Re: ARLA/CLUSTER: O presente mais desejado (mesmo para alguns radioamadores) é um tablet, mas qual deles comprar?

Jorge Santos ct1jib gmail.com
Quinta-Feira, 20 de Dezembro de 2012 - 10:07:52 WET


Bom dia a todos.

Na minha opinião o bq Edison, pelo preço é fantástico.

Bom Natal


No dia 19 de Dezembro de 2012 20:51, João Costa > CT1FBF
<ct1fbf  gmail.com>escreveu:

> A oferta é muita e as marcas estabelecidas têm todas bons produtos. Mas há
> alguns que valem mais o dinheiro gasto.
>
> No outro dia, estive na NPR [cadeia de rádios públicas norte-americanas],
> a participar numa rubrica acerca de prendas de Natal na área das
> tecnologias. Discorri sobre câmaras fotográficas, telemóveis, computadores
> portáteis, aparelhos de áudio e consolas de jogos. Estava preparado para
> falar acerca de limitar o tempo à frente de um ecrã, vícios digitais,
> ciberviolência. Sabia onde se conseguem os melhores negócios.
>
> Mas todos os seis ouvintes que telefonaram para o programa tinham a mesma
> pergunta: “Que tablet devo comprar?”
>
> Havia variações, claro. “… para o meu filho?”, “… para o meu pai idoso?”,
> “… apenas para ler?”, “… e que não seja muito caro?” Mas, em geral, era
> bastante claro: o dispositivo que tem mais probabilidades de encontrar
> debaixo da sua árvore de Natal este ano é fino, trabalha a bateria e é
> plano.
>
> Não admira que as pessoas andem confusas. Os locais de venda enlouqueceram
> com o tablet. Existe praticamente um modelo diferente para cada homem,
> mulher e criança.
>
> Existe o venerável iPad, claro. E agora o iPad Mini. Existem novos tablets
> da Google, também em tamanho pequeno e grande. Existem tablets Note da
> Samsung, numa grande variedade de tamanhos e estilos. Existem, por 200
> dólares, leitores de vídeo e livros electrónicos coloridos, com ecrã
> sensível ao toque. Existe uma nova vaga de leitores de livros electrónicos
> a preto e branco. Existem modelos de plástico assombrosamente baratos de
> que nunca tínhamos ouvido falar. Existem tablets para crianças (e com isto
> não queremos dizer uma tablete de minichocolates).
>
> Assim, como é que você, o consumidor confuso, conseguirá manter o rasto a
> todos estes tablets? Seguindo-me nesta conveniente excursão pela selva dos
> tablets de 2012. Mantenham as mãos e os pés sempre dentro da carruagem.
>
> Cópias baratíssimas
>
> Consegue encontrar tablets de marca branca por 100 euros, ou até menos.
> Também encontra tablets chineses de marcas misteriosas em lojas de
> brinquedos, destinados às crianças.
>
> Não os compre. Não possuem as aplicações, as funcionalidades, os
> acabamentos ou a apresentação dos melhores. O balde do lixo já está a
> chamar por eles.
>
> Leitores de livros electrónicos
>
> Os tablets mais pequenos e leves, menos caros, mais fáceis de ler, são os
> leitores de livros electrónicos a preto e branco. Se a sua intenção é
> simplesmente ler – e não, digamos, ver filmes ou jogar –, estes meninos são
> uma delícia.
>
> Não se preocupe com as marcas menores; se vai ficar comprometido com um
> formato de livro com proprietário e protegido contra cópias ilegais, então
> reduza as suas hipóteses de ter uma biblioteca obsoleta ficando fiel à
> Amazon ou à Barnes&Noble.
>
> Cada companhia oferece uma grande gama de modelos. Mas nos modelos mais
> recentes, o fundo das páginas ilumina-se suavemente, para que possa ler no
> escuro sem ter que utilizar uma lanterna. (Estes modelos a preto e branco
> também ficam fantásticos à luz directa do sol – agora consegue o melhor das
> duas condições de iluminação.)
>
> O mais aconselhável para si é o Kindle PaperWhite (120 dólares), cuja
> iluminação é mais uniforme e agradável do que a do equivalente Nook.
>
> É verdade que Kindles simples, sem ecrã sensível ao toque, sem iluminação,
> e com anúncios no screen saver se vendem a partir de um míseros 70 dólares.
> Mas vale realmente a pena ter a iluminação e o ecrã sensível.
>
> Leitores de livros electrónicos a cores
>
> Tanto a Amazon como a Barnes&Noble vendem um tablet com ecrã de sete
> polegadas que, a nível de funcionalidades, fica algures entre um leitor de
> livros electrónicos e um iPad. Têm ecrãs sensíveis ao toque, muito bonitos
> e de alta definição. Passam música, programas de televisão, filmes e livros
> electrónicos. Podem surfar na Internet. Até podem correr algumas aplicações
> Android escolhidas a dedo, como o Netflix e o Angry Birds.
>
> Não têm, nem nada que se pareça, capacidades como os tablets completos,
> tipo computador, do género do iPad/Nexus, essencialmente porque têm muito
> poucas aplicações, acessórios e add-ons. Mas custam 200 dólares, pelo que
> você está apenas a pagar uma fracção do preço.
>
> Aqui, os dois maiores são, mais uma vez, a Amazon e a Barnes & Noble. Se
> ainda não estiver comprometido com os livros e vídeos de uma destas
> companhias, por ter comprado um modelo anterior, o Nook HD é o que deve
> adquirir. É muito mais pequeno e leve do que o Kindle Fire HD. Tem um ecrã
> muito mais definido. E o preço de 200 dólares inclui um carregador (o Fire,
> não) e nada de anúncios (o Fire, sim). Ou compre o Google Nexus 7, cheio de
> classe, a 249 euros. Apesar de o seu catálogo de livros/música/filmes ser
> muito mais reduzido, o catálogo de aplicações Android é muito maior (mas
> veja “iPad contra Android”, mais em baixo neste texto).
>
> Grandes leitores a cores
>
> Este ano, tanto a Amazon como a Barnes & Noble apresentaram as versões de
> ecrã gigante (nove polegadas) dos seus tablets de alta definição. Aqui, e
> mais uma vez, a Barnes & Noble oferece um melhor valor do que o Kindle Fire
> HD de nove polegadas da sua rival. Por 270 dólares, o Nook HD+ oferece um
> ecrã mais definido, menos peso, nada de anúncios, uma entrada para cartão
> de memória e um carregador.
>
> O “nove-polegadas” da Amazon também não é nada mau, mas custa mais 30
> dólares (ou mais 50 dólares, se se quiser livrar dos anúncios). Tem o dobro
> da memória, mas não entrada para cartão, e tem uma câmara na parte da
> frente para falar pelo Skype vídeo; os modelos Nook HD não têm câmaras.
>
> iPad contra Android
>
> A Google está mesmo a perseguir a Apple. Esta companhia vende agora dois
> tablets, o Nexus 7 (ecrã de sete polegadas) e o muito rápido e bem
> fornecido Nexus 10 (ecrã de dez polegadas), produzidos pela Asus e pela
> Samsung sob supervisão da Google.
>
> O modelo de dez polegadas tem um ecrã lindo. A nível técnico, contém ainda
> mais pontos por polegada do que a resolução Retina do iPad, apesar de não
> se conseguir realmente ver qualquer diferença.
>
> Os tablets do Google também têm mais elementos de hardware do que os
> iPads, como seja uma saída de vídeo e altifalantes estereofónicos – e
> custam menos. O Nexus 10 custa 400 dólares, o que é menos 100 dólares do
> que o iPad equivalente (de 16GB de memória).
>
> A Samsung também está a colocar tablets Android em campo. Os seus tablets
> Galaxy Note vêm com uma caneta e um punhado de aplicações destinadas à
> caneta que lhe permitem desenhar ou tirar apontamentos, por exemplo.
>
> Mas as partes de trás dos tablets Android são de plástico, e parecem
> rascas quando comparadas com o metal do iPad. As câmaras não são tão boas
> como as do iPad. As baterias geralmente também não duram tanto.
>
> E, acima de tudo, o catálogo de aplicações do tablet Android continua a
> desapontar, e muito. As aplicações que existem são, muitas vezes, versões
> alteradas à pressa de aplicações Android para telemóveis, e não tanto
> aplicações pensadas especificamente para um ecrã maior. Por exemplo, as
> aplicações Android para Twitter, Yelp, Pandora, Vimeo, eBay, Spotify, Rdio,
> Dropbox, LinkedIn e TripAdvisor são recuperadas de aplicações Android para
> telemóveis – basicamente, são apenas listas. No iPad, o ecrã está recheado
> de informações visuais úteis acerca do que quer que esteja seleccionado.
>
> Por muitos progressos que façam os tablets Android a nível de hardware e
> de preço, aquelas 275 mil aplicações pensadas para tablets não podem deixar
> de tornar o iPad mais atraente. (A Google não diz quantas aplicações
> existem para os tablets Android, e não existe uma zona para tablets na loja
> de aplicações Android.)
>
> E isso aplica-se ainda mais ao novo tablet Surface, da Microsoft. É um
> aparelho com estilo, mas exige aplicações totalmente novas – e ainda não
> existem muitas.
>
> iPad contra iPad Mini
>
> O iPad Mini corre as mesmas aplicações que o iPad grande, sem
> modificações. Mostra os mesmos conteúdos no ecrã, apenas em mais pequeno.
>
> O ecrã do iPad grande é muito mais definido. Aposto que a resolução Retina
> apenas aparecerá no Mini no modelo do próximo ano. Mas, tirando isto, o
> Mini faz todo o sentido. Pode levá-lo numa carteira de mão ou no bolso de
> um casaco. Pode manipulá-lo durante muito mais tempo sem cansar os dedos (é
> muito leve e fino). E pode pagar apenas 339 euros, em vez de 509 euros.
>
> Lembra-se do velho ditado dos fotógrafos “A melhor câmara é aquela que
> temos connosco?”. A mesma coisa pode ser dita em relação ao seu tablet.
>
> Agora, ouça: se não encontrar debaixo da sua árvore de Natal um dos
> tablets que recomendei neste texto, não se ponha a chorar em cima das
> filhoses. Nos dias que correm, a competição é intensa e a qualidade é
> elevada. Não existem "porcarias" entre os tablets das marcas estabelecidas.
>
> Mas se desembrulhar um Kindle PaperWhite, um Nook HD ou um iPad Mini – ou
> se embrulhar um destes para dar a outra pessoa – terá à sua volta uma aura
> extra de satisfação. Saberá que, pelo menos neste exacto momento do tempo
> de compras, você ou a pessoa de que gosta acabou por receber o melhor que o
> dinheiro pode comprar, na mais desejada categoria de presentes na Terra.
>
> No próximo ano, o presente mais na moda poderá ser uma câmara fotográfica,
> um telemóvel, um computador portátil, um leitor de música ou uma consola de
> jogos. Mas neste ano o mercado de vendas já se pronunciou: pelo menos no
> que toca à tecnologia, o mundo é plano.
>
> Alguns dos aparelhos referidos no artigo não estão à venda em Portugal. Os
> aparelhos à venda em Portugal têm o preço indicado em euros.
>
> Tradução: Eurico Monchique do artigo original de David Pogue publicado no
> The New York Times
>
> ©2012 The New York Times. Distributed by The New York Times Syndicate.
>
> Fonte: Jornal Publico
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