ARLA/CLUSTER: Para rir, ou talvez no ...
Filipe Pereira - CR7AFP
cr7afp gmail.com
Tera-Feira, 23 de Outubro de 2012 - 19:07:27 WEST
Boa tarde ilustres colegas.
Realmente é de lamentar que assim escreva quem deveria ter obrigação de
saber comunicar.
Na realidade se analisarmos o conteúdo do anuncio, para além dos pontapés na
gramática e facadas na ortografia temos também algo que me parece relevante;
O colega está vender um amplificador linear de 800w que anuncia que também
trabalha nos 11mts ( CB ou serviço Rádio Pessoal ) para além das outras
bandas de HF, além de promover uma ilegalidade não esqueçamos também que
este linear só pode ser operados por colegas com Categoria A,B e 1 na sua
potência total ou categoria 2 até aos 200w.
Votos de uma boa semana todos !
( Em bom Português )
73
--
Cordiais cumprimentos,
Filipe Pereira – CR7AFP <http://www.qrz.com/db/CR7AFP>
ARAM #085
ARBA #797
REP #1969
From: Afonso Marques <amarques guiatel.pt>
Reply-To: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER <cluster radio-amador.net>
Date: Tue, 23 Oct 2012 17:55:59 +0100
To: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER <cluster radio-amador.net>
Subject: RE: ARLA/CLUSTER: Para rir, ou talvez não...
Tem toda a razão colega Filipe . Sou um , mais ou menos, leitor assíduo
dessa rubrica e vi o anúncio , claro, mas não me pronunciei se não viriam
logo, provavelmente, alguns colegas a falar do tal elitismo, que não é nada
disso , mas apenas um pedido , uma exigência , de que haja um mínimo de
decência na escrita de alguém a quem deram uma licença de radioamador . Eu
não me quero rever nesse grupo !
73
CT1RH
De: cluster-bounces radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces radio-amador.net] Em nome de Filipe Ferreira
Enviada: terça-feira, 23 de Outubro de 2012 17:44
Para: cluster radio-amador.net
Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: Para rir, ou talvez não...
Importância: Alta
Deixo-vos conforme encontrei no forum radioamadores.net:
"tenho para venda um alfa lima de 800w cumo nobo600€ que fas a banda dos
10m11m15m20m30m40m80m maes radios da cb e antenas abante 170 noba150€ antena
vertical que fas 10m 15m 20m 30m 40m 160€"
É de um radioamador, indicativo e identificação não divulgo.
Não sou elitista e não exijo que os radioamadores conjugem correctamente os
verbos como o Fazer, que escrevam devidamente os pronomes e adjectivos.
- Mas haja decência!
Como é que alguém que se expressa desta forma conseguiu passar no exame de
radioamador?
Se isto é assim na língua portuguesa, então a matemática das fórmulas, a
electricidade, a radioelectricidade, etc.?
E a moderação do Radioamadores.Net, não poderá fazer nada para evitar estas
"vergastadas habituais" na nossa língua mãe?
- Depois disto só me apetece é fazer DX, que vergonha para os CTs!
CT1DDW - Filipe Ferreira
> From: joao.a.costa ctt.pt
> To: cluster radio-amador.net
> Date: Wed, 19 Sep 2012 11:29:20 +0100
> Subject: ARLA/CLUSTER: Qual é a melhor polarização ...?
>
>
> GRUPO BRASIL DE VHF E UHF DX SOBRE A ESCOLHA DA POLARIZAÇÃO DE ANTENAS NO
CSA144 Por Carlos Alberto Laimgruber - PY2HCD
>
> 07-03-2009
>
> Pesquisa efetuada pelo GBVUDX mostrou que a maioria dos participantes opta
pelo uso da polarização vertical e não horizontal nos concursos.
>
> Não levando em consideração a eficiência de cada uma delas, assunto discutido
abaixo, é fato consumado que, assim como o FM, a polarização vertical é
responsável pelo grande número de contatos efetuados nos concursos.
>
> Nunca foi minha intenção promover esta ou aquela polarização de antenas, mas
sim um padrão único no Brasil, e agora na América Latina.
>
> Sempre estive disposto a mudanças ou a manutenção de um determinado uso de
polarização de antenas, seja ele qual for, com a finalidade de manter um padrão
único no Concurso Sul Americano de 144 MHz.
>
> Tenha em mente que, se hoje não fazemos QSOs terrestres acima dos 1000 Km com
frequência o motivo não é a polarização de antenas mas sim, devido as limitações
das nossas estações. Somos o que se pode chamar de estações QRP em VHF. Se todos
nós tivéssemos
> R$30.000,00 para 18DBd de antena, pré-amplificador de baixo ruído no mastro,
reles coaxiais de baixa perda e alta isolação, seqüenciadores, DSP, cabos
celflex, torres de 30 metros, 1Kw, rotores de azimute/elevação e equipamentos
diversos o Brasil seria um dos expoentes VHFDX, pois nossa vontade e gana pelo
DX são comprovadas pelo "estrago" que fazemos usando pouco mais de 10 DBd, cabos
RGC213 e 50 watts NA MÉDIA DAS ESTAÇÕES. A maioria abaixo disto em 144 MHz.
>
> Infelizmente esta é a realidade não só do Brasil, mas de toda a América do Sul
,com raríssimas exceções que sequer apareceriam em uma estatística.
>
> CONCEITOS E TESTE
> Inicialmente uma frase de PY2BBL Alberto João Laimgruber que comprovadamente,
por meio de publicações nacionais e internacionais, tem larga experiência
técnica e conhecimento sobre propagação e organização de concursos de VHF. Foi
autor de artigos que versam sobre estes temas e que tiveram repercussão
internacional. É chamado pelos organizadores do antigo
> CB144 de "Pai do VHF DX Brasileiro", respeitando o trabalho de outros poucos
radioamadores como PY2ACM o "Pai da operação via satélites no Brasil"
> http://www.gbvudx.org/uploads/historia_vhfdx/py2acm1.jpg e PY2BJO o "Pai da
reflexão lunar no Brasil e DOVE"
http://www.gbvudx.org/uploads/historia_vhfdx/eme_py2_pag1.jpg
>
> Sobre polarização de antenas, vertical e horizontal, PY2BBL afirmou em
12/7/2004:
> "Após dezenas de anos em testes, estudos, experiências, artigos em revistas,
várias e insistentes tentativas de padronização, chego a uma conclusão sobre
polarização de antenas: Use aquela que lhe proporcionará o maior número de
contatos, seja ela qual for, pois dependendo do caso, uma não é melhor que a
outra."
>
> Tenha certeza que o sucesso da escolha da polarização empregada em um concurso
baseia-se muito mais no universo que nos cerca que na eficiência.
>
> Esta afirmação é fácil de se comprovar efetuando o seguinte teste:
> Obs - Lembre-se que testar eficiência de polarização ou antenas empregando
duas instalações que usam antenas idênticas, (muito pior se diferentes), mas que
não estão montadas no mesmo exato local e altura, mesmo que por poucos
centímetros de diferença, não testa nada além do desempenho de cada instalação,
nunca da antena ou polarização. A única variável deve ser o item que está em
teste.
>
> 1) Monte duas estruturas descritas abaixo (a única que possibilita testar
antenas e polarização), usando uma direccional, uma K1FO 12 do PY2NI por
exemplo:
> a) No centro de equilíbrio da antena, uma mesa de fixação entre gôndola (boom)
e mastro.
> A fixação da antena deverá ser feita por meio de dois mancais possibilitando
seu o giro no próprio eixo. Desta forma teremos as duas polarizações COM A MESMA
ANTENA.
> b) Cabo coaxial saindo por trás da antena para não interferir nos elementos e
no seu funcionamento .
> c) Mastro de 3 metros de altura no mínimo, de madeira para não interferir nos
elementos e no funcionamento da antena.
>
> 2) Duas estações distantes 500 km ou mais uma da outra, com o mesmo sistema
acima.
> Portanto já muito abaixo do horizonte e utilizando propagação via troposfera.
Os locais de teste devem ter horizonte livre e sem obstáculos que possam causar
algum tipo de reflexo.
> (Troposfera e ionosfera serão comentadas a seguir).
>
> 3) Mudem a polarização, somente a polarização e nada mais ao mesmo tempo.
Notem o S meter que deve ser de ponteiro pois tem maior resolução. Surpresa?
Para mim não. Não houve diferença do S meter ou se houve, dependendo do momento
o desempenho se altera.
> Agora coloque uma estação usando polarização horizontal e outra usando
polarização vertical.
> O resultado será uma atenuação de 20 Dbs (100 vezes) ou mais causando na
maioria dos casos a perda do sinal.
>
> UM POUCO DE HISTÓRIA
> Quem primeiro documentou publicamente o teste acima em um DX em 144 MHz no
Brasil?
> PY2BBL, PY2CUF e PY2HCD em Itatiaia RJ em Janeiro de 1976.
>
> http://www.gbvudx.org/uploads/historia_vhfdx/italta_2_metros_pag01.jpg
> Este foi só o primeiro das "dezenas de anos em testes, estudos, experiências"
como falou PY2BBL.
>
> Tive o prazer de participar destas "dezenas de anos em testes, estudos,
experiências, artigos em revistas, várias e insistentes tentativas de
padronização". Em certa época, influenciado pela minha leitura em revistas
estrangeiras, leitura esta mais dedicada às seções de VHF-DX e dando menor
importância aos fundamentos que sempre estiveram nos livros, também insisti,
usei e apostei na polarização horizontal esperando algum "milagre" que não
aconteceu.
> Aprendi com o erro que teve como consequência uma quebra na atividade. Na
época, como hoje, tínhamos poucos radioamadores ativos no VHF-DX, mas com um
problema que atualmente não existe: "falávamos dois idiomas completamente
diferentes sem nos entendermos" ou usávamos polarizações de antenas diferentes.
>
> Estação A com uma excelente direccional não escutava estação B, também com uma
excelente direccional, pois trabalhavam em polarizações diferentes. Na verdade
deveriam facilmente manter um QSO.
>
> Tentando amenizar o problema, tivemos então a febre da polarização cruzada e
da polarização circular, resultando em um perfeito desastre. Ninguém mais se
entendia. Agora tínhamos 4 polarizações. Antenas grandes que rendiam o mesmo que
uma simples direccional bem feita com a metade do seu tamanho e peso.
>
> Com a chegada dos concursos EP de VHF na década de 80,
http://www.gbvudx.org/uploads/ep/1982/ep1982.jpg todos finalmente compreenderam
que manter um padrão que atingisse a maioria das estações proporcionando a
possibilidade de maior número de contatos era fundamental, pois a atividade não
era assim tão grande. Todas as antenas foram colocadas em uma única polarização,
vertical, a mais empregada.
>
> O VHF-DX no Brasil estava pronto para experimentar o que nunca tinha
experimentado antes, agora com boas antenas direccionais no mesmo plano de
polarização. Os contatos de 1000 km começaram a aparecer. Rio de Janeiro com
Santa Catarina até mesmo Rio Grande do Sul eram "café com leite". 1473 KM entre
Araruama RJ PY1RW e Pedro Osório RS PY3WKK/PY3 em 1983 por exemplo. Contatos
absolutamente corriqueiros. Estações com 4 antenas em fase no RJ (estado muito
ativo na época) "iam buscar" até mesmo os ¼ de onda em SC e eram os detentores
das maiores distancias no Brasil via troposfera, ainda hoje. Todos estes fatos
estão documentados nas páginas da revista Antena Eletrônica Popular. São
verdadeiros.
>
> Sim, depois de uma "Torre de Babel" tivemos muito sucesso. Desta forma, por
ter passado por estas fases e experiências no VHF-DX Brasileiro sinto-me na
obrigação de alertar os que nele estão ingressando evitando erros e desencontros
que podem colocar em risco a atividade como aconteceu no passado. Preocupo-me
pois afinal tive, e poucos outros tiveram, uma boa parcela de trabalho para
atingir nosso atual nível de atividade.
>
> AS REGRAS
> A escolha da polarização empregada em um concurso é única e exclusivamente sua
ou de sua equipe. Se você ainda tem dúvida sobre qual polarização usar em um
concurso de VHF o raciocínio é simples.
> Antes de continuar você precisa conhecer estas regas:
> Regra 1: CURVATURA DA ONDA DE RÁDIO. Como a luz, uma onda de rádio,
perder-se-ia no espaço, fora do nosso planeta, se não houvesse um fenómeno que
provocasse sua curvatura para baixo em direção a terra, pois como sabemos nosso
planeta é uma quase esfera. Isto acontece em qualquer frequência, porém por
motivos diferentes dependendo da frequência utilizada.
>
> Regra 2: AS CAMADAS RESPONSÁVEIS PELA CURVATURA. A troposfera é uma camada na
atmosfera situada entre o solo e 10 km de altura aproximadamente.
> A ionosfera também é uma camada da atmosfera, mais alta e situada ente 60 a
400 Kms de altura aproximadamente. É composta por 4 sub camadas, a D mais baixa,
E, F1 e F2 a mais alta. F1 e F2 a noite se combinam em uma única camada.
Normalmente empregamos as camadas E e F nos nossos comunicados.
> Em VHF são duas as camadas que curvam ondas de rádio em direção a terra: A
TROPOSFERA e IONOSFERA.
>
> Regra 3: REGRA IONOSFERA (a mais complicada) - "A curvatura provocada pela
ionosfera no sinal de rádio frequência depende do comprimento de onda. Quanto
mais longa é a onda, maior é a curvatura da trajetória para um grau determinado
de ionização.
> Por propagação via ionosfera, não é essencial para ambas as estações usarem a
mesma polarização de antenas. Isto é porque a onda irradiada será
consideravelmente curvada em cambalhotas durante a viagem pela ionosfera. No fim
deste distante caminho de comunicações à onda pode estar horizontal, vertical ou
em algum lugar entre a determinado momento.
> Exceto para distancias de poucos km, a quase totalidade das comunicações entre
radioamadores, em freqüências abaixo de 30 MHz , e em alguns casos acima desta,
se faz com ondas via ionosfera.
>
> Ao deixar a antena emissora, este tipo de onda viaja para cima da superfície
da terra em uma ângulo que perder-se-ia no espaço, se não fosse curvado
suficientemente para devolve-lo a terra. Um dos meios que provoca tal curvatura
é a ionosfera, região situada na atmosfera superior, acima de uma altura ao
redor de 100 KM, em que existem elétrons livres em quantidade suficiente para
oferecer apreciável efeito sobre a velocidade que viajam as ondas. Se supõe que
a ionização na atmosfera superior é causada por radiações ultravioleta do sol.
Alguns tipos de propagação via ionosfera estão ligadas a atividade solar
(manchas) e outras não. A ionosfera não está formada por uma só capa, mas por
uma série de capas de distintas densidades de ionização situadas em distintas
alturas. Cada capa consta de uma região central de ionização relativamente densa
que vai fazendo-se cada vez menor na intensidade tanto acima como abaixo dela.
>
> Quanto maior a ionização em uma capa, maior é a curvatura da trajetória da
onda. A curvatura, ou refração (também chamada de reflexão), depende do
comprimento de onda. Quanto mais longa é a onda, maior é a curvatura da
trajetória para um grau determinado de ionização.
> Portanto, as ondas de frequências mais baixas são mais facilmente curvadas que
as frequências mais elevadas."The Radio Amateurs Handbook - ARRL
>
> Simplificando o texto acima anote e NUNCA SE ESQUEÇA desta importante regra ,
VÁLIDA EM QUALQUER CONTATO QUE USE PROPAGAÇÃO VIA IONOSFERA:
> A curvatura provocada pela ionosfera no sinal de rádio frequência depende do
comprimento de onda. Quanto mais longa é a onda, maior é a curvatura da
trajetória para um grau determinado de ionização.
>
> Por propagação via ionosfera, não é essencial para ambas as estações usarem a
mesma polarização de antenas. Isto é porque a onda irradiada será
consideravelmente curvada em cambalhotas durante a viagem pela ionosfera. No fim
deste distante caminho de comunicações à onda pode estar horizontal, vertical ou
em algum lugar entre, a determinado momento.
>
> Portanto, quanto mais baixa a banda utilizada, mais provável é a curvatura do
sinal pela ionosfera em direção a terra. Não havendo a possibilidade de
curvatura o sinal se perde no espaço. Um sinal de 430 MHz para ser curvado pela
ionosfera precisa de índices elevadíssimos de ionização. Por este motivo,
raramente se emprega propagação via ionosfera nesta banda.
>
> O comportamento da curvatura do sinal em relação à frequência na ionosfera é
comprovado na banda de 6 metros, a que tem o maior comprimento de onda das
bandas de VHF, e a que mais facilmente proporciona contatos em TODOS os modos de
propagação que usa a ionosfera:
> Reflexão na camada F2 , Difusão por Meteoros , E Esporádica, Transequatorial,
Difusão Ionosférica, Reflexão em Aurora Boreal, FAI. Por este motivo, quando se
pretende um contato via ionosfera em 144 MHz deve-se iniciar a escuta em 28 MHz,
havendo condição QSY para
> 50 MHz e novamente, havendo condição 144 MHz.
>
> Este comportamento explica porque nas comunicações com sondas espaciais e
satélites de órbita alta se aplicam frequências elevadas. Obviamente, além do
ganho das antenas, se fosse empregado 28 MHz por exemplo, muito provavelmente em
alguma situação o sinal seria refletido pela ionosfera, não chegando ao seu
destino.
>
> O comportamento da polarização (cambalhotas) em propagação via ionosfera é
comprovado nas bandas altas de HF, 10 metros por exemplo onde 5/8 de onda em
polarização vertical, falam perfeitamente com Yagis na polarização horizontal
ou; Via propagação transequatorial em 144 MHz onde no Paraná, (agora também no
sul de São Paulo), e abaixo, Yagis na polarização horizontal escutam
perfeitamente repetidores no Caribe na polarização vertical ou; Via satélites
pelo uso de polarização cruzada, pois para se manter um sinal livre de QSB é
imperativo o seu uso ou; Em reflexão lunar onde grandes estações estão mudando o
conceito de um único banco de antenas na horizontal para dois, chaveados, um em
cada polarização, evitando a atenuação de
> 20 dBs pelo giro de polarização causado pela ionosfera, a Rotação de Faraday,
que em 144 MHz tem um ciclo aproximado de 1 hora ou; Refração por meteoro onde,
militarmente, se usava polarização cruzada, sim perdendo a metade da intensidade
do sinal, mas aumentando a duração dos pings ou bursts.
> Note falamos de ionosfera. Qualquer sinal que por ela passe, ou seja refletido
não mantém exclusivamente a polarização inicial seja em que frequência for.
>
> Regra 4, Regra troposfera.
> Todas as comunicações de rádio envolvem propagação pela troposfera para pelo
menos em parte do caminho do sinal.
> Ondas de rádio que viajam pela mais baixa parte da atmosfera estão sujeitas à
refração, dispersão ou outro fenómeno, muitos parecidos com os efeitos gerados
pela ionosfera.
> Efeitos troposféricos são raramente significantes abaixo de 30 MHz mas são
muito importantes acima dos 50 MHz.
>
> Muito do trabalho em longa distancia em nas bandas de VHF, UHF e Micro Ondas
dependem de alguma forma de propagação troposférica.
>
> Em um copo de água, com um lápis imerso inclinadamente, a imagem obtida é de
um lápis "dobrado" resultante sua refração, obtida em meios de densidades
diferentes, ar e água. Da mesma forma, ondas de rádio que viajam pela
troposfera, em função da refração em ambientes de diferente densidade, sofrem
uma curvatura que as coloca novamente em direção a terra, evitando que se percam
no espaço, fora do nosso planeta.
> Neste fenómeno, não há alteração na polarização do sinal irradiado.
Explicações muito mais detalhadas podem ser encontradas no artigo DX por
Troporefração de Alberto João Laimgruber, PY2BBL
http://www.gbvudx.org/troporefracao.asp
>
> Ao contrário da ionosfera, quanto mais baixa a frequência da banda utilizada,
menos provável é a curvatura do sinal em direção a terra. Não havendo a
possibilidade de curvatura o sinal se perde no espaço. Um sinal de 50 MHz para
ser curvado pela troposfera precisa de índices elevadíssimos de refração. Por
este motivo, raramente se emprega propagação via troposfera nesta banda. Ao
contrario, em 430 MHz o fenómeno é muito mais fácil de se ocorrer, mais ainda
que em 144 MHz.
>
> Este tipo de propagação é o mais conhecido entre os operadores de VHF e UHF.
Dificilmente algum radioamador ativo em VHF ou UHF deixou de notar alguma
abertura de propagação via troposfera onde se mantém facilmente QSOs com
estações distantes 500 KMs ou mais.
> Não havendo alteração na polarização do sinal irradiado, teremos o mesmo
comportamento de um QSO em linha de visão, quando as estações trabalham com
polarizações diferentes, uma vertical e outra horizontal : Atenuação de, no
mínimo, 20 Dbs ou 100 vezes. Um transmissor de 100 watts renderá o mesmo que um
transmissor de 1 watt.
>
> Resumindo:
> A curvatura provocada pela troposfera no sinal de rádio frequência depende do
comprimento de onda. Quanto mais curta é a onda, maior é a curvatura da
trajetória para um grau determinado de refração.
>
> Por propagação via troposfera é essencial para ambas as estações usarem a
mesma polarização de antenas. Isto é porque a onda irradiada não sofrerá
alterações de polarização durante a viagem. No fim deste distante caminho de
comunicações à onda estará no mesmo plano em que iniciou o trajeto, vertical ou
horizontal, portanto diferentes polarizações causam atenuação de no mínimo 20
DBs ou 100 vezes.
>
> A ESCOLHA AFINAL
> Agora que Você conhece as 4 regras básicas, esta em condições de associa-las
para a obter melhor desempenho da sua estação em um concurso.
> Caso pretenda participar de um concurso de VHF ou UHF, você deve levar em
conta o tipo de propagação que será empregado e o parque de antenas já instalado
(polarização) entre os participantes. A realidade em 50 MHz é diferente da
realidade dos 144MHz, que é diferente da realidade dos 430 MHz, que é diferente
da realidade dos 1200 MHz. Se você não tiver isto em mente, seu trabalho será
pouco produtivo.
>
> Por exemplo, quem participa do CSA144 deve se perguntar:
> Qual é o tipo de propagação comummente empregada no CSA144? Pela data,
troposfera.
>
> Qual é a polarização mais empregada no momento em 144 MHz no Brasil e América
Latina?Polarização Vertical.
>
> O que acontece se trabalho com polarização diferente da maioria, no tipo de
propagação comummente empregada no CSA144? Tenho meu sinal atenuado em 100 vezes
e consequentemente vou perder contatos com esta maioria.
>
> E se acontecer algum tipo de propagação via ionosfera? Muito difícil de
acontecer pela data do CSA144, alias nunca aconteceu em concurso algum no Brasil
realizado no inverno há mais de 20 anos. Mas se acontecer você vai escutar
alguma coisa pois via ionosfera o sinal pode se apresentar em diferentes
polarizações.
>
> Via troposfera, horizontal é melhor que vertical?
> O autor, seu pai PY2BBL, e outros veteranos do VHF-DX no Brasil
http://www.gbvudx.org/historiadovhfartigos.asp realizaram testes de troca de
polarização a longa distancia, 700 ou mais km. A troca, (as duas estações
obviamente), nunca resultou em escutar ou deixar de escutar uma estação, mesmo
estando no nível do ruído.
> Porém alguns radioamadores afirmam que a polarização horizontal é superior
alegando diferença aproximada de 1dB. Sobre esta diferença questiono: Quem
garante que esta pequena diferença (menos de ¼ de unidade S) em um QSO de 700 km
não é resultado de QSB? Vela a pena ganhar 1 dB (menos de ¼ de unidade S) entre
menos de 1% dos participantes do CSA144 e perder 20 dBs entre os 99% restantes?
Assumindo como verdadeira a afirmação de melhor rendimento, teríamos que ter
duas antenas, uma na vertical e outra na horizontal. Não é mais interessante
todos usarem estas duas antenas em fase ganhando 3 dBs não 1, irradiando o dobro
do sinal?
>
> A polarização horizontal capta menos ruído?
> Definitivamente não. Isto depende da componente irradiada da fonte geradora do
ruído. Se a componente irradiada for horizontal, a polarização horizontal irá
captar mais. Se for vertical a polarização vertical ira captar mais. Cada caso é
um caso e não há como fazer esta afirmação.
> Uma semana antes do CB144 2006, PY2PPZ e PY2HCD saíram em busca de ruídos
elétricos nas linhas de 13800 volts próximos as suas estações. Este tipo de
ruído é o mais comum em nossos receptores. Uma antena direccional de 4
elementos, um transceptor de SSB e uma bateria, montados em uma Pick-Up, com a
antena apontada para a linha de alta tensão. Detectamos 4 postes que
apresentavam fugas
> (centelhamento) em isoladores ou para raios. Em todos os 4 postes, frente a
eles, o ruído em polarização vertical era 0 e em polarização horizontal S9+10.
Fácil de se explicar.
> A componente horizontal irradiada é maior devido à disposição dos cabos que
correm horizontalmente sobre o poste. Neste caso, repito, neste caso. Não há 100
% de verdade em uma afirmação sobre qual polarização capta mais ou menos ruído.
Cada caso é um caso e depende da componente irradiada pela fonte interferente.
>
> Posso irradiar nas duas polarizações ao mesmo tempo?
> Sim pode, mas Você vai perder a metade do sinal irradiado, pois a potência ira
se dividir nas duas antenas. Seu transmissor de 100 watts renderá o equivalente
a um transmissor de 50 watts. Melhor colocar as duas em fase e irradiar o dobro
do sinal. No final, por simples arranjo de antenas você pode ter 50 watts ou 200
watts. A escolha é obvia.
> Respondidas estas questões, fica a critério de cada um a escolha da
polarização empregada.
>
> MINHA CONCLUSÃO
> Para o autor, se o competidor do CSA144 optar pelas duas polarizações é óbvio
que a melhor antena deve estar na polarização vertical. Ou mais obvio ainda,
colocar as duas antenas em fase na polarização vertical irradiando o dobro do
sinal. Hoje. Daqui a 10 anos a realidade pode ser outra.
>
> Notem que não tenho preferência por nenhuma delas, apenas acho inteligente
manter um padrão dentro dos concursos, levando em conta o parque de antenas já
instalado, proporcionando o maior número de contatos possíveis uma vez que não
há risco de diferença de polarização, o que acaba resultando em sucesso do
evento e mais interesse dos participantes pelo DX em VHF e UHF.
>
> Com minha experiência em telecomunicações, jamais recomendaria o uso de
determinada polarização em um concurso se, de alguma forma, comprometesse a
eficiência das estações.
> Resumindo, muita gente já notou que o uso exclusivo de determinada polarização
é ligado única e exclusivamente a um padrão ou talvez as limitações mecânicas de
instalação e não propriamente na eficiência. Se determinada polarização fosse
melhor que outra, a ponto de um sinal aparecer ou sumir, nenhuma empresa de
telecomunicações empregaria a pior delas, e como sabemos empregam as duas.
>
> Convenhamos: Esperar que um novo mundo, até então oculto, se abra diante do
seu equipamento, simplesmente girando 90 graus sua direccional no próprio eixo
(trocar de
> polarização) é esperar muito. Puro "folclore radioamadorístico". O caminho
para isto ocorrer é mais ganho em antena, mais potência, pré-amplificadores de
baixo ruído, linhas de transmissão com baixa perda e modos de banda estreita. A
soma de todos estes itens vai resultar no tão sonhado novo mundo, sem dividir a
pequena atividade brasileira no VHF-DX MHz, por perda de padronização de uma
polarização já largamente empregada, infelizmente ou não.
>
> Portanto, hoje, não poderia afirmar que polarização vertical é melhor que
polarização horizontal. Nem o contrario. Afirmo que o desempenho se altera e que
diferentes padrões de polarização em um concurso ou fora dele causam uma
atenuação inadmissível para quem vai fazer DX. Diferentes padrões de polarização
em um concurso são prejudiciais ao desenvolvimento e sedimentação desta
atividade.
>
> Em 144 e 430 MHz uso polarização vertical por ser esta a polarização mais
empregada no Brasil e por ter pleno conhecimento que não há diferenças entre
elas. Pretendo ter o maior número de estações trabalhadas e não posso me dar ao
luxo de perder 20 dBs (100 X) no sinal recebido ou transmitido por diferença de
polarização. Exclusivamente por este motivo.
> Não possuímos emissões piloto, portanto uso as estações repetidoras que
trabalham com polarização vertical no monitoramento das condições de propagação.
>
> Não uso dupla polarização pois prefiro colocar as duas antenas em fase
irradiando o dobro do sinal.
>
> Também não uso dupla polarização pois estaria cometendo, e induzindo outros a
cometerem o mesmo erro que cometemos no passado: não o uso de determinada
polarização, mas causar uma divisão virtual entre os operadores dos 144 MHz no
Brasil sem termos atividade suficiente para tal, a chamada "massa crítica".
>
> Em 50 MHz uso polarização horizontal, pois não há argumento algum que
justifique outro tipo de polarização para quem quer fazer contato sem uso de
repetidores ativos.
> Em 1200 MHz cabe a nós criarmos o padrão, pois é uma faixa que tem sua
atividade praticamente inexistente.
>
> Não tenha dúvida. Todos têm a ganhar mantendo um único padrão determinado de
polarização de durante um concurso. O que menos precisamos no momento é a dúvida
sobre qual polarização determinada estação, que chega no nível do ruído, está
usando.
> Em um concurso, você escuta uma estação fraca, não consegue identifica-la e
não tem muito tempo, sequer para apontar a antena pois não sabe de onde vem o
sinal.
>
> A polarização empregada deve ser uma certeza nunca uma dúvida a mais nesta,
não tão simples, equação chamada QSO no nível do ruído em um concurso de VHF e
UHF.
>
> Bibliografia:
> -VHF Radio Propagation - J.D.Stewart WA4MVI -RSGB VHF UHF Manual - D.S.Evans
G3RPE e G.R.Jessop G6JP -ARRL Handbook -ARRL Antenna Handbook -DX por Tropo
refração - Alberto J.Laimgruber - PY2BBL http://www.gbvudx.org/troporefracao.asp
> -Arquivos do Diploma DXDM - PY2BBL :
> http://www.gbvudx.org/uploads/historia_vhfdx/dxdm4.jpg
> -Respostas dos titulares ao questionário elaborado pelo organizador do diploma
sobre as condições dos contatos, comportamento dos sinais e experiências
realizadas durante os QSOs.
> -Cópias dos QSLs válidos.
> -Correspondências entre o organizador e titulares do diploma.
>
> 73 ES DX DE PY2HCD - GG66CT
> Carlos Alberto Laimgruber
> Organizador do Concurso Sul Americano de 144 MHZ - CSA144 Em conjunto com (em
ordem alfabética): LU5BE, LU9JMG, PU2LBD e PY2BRZ.
> laimgruber fasternet.com.br <mailto:laimgruber fasternet.com.br>
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER radio-amador.net <mailto:CLUSTER radio-amador.net>
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
<http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster>
_______________________________________________ CLUSTER mailing list
CLUSTER radio-amador.net
http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
-------------- prxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: http://radio-amador.net/pipermail/cluster/attachments/20121023/019e2f50/attachment.htm
Mais informaes acerca da lista CLUSTER