ARLA/CLUSTER: Fim-de-semana com chuva de estrelas graças às Perseidas

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sábado, 10 de Agosto de 2013 - 20:41:04 WEST


Lusa

10/08/2013 - 08:23

Fenómeno atingirá o pico na segunda-feira à noite. Locais longe da
cidade, sem luz artificial, serão os melhores para a observação.
Anualmente, há vários fenómenos de chuva de estrelas como além das
Perseidas

A passagem da Terra pela órbita do cometa Swift-Tuttle origina a chuva
de estrelas cadentes Perseidas, que pode ser visível a olho nu neste
fim-de-semana e na segunda-feira, o dia com maior actividade.

O fenómeno repete-se anualmente por esta altura e pode ser observado à
vista desarmada, durante a noite, com céu limpo e muito escuro, fora
das cidades.

As previsões meteorológicas apontam para que haja “condições óptimas”
de visibilidade das Perseidas, diz Rui Agostinho, director do
Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).

As Perseidas têm o seu pico de actividade na segunda-feira, quando se
poderá ver uma média de 110 meteoros por hora a atingirem a atmosfera
terrestre. Contudo, sábado e domingo à noite podem ser vistos a olho
nu uma média de 80 a 90 meteoros por hora, adianta Rui Agostinho. No
céu, a chuva de estrelas cadentes ou meteoros surge como uma série de
rasgos luminosos.

De acordo com o OAL, as Perseidas são popularmente conhecidas como
Lágrimas de São Lourenço, em homenagem ao santo festejado a 10 de
Agosto. O seu nome científico deve-se ao ponto do céu de onde parece
vir, localizado acima da constelação de Perseus.

A chuva de estrelas cadentes, cientificamente designada como chuva de
meteoros, acontece quando a Terra cruza um enxame de meteoróides,
neste caso na órbita do cometa Swift-Tuttle.

Os meteoros, segundo o portal do OAL, são fenómenos luminosos
resultantes da entrada na atmosfera da Terra de um corpo sólido
proveniente do Espaço. O corpo aquece, ioniza a atmosfera e deixa um
rasto de luz.

Os meteoróides são “objectos sólidos que se deslocam no Espaço
interplanetário”, com “dimensões consideravelmente mais pequenas do
que as de um asteróide e bastante maiores do que as de um átomo ou
molécula”. Quando entram na atmosfera terrestre passam a ser
designados de meteoros.

O Observatório Astronómico de Lisboa refere que há registo das
Perseidas desde os séculos VIII, IX e X. Porém, só em 1835 é que o
astrónomo belga Adolphe Quetelet (1796-1874) mostrou que este fenómeno
era regular.

Na lista de chuvas de estrelas cadentes mais importantes figuram, além
das Perseidas, as Quadrântidas, as Leónidas e as Gemínidas, com picos
de actividade a 4 de Janeiro, 18 de Novembro e 14 de Dezembro,
respectivamente.

As Gemínidas não estão associadas a um cometa, mas ao asteróide (corpo
rochoso e metálico) Faetonte.



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