ARLA/CLUSTER: Telegrafia, um mundo à parte.

CT1GZB - José Luís Proença ct1gzb netcabo.pt
Quarta-Feira, 21 de Março de 2012 - 18:33:41 WET


Isto que escrevo já não é novidade para ninguém e deve que ser lido como incentivo aos colegas que estão a participar no/s curso/s de telegrafia que se vão fazendo.

Enquanto CT2, e na antiga legislação, as bandas em que eu podia operar eram pequenas já que o “sumo†do DX se encontrava nos 20 e nos 10 metros. Assim sendo, comecei a aprender sozinho a telegrafia, para assim, poder ascender ao tão ambicionado CT1 para poder disfrutar das bandas onde o DX prolifera.

Tudo começou com o colega Pombeiro Brás-CT4AH nos 145.350 divulgando ele as maravilhas que se podia fazer com a telegrafia que, com baixa potência, se poderia trabalhar o mundo. Foi o clique final. 

Entretanto passou muito tempo. 

Tentativa, entusiasmo, não sou capaz, sou sim senhor, agora é que é, ou não...enfim. Depois de muito “sofrer†e escutar no MP3 dias a fio as aulas que constam no programa do colega G4FON, lá fui a exame e à segunda tentativa consegui o tão ambicionado no Certificado de Amador em que consta Telegrafia (Morse) Habilitado.

Um dia, na habitual escuta diária, eis que escuto um CT nos 15 metros. Quem será? Deixa lá escutar como deve ser para não “meter águaâ€. 

Como o colega em questão estava a transmitir muito rápido tive dificuldade. 

A custo lá consegui entender. Era a estação CT1AOZ. E agora? Respondo ou não? Eh pá vou arriscar. Com as mãos a tremer e a transpirar lá enviei o meu indicativo. Os colegas não imaginam a alegria que tive em escutar em resposta o meu indicativo em telegrafia. Foi indiscritível. 

A alegria que senti foi proporcionalmente grande em relação à dificuldade que tive na aprendizagem, o que deu um maior gosto , sentimento de vitória e de realização pessoal.

Como é apanágio dos telegrafistas, o colega José Albuquerque baixou a velocidade fizemos o QSO básico que, no fim, enviei-lhe um mail a desculpar-me da quantidade de erros que cometi. Resposta do colega José foi que estava bom e agora era só RST, nome e …“mais nadaâ€.

Obrigado colega José Albuquerque já que as suas palavras foram “o†incentivo para perder o medo da chave.

Depois foi os procedimentos. Como é que eu faço quando escutar uma “figurinha� Aí contei com as dicas do CT1GFK, obrigado Tó Zé.

Mais recentemente foi a preciosa ajuda do colega Alcides-CT1JQK que teve a “pachorra†de me aturar nos 10 metros enviando textos e palavras aleatórias em que depois se fazia a correcção da aula no VHF.

Isto tudo serve para tentar demonstrar a quem está a aprender ou pensa em aprender telegrafia que, apesar de ser um pouco difícil, não é nada de outro mundo e com ajuda conseguem dominar a telegrafia. Poderão agora perguntar, então mas qual o porquê de ser um mundo à parte? Simples. Pode-se operar com baixa potencia, trabalha-se figurinhas que se não fosse em telegrafia provavelmente nunca o trabalhava e não causa QRM em casa. Por exemplo trabalhei V8-Brunei em telegrafia e em SSB nunca o escutei.

Até agora, a “cereja em cima do boloâ€, foi trabalhar VK7DX com 50W e ter conseguido furar  o pile-up.

Também podemos contar e agradecer a iniciativa do NRA e da REP em promover, a exemplo do ano passado, o “Um Dia Nacional do CW†que este ano vai decorrer no dia 15 de Abril. À ARVM que está a realizar mais um curso de telegrafia e esperar que alguns desses colegas apareçam nas bandas para participarem no evento de dia 15. Sem medo e sem “stressâ€, afinal de contas, somos amadores e se existirem erros (que vão mesmo existir) não vai trazer mal nenhum ao mundo.

Não desistam, afinal é simples. 

RST, nome e…â€mais nadaâ€. 

73 de José Luís Proença, Operador do Posto Emissor CT1GZB
ARVM # 53
REP # 1418
SKCC # 8178
CT-QRP # 058
http://ct1gzb.blogspot.com
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