ARLA/CLUSTER: O que falta dizer na História dos Repetidores de São Mamede

Victor Gomes ct1byk sapo.pt
Terça-Feira, 24 de Janeiro de 2012 - 18:34:38 WET


Em relação ao texto publicado “História dos Repetidores de São Mamede“ 
da autoria do radioamador CT2GPZ e que foi amplamente divulgado por 
diversos meios vem a Associação de Radioamadores do Ribatejo – ARR ao 
abrigo do direito de resposta esclarecer o seguinte:

1. Os repetidores de S. Mamede depois de alguns anos de interregno foram 
reactivados em 1994 logo após a criação da ARR tendo à altura sido 
composta por um repetidor de VHF e um de UHF devidamente licenciados. 
Durante mais de 10 anos estiveram instalados nas instalações da Rádio 
Renascença – RR que gentilmente e gratuitamente nos cedeu espaços e onde 
se mantiveram conforme data referida no texto publicado. A mudança de 
instalações verificou-se dada a disponibilidade e insistência do colega 
CT2GPZ secundado por outros radioamadores da zona (e de outros locais 
também) ao acordarem com a ARR suportar os custos dali inerentes, 
fazendo a Associação um esforço para sempre que possível ajudar com o 
que estivesse ao seu alcance. De referir que os custos aquando da 
permanência nas instalações da RR em termos reais eram praticamente 
nulos, excepto num ou noutro componente que necessitasse de substituição.

2. Apesar de ser referido pelo Radioamador em causa que nunca pediu nada 
à ARR e que esta nada lhe deu cumpre esclarecer que em Assembleia Geral 
de 25/02/2006 foi efectuado um apelo aos presentes que contribuíssem 
para a manutenção dos Repetidores de Portalegre tendo desde logo sido 
recolhida a importância de 140.00€. Pouco sem dúvida mas de muito boa 
vontade. Constam ainda dos arquivos da ARR documentos de compra de 
vários materiais (antenas, diplexers, fichas, cabos etc) destinados à 
instalação dos referidos Repetidores.

3. Nos termos dos estatutos da ARR a atribuição do título de sócio 
honorário que CT2GPZ reivindica nunca foi nem poderia ser prometida por 
qualquer dirigente ou ex-dirigente da ARR. Este tipo de atribuição é 
competência da Assembleia Geral e uma proposta desse tipo não chegou 
sequer á mesa da assembleia. Considera assim a Direcção que nada 
isentava o Colega CT2GPZ do pagamento das quotizações razão pela qual 
mantém o mesmo na situação de devedor.

4. Faziam parte dos equipamentos devidamente licenciados em S. Mamede 
pela ARR os repetidores de VHF e de UHF, um node de APRS e um repetidor 
de DSTAR que ainda chegou a funcionar algum tempo mas que entretanto foi 
retirado. Nessa altura o Colega CT2GPZ fez um peditório (nomeadamente na 
Feira de Badajoz e no ARLA-CLUSTER) com vista à reposição do repetidor 
DSTAR. Decerto os fundos recolhidos não foram suficientes e terão sido 
empregues noutros equipamentos.

5. Quaisquer outros equipamentos que ocupassem espectro radioeléctrico 
sujeito a licenciamento eram estranhos para a ARR, excepção feita a 
autorizações precárias para ensaios temporários de TVA.

6. Independentemente do bom trabalho técnico efectuado ao longo dos 
últimos anos em que o CT2GPZ esteve co-responsável pelos equipamentos 
ali instalados, foram reportadas diversas situações que sugeriam a 
existência de certo tipo de arbitrariedades para com outros 
radioamadores da zona e até em parte algum abuso de confiança, 
nomeadamente com a instalação de outros equipamentos não devidamente 
autorizados como se viria a constatar.

7. Em 14 de Dezembro de 2009, uma brigada de fiscalização da ANACOM 
visitou a zona de Portalegre e levantou um auto de noticia sobre um 
equipamento ilegal propriedade do colega acima referido e que se 
encontrava não propriamente nas instalações onde se encontravam os 
equipamentos da ARR, mas num local próximo no Cabeço do Mouro. Em 
resposta ao auto de notícia da ANACOM o autor do texto, entre outras 
considerações invoca o nome da ARR como se esta entidade tivesse 
conhecimento da situação ilegal constatada pela entidade reguladora e 
compactuasse com a mesma, algo que era completamente estranho à Direcção 
da Associação.

8. Alguns elementos da ARR preocupados com o que se estava a passar 
chegaram ainda a intervir de modo a tentar minimizar o impacto daquela 
situação e foram ainda feitas diversas chamadas de atenção ao autor para 
que se cumprissem todos os preceitos legais. Ainda assim e pese embora 
os avisos passado algum tempo tudo voltava ao mesmo modo de actuação.

9. Em Setembro 2011 a ARR toma conhecimento da vontade do Colega CT2GPZ 
desligar os equipamentos se as várias entidades que mantinham 
equipamentos nas instalações cedidas à ARR não contribuíssem 
monetariamente para o pagamento de electricidade. Face ao desenrolar dos 
acontecimentos e nomeadamente á publicação do texto onde se anunciava a 
desactivação, a ARR decidiu então e de imediato cessar as licenças de 
todos os dispositivos instalados em S. Mamede de modo a tentar encerrar 
de uma vez por todas o assunto. Mesmo assim veio a constatar que o 
repetidor tinha sido retirado do seu local e estava em serviço na casa 
do responsável.

10. De salientar ainda que se encontram cativos nas contas da ARR a 
importância de 180€ que, conforme decisão da Assembleia Geral de 
26/02/2011, está reservada para comparticipação na energia eléctrica de 
S. Mamede e que corresponde a quotizações de associados da zona de 
Portalegre pagas em 2011.

11. Como nota final, o autor do texto “História dos Repetidores de São 
Mamede“ contactou recentemente o Presidente da Direcção da ARR para 
informar que já tem disponíveis os equipamentos anteriormente instalados 
em S. Mamede para entrega e também para solicitar a presença daquele 
dirigente na ANACOM para servir de testemunha abonatória no processo 
relativo ao auto de noticia de que foi alvo e que pelos vistos não 
estará encerrado.

Queremos ainda assim sublinhar, que nada disto tira o mérito que o autor 
do texto “História dos Repetidores de São Mamede“ teve no trabalho e nos 
investimentos que desenvolveu em conjunto com outros colegas em S. 
Mamede, agora entende esta Associação que não se podem nem devem 
confundir as responsabilidades com o desejo de fazer e dar nas vistas 
quando isso pode implicar atropelos á legalidade e à integridade de 
entidades idóneas.

A idoneidade ganha-se e perde-se, só é merecedor de confiança para 
determinadas actividades quem tem currículo e o demonstra ao longo da 
sua vida com os actos e com competência técnica, quando alguma coisa 
fica em falta, acabou-se, há que começar de novo, corrigir os erros e 
recuperar a confiança.

Esta foi a parte da história que realmente não foi contada mas que 
perante a relativa gravidade de alguns termos empregues, pelo prestígio 
e bom nome da Associação de Radioamadores do Ribatejo, dos seus 
dirigentes e ex-dirigentes carecia ser esclarecida.

Associação de Radioamadores do Ribatejo – ARR





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