RE: ARLA/CLUSTER: Fórmula Delta Loop em metros

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Quarta-Feira, 26 de Setembro de 2012 - 10:18:05 WEST


Parabéns Renato (CS7ABR) por este teu excelente post.

Gostei particularmente desta grande verdade, em que sempre acreditei e que nos deve fazer pensar a todos pois que na pratica nos acontece todos os dias e em diferentes áreas; "Só em antenas de dimensões pequenas (para cima dos GHz) é que as aproximações teóricas elaboradas por programas NEC são boas. Para antenas grandes, de HF, são uma perda de tempo, acreditai."

Por mim à muito que os modelos teóricos só são exatos em condições ideais, que na pratica nunca se verificam.


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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Renato Encarnação
Enviada: terça-feira, 25 de Setembro de 2012 21:39
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Fórmula Delta Loop em metros

Pois.

Mas aí é que está a beleza da questão!

É que nada obriga a que a antena se apresente como uma carga de 50 ohm!!
Pode ficar lá perto, não pode? Vá, nos 55 ou nos 45 ohm...

Seguindo os manuais da ICOM, os andares finais dos rádios deles ficam satisfeitos com um VSWR menor que 1.5:1. Em termos "académicos", podia admitir que este valor "limita" a largura de banda da antena, "por definição".

Isto dá uma gama de impedâncias entre 37,5 ohm e 75 ohm.

Se a antena ficar com um valor de Z ali no meio, tanto melhor, nem me maço mais.
Claro que me interessa que fique próxima de 50 ohm.
Mas para isso serve o alicate de corte...

Terminando, e para refrescar algumas cabeças quentes: a teoria, a exactidão e a precisão são muito bonitas, mas no que toca a antenas, a teoria só explica o funcionamento delas, e os modelos teóricos só servem para condições ideais, onde se pode prever uma (quase sempre má) aproximação dos parâmetros actuais da antena.

Vejamos:
- As equações de Maxwell para o electromagnetismo referem-se indirectamente à constante dieléctrica e à permeabilidade magnética do vácuo. No ar são um pouco diferentes, mas consideram-se iguais.
- Devido ao ponto anterior, a impedância característica do meio aereo (raiz quadrada da permeabilidade magnética a dividir pela constante dieléctrica do ar) varia constantemente.
- Consideram-se condutores perfeitos (resistividade zero) e dieléctricos também perfeitos (condutividade zero).
- Considera-se um espaço dieléctrico infinito (um pouco diferente aqui na Terra...)
- entre outros aspectos...

Só em antenas de dimensões pequenas (para cima dos GHz) é que as aproximações teóricas elaboradas por programas NEC são boas. Para antenas grandes, de HF, são uma perda de tempo, acreditai.

Se um dipolo de 80m trabalhar bem no vosso QTH, montado na casa do vizinho, montado da mesma maneira, à mesma altura e tudo quase igual, fica completamente diferente.

73 es GL de CS7ABR
Renato

No dia 25 de Setembro de 2012 19:58, <ct1hix  sapo.pt> escreveu:
Boas
Nesse caso não...
Mas existe uma enorme variedade de RG´s 59 no mercado, com caracteristicas bastante diferentes, que podem fazer a diferença entre sair um transformador de Z de 2:1 e outra coisa qualquer.
Gomes op. CT1HIX
http://www.ct1hix.webs.com/
Quoting Renato Encarnação <ct7abr  gmail.com>:
Bem...
 
Não é critico no sentido de ser, vejamos, 0.66, ou 0.65, ou 0.64.
Ou seja, a tolerância das características dos cabos.
 
73, Renato
No dia 25 de Setembro de 2012 19:49, <ct1hix  sapo.pt> escreveu:
Boas
Não é critico?
Se não me enganei nas contas usar um cabo com factor de velocidade de 0,66 ou um de 0,82 dá uma diferença em 80 metros de cerca de4 metros. Não me parece que seja assim tão pouco...
 
Gomes op. CT1HIX
http://www.ct1hix.webs.com/
Quoting Renato Encarnação <ct7abr  gmail.com>:
Boas.
 
Agora, boas notícias. Isso só é muito crítico quando se fala de frequências altas.
Para HF, vai ver que mais centímetro ou menos centimetro, não faz diferença nenhuma.
 
73, Renato
No dia 25 de Setembro de 2012 14:56, João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt> escreveu:
Por experiencia própria, pois a coisa varia mesmo dentro da mesma marca e referencia do cabo coaxial , o melhor mesmo é determinar o fator de velocidade através de um analisador de antenas.

O fator de velocidade do cabo coaxial depende da constante dielétrica do isolante usado para separar o condutor interno da blindagem, (infelizmente estes, dielétrico; condutor interno e blindagem, variam as suas características com o passar do tempo)  e corresponde à razão entre a velocidade com a qual a energia elétrica circula nesse cabo e a velocidade da luz no ar.  Os fatores de velocidade mais comuns para cabos coaxiais são: 0,66 em cabos com isolamento a polietileno, e 0,82 em cabos com polietileno expandido. Na linha aberta ou fita este variam entre 0,85 e 0,95.

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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Gomes
Enviada: terça-feira, 25 de Setembro de 2012 12:19
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Fórmula Delta Loop em metros

Boas
Uma tabela com alguns cabos em http://py2mok.tripod.com/leo-tabela.htm
Dá para ter uma ideia.

73 Gomes op: CT1HIX
www.ct1hix.webs.com
Em 24-09-2012 20:46, Renato Encarnação escreveu:
Atenção às linhas abertas, elas radiam se estiverem desequilibradas.

E atenção também ao factor de velocidade, o factor 0,66 corresponde a um cabo coaxial COM DIELÉCTRICO A POLYESTER!! (RG58, 59, 213 barato).

Diferentes dieléctricos terão diferentes factores de velocidade.
Se for "polyester foam", por exemplo, já é perto dos 0,80 , não sei ao certo.

Uma linha aberta tem factor de velocidade próximo de 1.

73, Renato




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