ARLA/CLUSTER: EUA acusam chineses de interferir em satélites americanos

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 18 de Novembro de 2011 - 22:47:30 WET


O mundo inteiro observa, há alguns anos, a ascensão da China como
potência para bater de frente com os EUA. As dissonâncias entre os
países, embora não sejam abertas, já começaram a se manifestar em
vários campos, incluindo o aeroespacial. Um relatório entregue ao
congresso norte americano aponta que uma base militar na China estaria
interferindo nas atividades de satélites controlados pelos EUA.

Talvez você não conheça, mas o governo dos EUA tem um órgão
exclusivamente dedicado a monitorar as relações de segurança com a
China. É a “Comissão de análise da economia e segurança
sino-americanas” (USCC, na sigla em inglês). Segundo um relatório da
entidade, pelo menos dois satélites ambientais dos EUA sofreram mais
de quatro interferências por hackers na Terra, em 2007 e 2008.

Os tecnólogos americanos conseguiram rastrear o sinal de interferência
proveniente de um dos satélites. O Landsat-7, lançado ao espaço em
1999, ficou fora do ar durante 12 minutos em outubro de 2007 e julho
de 2008. A partir da captura da direção do sinal, descobriram que
provinha de um computador instalado na base de Svalbard, em um
arquipélago bem ao norte na Noruega. A suspeita do ato, no entanto,
recai sobre os chineses.

Um cientista da USCC garante que há bons motivos para suspeitar da
China. Ele explica que esse tipo de sinal de interferência, suficiente
para desabilitar um satélite que monitora o clima da Terra por alguns
minutos, é dissimulado por vários computadores pelo mundo para evitar
que se encontre o verdadeiro autor.

Logo, como contam os cientistas, o fato de o sinal ter sido enviado da
Noruega não significa que eles tenham algo a ver com isso. Segundo o
USCC, a suspeita é atribuída à China “porque as técnicas parecem
compatíveis com o autoritário estilo militar dos chineses”. De acordo
com um representante da NASA, estas interferências são “eventos
suspeitos”, e merecem atenção do Departamento de Defesa dos EUA.

O norte da Noruega, local de onde foram rastreados os sinais, é
propício para o ato de sabotar satélites, como explicam os cientistas.
O arquipélago de Svalbard detém o recorde de ponto geográfico habitado
mais próximo do pólo norte.

Essa proximidade (1.200 quilômetros), segundo o USCC, torna o local
propício para um ato como esse, mas os representantes da base
norueguesa afirmam não ter captado nenhuma interferência nas ocasiões.
Frente a esse mistério, o USCC abriu um inquérito para investigar a
questão mais a fundo.


Fonte: Stephanie D’Ornelas Hype Science




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