RE: ARLA/CLUSTER: Espanha tem um novo regulamento para o serviço de amador

CT1BAT ct1bat gmail.com
Sexta-Feira, 2 de Agosto de 2013 - 11:36:48 WEST


Colegas,

Como sempre o colega Vilela foi, por demais, esclarecedor.

É a diferença entre quem fala do que sabe e os bitaites…

Obrigado colega Vilela.

Permitam-me a expressão, sem ofensas: sentem-se e aprendam! Eu já estou
sentado…

Um  abraço a todos os que arriscam a dar a sua opinião.

73 from

José Machado – CT1BAT

 

De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de AV
Enviada: 2 de agosto de 2013 11:22
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Espanha tem um novo regulamento para o serviço de
amador

 

Caro M. Luis,

Admito que não tenha ainda entendido o alcance dos vossos comentários, mas
posso tentar explicar um pouco melhor o meu.

Espanta-me um pouco tanta sanha contra a CEPT cujas recomendações têm como
principal consequência facilitar-nos a vida.

Aquilo a que os colegas chamam os "professores europeus" não é mais do que
uma organização sem poder legislativo contituida por todas as ANACOMS da
Europa, onde se incluem a portuguesa e a espanhola, e por elas influenciada.
A influência que a CEPT tem sobre o radioamadorismo de cada país é mínima e
indirecta. Para cada país, A CEPT não define classes, não define conteúdos
de exames, não define nada.
As administrações não têm que satisfazer as recomendações. Fazem-no apenas
se quiserem e quando tal for conveniente. As múltiplas classes de
radioamadorismo já existem em todas as nações do mundo há décadas, bem antes
de a CEPT existir.

O obejctivo das recomendações da CEPT que dão origem às suas "licenças" não
são regular o acesso dos cidadãos NACIONAIS ao radioamadorismo, mas sim
estabelecer uma base de reconhecimento mútuo internacional de licenças com
vista a permitir que os cidadãos europeus possam operar EM OUTROS PAÍSES com
as suas licenças nacionais.

No seu caso, caro M. Luis, significa que se o colega for em passeio até ao
centro da Europa, terá que desligar o seu radiozito ao passar a fronteira
com a Espanha e só o poderá voltar a ligar já na Alemanha, enquanto os
nossos colegas das classes 1, A e B poderiam continuar a operar sem qualquer
restrição, atravessando a Espanha e a França.
Se o colega acha isto progressista, está no seu direito, a mim parece-me um
passo atrás numa Europa que está a andar para a frente.

Quanto aos radioamadores espanhóis, concerteza eles ficarão contentes porque
têm a vida facilitada, DEPOIS de fazerem o exame da classe 1. Lá não há
classes de nível inferior o que significa que para se ser radioamador tem
que se saber mesmo da poda, tiristores e tudo. Não há período de
aprendizagem, de desenvolvimento, de preparação assistida, nada.
Ou se sabe ou não se sabe, e é para a classe 1. O que se sabe tem que ser
aprendido sem tocar num rádio.

Acredito que o colega M. Luis, como muitos outros, não teria problemas em
candidatar-se à primeira para a Classe 1 e passar no exame, mas acredite que
há muitos colegas nossos que tremeriam como varas verdes só de pensar nisso.
Talvez faça sentido fazer como os espanhóis, criar uma classe única e
nivelar por cima. Talvez não. Essa não é a nossa tradição nem a da grande
maioria dos países de todo o mundo, mas na verdade toda a sociedade,
incluindo a dos radioamadores está a mudar a passos largos. É um bom tema
para discussão.

Último comentário: O radioamadorismo não tem definição diferente em Espanha
do que tem no resto do mundo, nem poderia ter. Leia bem o texto que citou:
"... la actividad de los radioaficionados, caracterizada por sus objetivos
de pura intercomunicación entre personas que se interesan por la
experimentación técnica y de propagación radioeléctrica sin ánimo de
lucro... "
Onde é que eu já li isto?

73,
António Vilela
CT1JHQ





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