73,
CS7AEL
No dia 12 de Novembro de 2013 às 17:38, João Costa > CT1FBF <
ct1fbf gmail.com> escreveu:
> *VEM AÍ O COMETA ISON*
>
> Imediatamente depois da sua descoberta no final do Verão do ano passado,
> os meios de comunicação sensacionalistas diziam que o ISON seria o cometa
> do milénio. No momento em que é suposto passar mais próximo do Sol, no dia
> 28 de Novembro, espera-se que brilhe tanto quanto a Lua Cheia. E mesmo com
> as mais recentes previsões, o ISON pode ainda proporcionar um espectáculo
> de luzes bastante razoável em Dezembro.
>
> No início, os dois astrónomos amadores Vitaly Nevsky da Bielorrússia e
> Artyom Novichonok da Rússia viram apenas um fraco ponto de luz. Foi
> fotografado através de um telescópio de 40 centímetros da Rede Óptica
> Científica Internacional (em inglês, International Scientific Optical
> Network) a 21 de Setembro de 2012. Esta rede combinada, com a sigla ISON, é
> operada pela Academia Russa de Ciências, compreende observatórios em dez
> países e a sua tarefa é detectar novos objectos celestes. O ponto de luz
> avistado a 21 de Setembro acabou por não ser um asteróide, como
> inicialmente se assumia, mas um cometa. Eventualmente foi-lhe dada a
> designação oficial C/2012 S1 (ISON).
>
> Quando o ISON foi localizado, situava-se a cerca de mil milhões de
> quilómetros do Sol, isto é, para lá da órbita do planeta Júpiter. Os
> astrónomos calcularam a trajectória do cometa a partir de várias das suas
> posições. Descobriu-se assim que o ISON orbita numa hipérbole; portanto,
> deve ter sido catapultado das profundezas do espaço até ao interior do
> sistema planetário, e possivelmente até mesmo orbitando o Sol pela primeira
> vez.
> <http://www.nasa.gov/sites/default/files/ison-approach.jpg> O Cometa
> ISON brilha nesta exposição de cinco minutos obtida no Centro Aeroespacial
> Marshall da NASA no passado dia 8 de Novembro. A imagem tem um campo de
> visão de aproximadamente 1,5º por 1º e foi capturada usando uma CCD a cores
> acoplada a um telescópio de 14 polegadas. Nessa noite, o Cometa ISON
> encontrava-se a 156 milhões de quilómetros da Terra, dirigindo-se para um
> encontro íntimo com o Sol a 28 de Novembro. Localizado na constelação de
> Virgem, é agora visível através de um bom par de binóculos.
> Crédito: NASA/MSFC/Aaron Kingery
> (clique na imagem para ver versão maior)
>
> O facto de o ISON ser um "novato" deverá afectar tanto a sua forma como o
> seu brilho, pois o seu núcleo pode conter uma grande quantidade de material
> pristino que liberta gases quando se aproxima do Sol, reflectindo em
> correspondência muita luz. Em qualquer caso, uma característica especial
> deste cometa é a sua proximidade com o Sol.
>
> Esta proximidade é evidente pelo facto de que, no dia 28 de Novembro, o
> ISON passará pelo centro da nossa estrela a uns meros 1,8 milhões de
> quilómetros. Uma vez que o Sol tem um raio de apenas 700.000 quilómetros,
> isto significa que o cometa passará pela superfície borbulhante da estrela
> a uma distância de cerca de um milhão de quilómetros. O seu núcleo de gelo
> e rocha - os investigadores estimaram o diâmetro entre dois e cinco
> quilómetros - será submetido a forças de maré gigantescas e a um calor
> brutal.
>
> O Cometa ISON deve reagir a este "teste de stress" tornando-se muito
> activo, a superfície do seu núcleo deverá aquecer e deverá sublimar o
> material gelado (convertendo-o directamente do estado sólido para o estado
> gasoso), expelindo enormes plumas para o espaço e varrendo uma grande
> quantidade de poeiras. Como mencionado acima, isto afecta o seu brilho. Os
> astrónomos estão actualmente especulando sobre o assunto, bem como sobre se
> o ISON conseguirá sobreviver ao seu encontro ardente com o Sol.
>
> Há um ano atrás, as previsões optimistas assumiam que o seu brilho seria
> comparável ao da Lua Cheia no dia do periélio, ou seja, a sua maior
> aproximação com o Sol. Os cientistas pensam agora que é mais provável que
> seja tão brilhante quanto Vénus, que actualmente é visível como a "estrela
> da tarde" nos céus para Sudoeste. No entanto, no dia 28 de Novembro, o ISON
> estará muito perto do Sol no céu diurno - será por isso difícil de observar
> o seu brilho aparente, não importa quão grande seja.
> <http://observing.skyhound.com/ISON.png> Posição diária do Cometa ISON
> até dia 17 de Novembro.
> Crédito: Skyhound
> (clique na imagem para ver versão maior)
>
> Em meados de Agosto, foram novamente astrónomos amadores os primeiros a
> obter a primeira foto do ISON à medida que amanhecia. Por volta de 20 de
> Outubro passou pelo planeta Marte, cuja jornada tinha acompanhado durante
> algum tempo na constelação de Leão. Encontra-se actualmente com uma cauda
> claramente pronunciada na constelação de Virgem. O cometa pode já ser visto
> com binóculos poderosos, e deverá tornar-se visível a olho nu a partir de
> meados deste mês. Aproxima-se agora rapidamente do Sol. No início das
> manhãs de 24 e 25 de Novembro, o ISON encontrará o cometa 2P/Encke, a
> separação entre os dois será de apenas três diâmetros lunares (fase Cheia).
>
> A observação será difícil, pois o céu será banhado pela luz do amanhecer.
> A Lua Cheia será outro problema, que iluminará o palco do espectáculo. Nos
> dias que rondam o periélio, as observações serão prerrogativa de
> especialistas e observatórios espaciais como o STEREO.
>
> Se o ISON sobreviver a passagem pelo periélio a 28 de Novembro, vai passar
> a mover-se abruptamente na direcção Norte e será visível antes do
> nascer-do-Sol mesmo por cima do horizonte a Este. A distância ao Sol
> aumenta a cada dia que passa, a sua cauda deve alcançar o tamanho máximo e
> surgirá no horizonte mesmo antes do aparecimento da cabeleira do cometa.
> Entre 1 e 6 de Dezembro será possível observar o cometa ISON por volta das
> 7 da manhã.
>
> A partir do meio de Dezembro, o cometa aparecerá no céu ao lusco-fusco,
> muito baixo a Noroeste após o pôr-do-Sol. A sua cauda será agora muito
> achatada, quase paralela em relação ao horizonte, e o seu brilho decresce
> cada vez mais. É improvável que desempenhe o papel da impressionante
> "estrela de Belém", e na véspera de Natal o ISON tornar-se-á novamente um
> objecto para binóculos - embora no dia 27 de Dezembro o cometa atinja o seu
> ponto de maior aproximação com a Terra, passando a uma distância de 64
> milhões de quilómetros. A assinalar a passagem de ano, chegará ao fim o
> impressionante desempenho deste vagabundo do espaço exterior.
>
> *Links:*
>
> *Notícias relacionadas:*
> Instituto Max Planck (comunicado de imprensa)<http://www.mpg.de/7606933/comet-ISON>
> NASA<http://www.nasa.gov/content/goddard/timeline-of-comet-ison-s-dangerous-journey/#.UoIFUfm-2G4>
> Sky & Telescope<http://www.skyandtelescope.com/community/skyblog/observingblog/Comet-ISON-Updates-193909261.html>
> Skyhound <http://observing.skyhound.com/ISON.html>
>
> *Cometa ISON:*
> Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Comet_ISON>
> Centro de Planetas Menores da UAI<http://www.minorplanetcenter.org/db_search/show_object?object_id=C%2F2012+S1>
> Gary W. Kronk's Cometography<http://www.cometography.com/lcomets/2012s1.html>
> Stereo Science Center <http://stereo-ssc.nascom.nasa.gov/comet_ison/>
>
> *Cometa 2P/Encke:*
> Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Comet_Encke>
> Centro de Planetas Menores da UAI<http://www.minorplanetcenter.net/db_search/show_object?object_id=2P&commit=Show>
> Gary W. Kronk's Cometography <http://cometography.com/pcomets/002p.html>
>
> *Cometas:*
> Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Comet>
> NASA <http://solarsystem.nasa.gov/planets/profile.cfm?Object=Comets>
>
> Imediatamente depois da sua descoberta no final do Verão do ano passado,
> os meios de comunicação sensacionalistas diziam que o ISON seria o cometa
> do milénio. No momento em que é suposto passar mais próximo do Sol, no dia
> 28 de Novembro, espera-se que brilhe tanto quanto a Lua Cheia. E mesmo com
> as mais recentes previsões, o ISON pode ainda proporcionar um espectáculo
> de luzes bastante razoável em Dezembro.
>
> No início, os dois astrónomos amadores Vitaly Nevsky da Bielorrússia e
> Artyom Novichonok da Rússia viram apenas um fraco ponto de luz. Foi
> fotografado através de um telescópio de 40 centímetros da Rede Óptica
> Científica Internacional (em inglês, International Scientific Optical
> Network) a 21 de Setembro de 2012. Esta rede combinada, com a sigla ISON, é
> operada pela Academia Russa de Ciências, compreende observatórios em dez
> países e a sua tarefa é detectar novos objectos celestes. O ponto de luz
> avistado a 21 de Setembro acabou por não ser um asteróide, como
> inicialmente se assumia, mas um cometa. Eventualmente foi-lhe dada a
> designação oficial C/2012 S1 (ISON).
>
> Quando o ISON foi localizado, situava-se a cerca de mil milhões de
> quilómetros do Sol, isto é, para lá da órbita do planeta Júpiter. Os
> astrónomos calcularam a trajectória do cometa a partir de várias das suas
> posições. Descobriu-se assim que o ISON orbita numa hipérbole; portanto,
> deve ter sido catapultado das profundezas do espaço até ao interior do
> sistema planetário, e possivelmente até mesmo orbitando o Sol pela primeira
> vez.
> <http://www.nasa.gov/sites/default/files/ison-approach.jpg> O Cometa
> ISON brilha nesta exposição de cinco minutos obtida no Centro Aeroespacial
> Marshall da NASA no passado dia 8 de Novembro. A imagem tem um campo de
> visão de aproximadamente 1,5º por 1º e foi capturada usando uma CCD a cores
> acoplada a um telescópio de 14 polegadas. Nessa noite, o Cometa ISON
> encontrava-se a 156 milhões de quilómetros da Terra, dirigindo-se para um
> encontro íntimo com o Sol a 28 de Novembro. Localizado na constelação de
> Virgem, é agora visível através de um bom par de binóculos.
> Crédito: NASA/MSFC/Aaron Kingery
> (clique na imagem para ver versão maior)
>
> O facto de o ISON ser um "novato" deverá afectar tanto a sua forma como o
> seu brilho, pois o seu núcleo pode conter uma grande quantidade de material
> pristino que liberta gases quando se aproxima do Sol, reflectindo em
> correspondência muita luz. Em qualquer caso, uma característica especial
> deste cometa é a sua proximidade com o Sol.
>
> Esta proximidade é evidente pelo facto de que, no dia 28 de Novembro, o
> ISON passará pelo centro da nossa estrela a uns meros 1,8 milhões de
> quilómetros. Uma vez que o Sol tem um raio de apenas 700.000 quilómetros,
> isto significa que o cometa passará pela superfície borbulhante da estrela
> a uma distância de cerca de um milhão de quilómetros. O seu núcleo de gelo
> e rocha - os investigadores estimaram o diâmetro entre dois e cinco
> quilómetros - será submetido a forças de maré gigantescas e a um calor
> brutal.
>
> O Cometa ISON deve reagir a este "teste de stress" tornando-se muito
> activo, a superfície do seu núcleo deverá aquecer e deverá sublimar o
> material gelado (convertendo-o directamente do estado sólido para o estado
> gasoso), expelindo enormes plumas para o espaço e varrendo uma grande
> quantidade de poeiras. Como mencionado acima, isto afecta o seu brilho. Os
> astrónomos estão actualmente especulando sobre o assunto, bem como sobre se
> o ISON conseguirá sobreviver ao seu encontro ardente com o Sol.
>
> Há um ano atrás, as previsões optimistas assumiam que o seu brilho seria
> comparável ao da Lua Cheia no dia do periélio, ou seja, a sua maior
> aproximação com o Sol. Os cientistas pensam agora que é mais provável que
> seja tão brilhante quanto Vénus, que actualmente é visível como a "estrela
> da tarde" nos céus para Sudoeste. No entanto, no dia 28 de Novembro, o ISON
> estará muito perto do Sol no céu diurno - será por isso difícil de observar
> o seu brilho aparente, não importa quão grande seja.
> <http://observing.skyhound.com/ISON.png> Posição diária do Cometa ISON
> até dia 17 de Novembro.
> Crédito: Skyhound
> (clique na imagem para ver versão maior)
>
> Em meados de Agosto, foram novamente astrónomos amadores os primeiros a
> obter a primeira foto do ISON à medida que amanhecia. Por volta de 20 de
> Outubro passou pelo planeta Marte, cuja jornada tinha acompanhado durante
> algum tempo na constelação de Leão. Encontra-se actualmente com uma cauda
> claramente pronunciada na constelação de Virgem. O cometa pode já ser visto
> com binóculos poderosos, e deverá tornar-se visível a olho nu a partir de
> meados deste mês. Aproxima-se agora rapidamente do Sol. No início das
> manhãs de 24 e 25 de Novembro, o ISON encontrará o cometa 2P/Encke, a
> separação entre os dois será de apenas três diâmetros lunares (fase Cheia).
>
> A observação será difícil, pois o céu será banhado pela luz do amanhecer.
> A Lua Cheia será outro problema, que iluminará o palco do espectáculo. Nos
> dias que rondam o periélio, as observações serão prerrogativa de
> especialistas e observatórios espaciais como o STEREO.
>
> Se o ISON sobreviver a passagem pelo periélio a 28 de Novembro, vai passar
> a mover-se abruptamente na direcção Norte e será visível antes do
> nascer-do-Sol mesmo por cima do horizonte a Este. A distância ao Sol
> aumenta a cada dia que passa, a sua cauda deve alcançar o tamanho máximo e
> surgirá no horizonte mesmo antes do aparecimento da cabeleira do cometa.
> Entre 1 e 6 de Dezembro será possível observar o cometa ISON por volta das
> 7 da manhã.
>
> A partir do meio de Dezembro, o cometa aparecerá no céu ao lusco-fusco,
> muito baixo a Noroeste após o pôr-do-Sol. A sua cauda será agora muito
> achatada, quase paralela em relação ao horizonte, e o seu brilho decresce
> cada vez mais. É improvável que desempenhe o papel da impressionante
> "estrela de Belém", e na véspera de Natal o ISON tornar-se-á novamente um
> objecto para binóculos - embora no dia 27 de Dezembro o cometa atinja o seu
> ponto de maior aproximação com a Terra, passando a uma distância de 64
> milhões de quilómetros. A assinalar a passagem de ano, chegará ao fim o
> impressionante desempenho deste vagabundo do espaço exterior.
>
> *Links:*
>
> *Notícias relacionadas:*
> Instituto Max Planck (comunicado de imprensa)<http://www.mpg.de/7606933/comet-ISON>
> NASA<http://www.nasa.gov/content/goddard/timeline-of-comet-ison-s-dangerous-journey/#.UoIFUfm-2G4>
> Sky & Telescope<http://www.skyandtelescope.com/community/skyblog/observingblog/Comet-ISON-Updates-193909261.html>
> Skyhound <http://observing.skyhound.com/ISON.html>
>
> *Cometa ISON:*
> Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Comet_ISON>
> Centro de Planetas Menores da UAI<http://www.minorplanetcenter.org/db_search/show_object?object_id=C%2F2012+S1>
> Gary W. Kronk's Cometography<http://www.cometography.com/lcomets/2012s1.html>
> Stereo Science Center <http://stereo-ssc.nascom.nasa.gov/comet_ison/>
>
> *Cometa 2P/Encke:*
> Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Comet_Encke>
> Centro de Planetas Menores da UAI<http://www.minorplanetcenter.net/db_search/show_object?object_id=2P&commit=Show>
> Gary W. Kronk's Cometography <http://cometography.com/pcomets/002p.html>
>
> *Cometas:*
> Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Comet>
> NASA <http://solarsystem.nasa.gov/planets/profile.cfm?Object=Comets>
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
--
Cumprimentos;
Luís Filipe Garcia S.
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