Re: ARLA/CLUSTER: Como elaborar um Relatório de Recepção para emissoras de Onda Curta
CT1GZB - José Luís Proença
ct1gzb netcabo.pt
Terça-Feira, 29 de Janeiro de 2013 - 16:33:16 WET
Obrigado João.
Então, presumo que o relatório de recepção para de estações em LW seja igual
às de SW.
73 de José Luís Proença, Operador do Pôsto Emissôr CT1GZB
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REP # 1418
SKCC # 8178
CT-QRP # 058
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-----Mensagem Original-----
From: João Gonçalves Costa
Sent: Tuesday, January 29, 2013 12:46 PM
To: CLUSTER (cluster radio-amador.net)
Subject: ARLA/CLUSTER: Como elaborar um Relatório de Recepção para emissoras
de Onda Curta
As emissoras de ondas curtas geralmente precisam de se informar da forma
como seus sinais alcançam as áreas-alvo de suas emissões. A respeito disso,
as emissoras solicitam a seus ouvintes o envio de relatórios sobre a
qualidade da recepção. A informação contida nesses relatórios é utilizada
para verificar se a frequência usada é apropriada, se há interferência, se a
qualidade da recepção é satisfatória, etc.
Um relatório de recepção deve incluir alguns dados técnicos da transmissão
tais como horário, data, frequência, além de detalhes suficientes dos
programas transmitidos para comprovar que o ouvinte que enviou o relatório
escutou realmente os programas. As emissoras confirmam os relatório de
recepção enviando cartões QSL ao ouvinte.
A seguir, dão-se algumas dicas básicas para a elaboração de relatório de
recepção para serem enviados às emissoras internacionais de ondas curtas,
com os principais itens que devem constar dos mesmos:
Data: a data na qual a emissão ocorreu, escrita por extenso; deve-se evitar
a notação reduzida, por esta possuir diferentes interpretações, dependendo
do país. Por exemplo, seja uma data expressa no formato reduzido:
03/06/1999. Em certos países da Europa e da América do Sul esta data
significa 3 de junho de 1999, enquanto que na América do Norte significa 6
de março de 1999.
Hora: devido ao fato de a audiência das emissoras internacionais estar
espalhada por todo o mundo, uma referência de tempo comum é requerida.
Costuma ser usado o Tempo Universal Coordenado, abreviado de UTC, adotado
pela União Internacional de Telecomunicações em 1979. O termo Greenwhich
Mean Time, abreviado de GMT, é ainda anunciado por algumas estações, mas
nenhuma conversão é necessária, pois ambos os termos (UTC e GMT) são
cambiáveis entre si; há uma diferença de frações de segundo entre um e
outro, mas que na prática é irrelevante. Consulte uma tabela de conversão
horária ( http://www.geocities.ws/lenildo.geo//timechart.htm ), para
converter o horário de sua localidade (hora local) para horário UTC, caso
haja alguma dúvida.
Frequência ou Faixa: a frequência indicada no dial, ou indicada no mostrador
no caso dos receptores digitais, pela qual escutou-se a emissora, expressa
geralmente em quilohertz (kHz). Se a frequência for indicada no relatório,
não há a necessidade de indicar a faixa (o comprimento de onda)
correspondente. Em casos particulares, quando o dial tiver sido calibrado em
comprimentos de onda ao invés de ter sido calibrado em frequências, ou
quando o dial dificulta a leitura da frequência aproximada, opta-se por
indicar a faixa, expressa em metros. A conversão entre o comprimento de onda
e a frequência é simples (veja a tabela de conversão de kHz para metros para
mais detalhes( http://www.geocities.ws/lenildo.geo//chartmetres.htm ).
Receptor: o tipo de receptor que é utilizado pelo ouvinte. De um modo geral,
somente o modelo e marca do receptor precisam ser indicados no relatório.
Contudo, o receptor pode ser de uma marca não conhecida no país para o qual
é enviado o relatório. Dessa forma, informações adicionais são necessárias:
se o receptor possui somente ondas curtas ou também ondas médias e/ou
frequência modulada, se o receptor é portátil ou de comunicações, quantas
faixas de ondas curtas o receptor possui, etc.
Antena: a antena utilizada com o receptor. Os modelos portáteis possuem uma
antena telescópica embutida; contudo, caso seja utilizada alguma espécie de
antena externa, seu tipo precisa ser mencionado: se é do tipo L-invertida,
dipolo, de fio longo, etc. Caso o ouvinte use uma antena "exótica", como por
exemplo um fio acoplado à armação metálica de uma janela, torna-se
necessário fazer uma descrição adequada.
Código de Avaliação da Recepção: além dos dados técnicos acima descritos, a
emissão precisa ser classificada quanto à qualidade da recepção, com o uso
de um critério de avaliação expresso por meio de um código apropriado. Um
exemplo consiste no uso do código SINPO (existe também uma variante muito
mais completa denominado código SINPFMO, ver anexo), amplamente utilizado
pelas emissoras internacionais de ondas curtas. Uma variante simplificada
deste código, adotada por algumas emissoras, é o código SIO.
Detalhes do Programa: esta parece ser a parte mais variável de um relatório
de recepção. Aqui o ouvinte indica os detalhes mais relevantes dos programas
escutados, porém não apenas o título de cada programa transmitido. Por
exemplo, caso o ouvinte escute um programa hipotético sobre
telecomunicações, deve-se indicar no relatório, além do título, o nome do
apresentador e alguns dos temas abordados. A quantidade de detalhes
dependerá basicamente da inteligibilidade da emissão e do grau de
conhecimento por parte do ouvinte do idioma usado (por exemplo, idiomas
pouco difundidos como quéchua ou hausa).
Comentários sobre a programação: este é o critério mais subjetivo de todos,
pois o ouvinte faz seus comentários com relação à programação escutada. As
emissoras estão interessadas na opinião do ouvinte sobre os programas
elaborados (se o programa foi ou não interessante, se deveria ter sido
abordado certo tema, se o tempo disponível é adequado, etc).
Observações: qualquer informação que o ouvinte considerar importante, e não
se enquadrar em quaisquer dos critérios acima.
Além dos tópicos listados acima, o ouvinte precisa indicar seu nome e
endereço no relatório de recepção, de forma que possa receber uma resposta
da emissora. Deve ser escrito de uma forma legível, de forma que possa ser
facilmente compreendido por quem vai analisar o relatório na emissora. Evite
assinar o relatório ao invés de escrever seu nome normalmente, pois
assinaturas em geral são difíceis de serem decifradas.
Os relatório de recepção elaborados devem ser enviados para o endereço que é
utilizado para o envio de correspondências à emissora, em geral divulgado
durante a programação. Certas emissoras aceitam o recebimento de relatório
de recepção enviados via correio eletrônico (e-mail). Contudo, algumas
destas emissoras enviam a confirmação do relatório também via correio
eletrônico, o que não é interessante para quem deseja receber um cartão QSL
como confirmação do relatório. Algumas emissoras que possuem sites na
Internet dispõem de formulários on-line para envio de i relatórios via
Internet, de modo similar ao envio de relatório por e-mail, porém com os
campos a preencher previamente indicados no formulário.
Fonte: SWL-DX por Lenildo C. Silva (adaptado ao português de Portugal por
João Costa (CT1FBF)
Em Anexo: Relatório de Recepção de autoria de CT1FBF e CT0 1035, e Códigos
SINPO e SINPFMO
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