ARLA/CLUSTER: PREPARE-SE PARA AS PERSEÍDAS DE 2013,noites de 11-12 e 12-13 de Agosto
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 9 de Agosto de 2013 - 08:34:55 WEST
*PREPARE-SE PARA AS PERSEÃDAS DE 2013*
Uma eterna favorita entre astrónomos, a chuva de meteoros das PerseÃdas faz
o seu retorno anual nas noites de 11-12 e 12-13 de Agosto.
Este ano, a chuva de meteoros das PerseÃdas atinge o seu pico quando não há
quase Lua, proporcionando um céu escuro para os espectadores noctÃvagos e
contadores de estrelas cadentes. A fina Lua Crescente põe-se cedo, por isso
interfere pouco no evento deste ano.
<http://antwrp.gsfc.nasa.gov/apod/image/0508/perseidMeteors_bruenjes_big.jpg>Os
meteoros que aqui se vêm, ao retraçar os seus percursos, vão dar ao
radiante, localizado na constelação de Perseu.
Crédito: Fred Bruenjes
(clique na imagem para ver versão maior)
A Terra deve passar pela parte mais densa do fluxo de meteoros durante
algumas horas do dia 12, por volta das 19-20:00 (hora de Portugal). Isto
significa que o pico da chuva divide a diferença entre as primeiras horas
de 12 de Agosto e as primeiras horas de dia 13, para nós cá na Europa. Por
isso, o número que contar em cada destas noites, mesmo em condições ideais
(sem poluição luminosa e com o radiante quase na sua altura máxima) pode
não coincidir com o pico previsto pela Organização Internacional de
Meteoros de 100 por hora. Mas as surpresas podem sempre acontecer.
Algumas PerseÃdas aparecem a partir das 21:00, mas são sempre melhores a
partir das 23 horas ou meia-noite, até ao amanhecer. É quando o radiante da
chuva a Norte de Perseu sobe no céu a Nordeste. Ou, dito de outra forma, é
quando o nosso lado da Terra se vira mais directamente para o fluxo de
meteoros.
Estas "estrelas cadentes" são na realidade detritos do Cometa
109P/Swift-Tuttle. Riscando a atmosfera superior da Terra a uns
relativamente rápidos 60 km/s, criam plasma superaquecido (moléculas
ionizadas de ar) ao longo do seu caminho. Este gás incandescente, que
inclui vapor da partÃcula em incineração, cria os riscos momentâneos de luz
que vemos no céu.
As partÃculas maiores criam estrelas cadentes maiores. Os cientistas
descobriram que as PerseÃdas são mais ricas nestas "bolas de fogo" do que
qualquer outra chuva. Além disso, o brilho médio de cada meteoro tem uma
magnitude de-2,7, em comparação com -2,0 das GeminÃdeas (uma bola de fogo é
qualquer meteoro com magnitude superior ou igual a -4,0).
<http://science.nasa.gov/media/medialibrary/2013/07/26/histogram.gif>Desde
2008, as PerseÃdas produziram mais bolas de fogo do que qualquer outra
chuva anual. As GeminÃdeas vêm em segundo lugar, mas não são tão brilhantes
como as PerseÃdas.
Crédito: NASA/Meteoroid Environment Office
(clique na imagem para ver versão maior)
O Cometa Swift-Tuttle tem um enorme núcleo, cerca de 26 km em diâmetro. A
maioria dos outros cometas são muito mais pequenos, com apenas alguns
quilómetros de diâmetro. Como resultado, o Swift-Tuttle produz um maior
número de meteoros, muitos dos quais são grandes o suficiente para produzir
bolas de fogo.
Duas chuvas muito mais fracas estão também activas nesta época do ano, as
Delta Aquáridas e as Kappa CygnÃdeas.
Observar meteoros é muito fácil! Encontre um local com um céu aberto e sem
luzes brilhantes. Deite-se numa cadeira reclinável ou no chão,
aconchegue-se numa manta ou num saco-cama, protegido dos mosquitos e do
frio, e observe as estrelas. Combine uma noitada com um ou mais amigos, e
observem em direcções opostas para aumentar as hipóteses de avistarem
meteoros. Pode esperar uma média de uma PerseÃda por minuto sob boas
condições, menos se tiver poluição luminosa significativa. Pode também
trazer um par de binóculos para examinar aqueles rastos deixados por
maiores bolas de fogo, que podem persistir durante alguns segundos no céu.
Esteja atento aos sons. Será que consegue "ouvir" meteoros? A Ciência
diz-nos que os sons não viajam pela ténue atmosfera acima dos 50 km, mas no
entanto relatos de meteoros audÃveis como um silvo ou uma crepitação
persistem. Será apenas uma ilusão? Cientistas em 1988 estudaram este
fenómeno, que por vezes é também relatado durante auroras. O culpado pode
ser a produção localizada de ruÃdos electrofónicos pela radiação
electromagnética de frequência muito baixa. Em todo o caso, até pode usar
um rádio para detectar meteoros.
Os meteoros podem também ter cor. Verde é o tom mais comum. Se tiver gosto
por fotografia, pode tirar longas exposições.
As PerseÃdas foram especialmente notáveis na década de 1990, aquando do
regresso mais recente do Swift-Tuttle, mas desde então voltaram à sua
aparência normal. O cometa tem passagem prevista pelo Sistema Solar
interior em meados da década de 2120.
*Links:*
*PerseÃdas:*
Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Perseids>
spacedex <http://www.spacedex.com/perseids>
NASA<http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2013/26jul_perseids/>
*Chuva de meteoros:*
Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Meteor_shower>
Organização Internacional de Meteoros <http://www.imo.net/>
E-book "Shooting Stars" (formato
PDF)<https://secure-site.ckmedia.com/content_downloads/SKY_ebook_Meteors.pdf>
Meteoros audÃveis <http://www.meteorobs.org/bagnall/audible.htm>
Use um rádio para detectar
meteoros<http://www.skyscan.ca/meteor_radio_detection.htm>
*Cometa Swift-Tuttle:*
Wikipedia <http://en.wikipedia.org/wiki/Swift-Tuttle>
Centro de Planetas Menores da
UAI<http://www.minorplanetcenter.net/db_search/show_object?object_id=109P&commit=Show>
JPL/NASA <http://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi?sstr=109P>
Fonte:Núcleo de astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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